O que este conteúdo fez por você?
- Mercado de renda fixa nos EUA, os chamados bonds, é muito mais consolidado que no Brasil,
- Investir em fundos no exterior é uma boa maneira de se proteger contra a queda do dólar
- Gestora Octante permite que investidores estrangeiros tirem vantagem sobre os bonds americanos
O mercado de bonds pode parecer um pouco distante para os investidores brasileiros pela dificuldade técnica de precificação e por conta da necessidade de aportes de valor muito alto para compor uma carteira diversificada de maneira segura.
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Bonds são títulos de renda fixa negociados no mercado americano. Simples assim. Fazendo um paralelo com o mercado brasileiro, ele é bastante parecido com uma debênture, que funciona como um empréstimo de dinheiro para uma empresa que paga, em troca, uma taxa de juros.
Muita gente não sabe que a renda fixa no mercado americano é muito mais madura que a do Brasil e o mercado lá negocia hoje papéis do mundo todo, inclusive títulos brasileiros. O crédito privado aqui é muito mais jovem do que no exterior. A própria marcação a mercado para investidores de varejo começou no Brasil somente esse ano, algo que no exterior está bastante consolidado.
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Além disso, estamos acomodados com a Selic alta e, por isso, investir em crédito privado é algo relativamente novo para o investidor. Pesquisei sobre estes ativos e encontrei a gestora Octante, que criou um fundo para o investidor aproveitar o mercado de bonds de maneira mais democrática e obter vantagem com eles.
Com um valor de entrada a partir de R$ 5 mil, o fundo consegue proporcionar uma diversificação em bonds negociados nos Estados Unidos no mercado offshore (fora do país), com foco em grandes empresas da América Latina.
Um grande exemplo de como o fundo tira proveito desse mercado envolve o bond do Itaú Unibanco (ITUB4). O título paga aproximadamente CDI + 2,25% aqui no Brasil, mas no exterior remunera CDI + 3,57%. Outro caso, a debenture da Cemig (CMIG4) aqui paga CDI + 1%, enquanto fora do País devolve CDI + 2,95%. O CDI funciona como uma referência nos rendimentos dos ativos.
Bom frisar que essa comparação serve para títulos de mesmo risco de crédito e mesma duration (prazo médio para recuperar o investimento realizado na compra do ativo). É a lei da oferta e demanda.
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Essas empresas têm muito menos credibilidade e muito mais concorrência no exterior. Um banco como o Itaú não compete somente com Bradesco (BBDC4) e Banco do Brasil (BBAS3), fora do País ele disputa mercado com bancos de todo o mundo, muitos deles bem maiores e mais sólidos.
Fazendo uma analogia, seria a mesma coisa que o brasileiro pudesse, por exemplo, comprar um iPhone no México, mas com um desconto de 20%. O produto é o mesmo, porém com uma vantagem financeira apenas por estar em outro país.
Conversei com o gestor do fundo, Laszlo Cerveira Lueska, que me explicou a estratégia e o controle de risco:
“Temos uma gestão extremamente ativa e revisamos os títulos diariamente. Por estarmos fora do Brasil a liquidez é de cinco a dez vezes maior que a verificada no nosso País. Então, para nós, é rápido vendermos ou comprarmos um título numa situação emergencial. Além disso, no título de cada empresa que investimos na América Latina não deixamos mais do que 4%. Hoje, no nosso portifólio, temos desde a maior petrolífera e o maior banco do México, até empresas brasileiras como Suzano, Globo e Cosan. Por isso, conseguimos entregar uma rentabilidade bem acima do CDI, mas com um risco controlado”, explica.
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O fundo da Octante (Octante CP FIC FIM IE) tem 13 anos de história e acumula uma rentabilidade média anual de CDI + 4%. Seu alvo, o entanto, se mantém no mínimo em CDI + 4% a 5%. É impressionante a relação risco versus retorno.
Se você não investe em mercado de crédito e não tem investimentos no exterior, existem diversos motivos para pensar em aplicar nessa tese. O primeiro consiste em investir no mercado americano, o mais seguro do mundo, e ainda ganhar mais do que no mercado brasileiro.
Em segundo lugar, há a descorrelação dos mercados. Geralmente quando o dólar sobe, existe uma tendência de baixa na bolsa brasileira. Na prática, este tipo de investimento pode funcionar como um hedge, ou seja, uma proteção. Além disso, o próprio fundo faz um hedge cambial – quando o dólar cai, o impacto no fundo é nulo.