- A operação que prendeu Deolane já conseguiu o bloqueio de ativos financeiros no valor de mais de R$ 2,1 bilhões de vários alvos
- Além de Deolane, uma das empresas que está sendo investigada pela operação é a plataforma de apostas online Esportes da Sorte
- O dinheiro que poderia entrar na economia está sendo concentrado na mão de poucos sócios e, muitas vezes, indo para fora do País
A primeira pergunta que me faço é sobre quem está ganhando com essas casas de apostas online? A resposta é bem simples: são os criadores desses jogos, empresas estrangeiras e até mesmo “laranjas”. Logo em seguida vêm os times de futebol e os influenciadores, sem esquecer é claro do atual governo com manobras para aumentar a arrecadação com as bets, como mostra esta reportagem do Estadão.
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Fiquei ainda mais chocado ao me deparar com um estudo da XP que mostrou que as apostas online representam 1% do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro. Muitos setores que geram milhares de empregos não representam isso na economia! E esse dado e todo o cenário fizeram com que a imprensa começasse a entender o estrago que isso causa na economia do País e na vida financeira dos brasileiros; esse é um vício muito mais destrutivo que o álcool e o cigarro além disso ele vicia muito mais rápido.
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As ‘bets’ são uma arma de destruição em massa na palma da mão. O dinheiro que poderia entrar na economia está sendo concentrado na mão de poucos sócios e, muitas vezes, indo para fora do País. São bilhões pelo ralo, mas como no curto prazo os efeitos ainda não são sentidos e muita gente está lucrando com a desgraça, nenhuma medida foi tomada.
Mas um caso recente talvez possa trazer mais à tona um tema tão sério quanto esse que alguns veículos de comunicação têm negligenciado. A influenciadora Deolane Bezerra, que foi presa em uma operação contra uma organização criminosa voltada à prática de lavagem de dinheiro e jogos ilegais. Além de Deolane, uma das empresas que está sendo investigada pela operação é a plataforma de apostas online Esportes da Sorte, que patrocina times de futebol como o Corinthians, Athletico-PR, Bahia, Grêmio, Palmeiras, Ceará, Náutico e Santa Cruz. A operação até então já conseguiu o bloqueio de ativos financeiros no valor de mais de R$ 2,1 bilhões de vários alvos.
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Vamos agora abordar o principal fator: o vício das apostas online. Em países que liberalizaram o uso de drogas, como a Suíça, observou-se um retrocesso nas medidas adotadas devido ao descontrole social gerado. Assumir que a liberalização irrestrita, permitindo que cada pessoa tome suas próprias decisões, seja a solução ideal, não é uma abordagem sensata. Estamos lidando com a complexidade e as fragilidades humanas. No caso da possível legalização de “jogos de azar” pelo nosso governo, com o objetivo de aumentar a arrecadação, o risco é significativo. A liberação desses jogos pode não apenas levar à destruição de muitas vidas e famílias, mas também provocar um descontrole e endividamento generalizado. Em uma população predominantemente pobre, isso pode intensificar ainda mais as desigualdades sociais.
Nada na história destruiu mais a conta bancária e a vida das pessoas do que as casas de apostas online como as bets. Nada! Por isso, a única solução consiste em banir as casas de apostas online do Brasil, e parar de pensar que banir o X é a prioridade. Claro que não acredito que isso irá acontecer. Brasília lucra com a destruição da vida das pessoas e o dinheiro entrando no caixa é o que importa.
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