- A quebra de bancos estrangeiros pode sim afetar as ações brasileiras, mas dificilmente veremos uma histeria generalizada de brasileiros retirando depósitos de seus bancos
- Em um cenário tão incerto, o momento é propício para apostar em renda fixa
Goste ou não, a economia e a política brasileira deixaram de ser os principais fatores de risco para os investimentos. O mundo está em alerta desde a quebra do Silicon Valley Bank (SVB) e as preocupações recaem sobre outros bancos que podem ter problemas em breve.
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O fato é que, mesmo se nosso Produto Interno Bruto (PIB) subisse 10% ao ano – o que não vai ocorrer, claro –, seríamos amplamente contaminados pelo tsunami que pode estar por vir.
Isso poderia contaminar os bancos brasileiros?
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Sim e não. No que se refere à cotação das ações, com certeza sofreríamos, mas ao se tratar da quebra de instituições financeiras, isso seria difícil. Caso ocorresse um pânico generalizado no mercado e os clientes em massa corressem para sacar seus depósitos e investimentos, sim, poderíamos ter um problema sério. Mas é uma possibilidade remota, pois assim constituiria uma crise duas vezes mais grave que a de 2008.
Venho reforçando aqui faz alguns meses a importância da renda fixa. Selic em 13,75% já diz tudo. É simples e vou explicar o motivo: muita gente não gosta de dar holofotes para a renda fixa. Justamente por ela ser mais previsível. Como se fosse um investimento de amador enquanto a renda variável é o tipo de investimento dos experts.
Me escuta. O mundo vive um momento de incerteza já faz mais de um ano. Risco de recessão global, juros nas alturas, inflação que não dá trégua e agora um risco eminente no sistema financeiro das maiores economias do mundo.
E pode ser que tenhamos ainda mais novidades. Isso não é de agora. Se você não aumentou sua posição em renda fixa, talvez você seja um gênio. Talvez não.
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