Se existe um investimento que promete dominar 2025, é a renda fixa atrelada à Selic. E por quê? O cenário econômico já indica desafios, e a possibilidade de a Selic alcançar 15% transforma a renda fixa em uma escolha quase irresistível para quem busca retorno seguro e consistente. Em tempos de incertezas econômicas e instabilidade no mercado de renda variável, os ativos de renda fixa se destacam como a opção mais sólida e confiável para os investidores.
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Em dezembro, o mercado começou a precificar um aumento da Selic com 70% de chance de que o Comitê de Política Monetária (Copom) eleve a taxa básica em 1,5 ponto percentual, enquanto 30% acreditam em um ajuste de 1,25 ponto na reunião de janeiro. Hoje, a taxa está em 12,25%, mas o Banco Central já sinalizou novos aumentos, com potencial de atingir os 15% até o fim de 2025.
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Essa elevação da Selic, no entanto, trará efeitos diretos e indiretos para o país. Ao aumentar a taxa, o Banco Central encarece o crédito, dificultando o financiamento para empresas e consumidores. Isso reduz o consumo, desacelera os investimentos e pode até levar a uma retração econômica. Além disso, uma Selic elevada impacta negativamente a dívida pública, já que grande parte dela está atrelada à taxa básica de juros.
Por outro lado, para o investidor, esse cenário cria uma oportunidade única na renda fixa. Com retornos previsíveis e taxas atrativas, a renda fixa ganha destaque frente à renda variável, que continua enfrentando volatilidade, incertezas e a dependência de fatores externos e internos, como o comportamento do dólar e a política fiscal.
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Além disso, o impacto global de uma Selic em 15% não pode ser ignorado. O Brasil se tornaria altamente atrativo para o capital estrangeiro, atraindo recursos de investidores internacionais em busca de retornos elevados. Esse movimento poderia desviar investimentos de mercados mais estáveis, como os Estados Unidos, onde os títulos do Tesouro oferecem rendimentos bem menores, e ter reflexos no câmbio e no mercado financeiro global.
Para os investidores, uma Selic em 15% também cria uma janela de oportunidades na renda fixa. Produtos como Tesouro Selic, Tesouro Prefixado, CDBs, LCIs, LCAs e Debêntures incentivadas oferecem rentabilidade excepcional com menor risco.
Um exemplo prático? Se você investir R$ 10 mil em um ativo que acompanhe essa taxa e deixar o dinheiro rendendo por 5 anos, seu capital dobrará, chegando a R$ 21.071,81. Nesse caso ainda quem investir em um Tesouro Prefixado antes de uma eventual redução dos juros poderá lucrar ainda mais com a valorização do título.
E mais: com a renda fixa entregando acima de 15% ao ano, o Ibovespa teria que render pelo menos 30% para compensar o risco. Você acredita que existe algum cenário para isso em 2025? Eu, sinceramente, não vejo. Isso só reforça o quanto a renda fixa é a melhor estratégia para quem quer maximizar ganhos e minimizar riscos no próximo ano.
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Por isso, minha dica é clara: se a Selic realmente alcançar os 15%, aumente sua exposição em renda fixa e aproveite esse momento. Mas lembre-se, diversificar a carteira continua sendo importante para manter o equilíbrio entre risco e retorno. Invista com inteligência e faça seu dinheiro trabalhar por você!