• Logo Estadão
  • Últimas notícias
  • opinião
  • política
  • economia
  • Estadão Verifica
Assine estadão Cavalo
entrar Avatar
Logo Estadão
Assine
  • Últimas notícias
  • opinião
  • política
  • economia
  • Estadão Verifica
Logo E-Investidor
  • Últimas Notícias
  • Direto da Faria Lima
  • Mercado
  • Investimentos
  • Educação Financeira
  • Criptomoedas
  • Comportamento
  • Análises Ágora
Logo E-Investidor
  • Últimas Notícias
  • Mercado
  • Investimentos
  • Direto da Faria Lima
  • Negócios
  • Educação Financeira
  • Criptomoedas
  • Comportamento
  • Análises Ágora
  • Newsletter
  • Guias Gratuitos
  • Colunistas
  • Vídeos
  • Áudios
  • Estadão

Publicidade

Colunista

OPINIÃO. Faria Lima sabia do Master fazia anos, mas lucrava com ele

Colapso do banco expõe incentivos distorcidos do mercado, que ignorou sinais evidentes enquanto lucrava com taxas altas, prazos longos e a proteção do FGC

Por Fabrizio Gueratto

20/11/2025 | 14:00 Atualização: 20/11/2025 | 14:08

Receba esta Coluna no seu e-mail
Anos antes da quebra do Banco Master, parte do mercado já conhecia os riscos, mas seguia lucrando com taxas elevadas e a cobertura do FGC. (Imagem: Adobe Stock)
Anos antes da quebra do Banco Master, parte do mercado já conhecia os riscos, mas seguia lucrando com taxas elevadas e a cobertura do FGC. (Imagem: Adobe Stock)

O Brasil adora repetir que tem um dos sistemas financeiros mais modernos do mundo. O Pix virou quase um troféu nacional, como se inovação tecnológica fosse garantia automática de segurança. Mas, enquanto o país comemorava a própria genialidade, a realidade se impunha nos bastidores: o caso do Banco Master mostrou que não adianta ter o carro mais rápido da pista se ninguém está olhando o painel de combustível.

Leia mais:
  • O Brasil na COP30: se não for protagonista, será fornecedor de risco
  • O Brasil parou e acha que isso é estabilidade
  • Como ter uma casa, um carro, uma moto e dinheiro investido ganhando R$ 2.800
Cotações
20/11/2025 14h08 (delay 15min)
Câmbio
20/11/2025 14h08 (delay 15min)

CONTINUA APÓS A PUBLICIDADE

  • Leia mais: Investidores imprudentes, cientes do risco do Master mas ávidos por retornos, também deveriam ser responsabilizados, diz Marilia Fontes, da Nord

A verdade incômoda é que a Faria Lima sabia. Sabia havia anos que o Master alongava prazos de maneira agressiva, pagava taxas fora da curva e dependia demais do varejo para financiar seu apetite. Os rebates de até 5% para instituições e agentes autônomos compensavam a vista grossa. Mas enquanto o dinheiro entrava, a preocupação ficava para depois. Tudo parecia aceitável porque, no fundo, havia um incentivo óbvio para não ver o que estava na frente. Durante o período em que a bolsa andou de lado, foram justamente os produtos bancários com garantia do Fundo Garantidor de Créditos (FGC) que sustentaram boa parte da receita das plataformas e dos escritórios. Não é coincidência. É comportamento.

Agora, quando a porta finalmente fechou, o discurso muda. Fala-se em surpresa, em falência inesperada, em riscos impossíveis de prever. Mas o mercado não foi pego desprevenido. Ele foi pego lucrando. E é isso que ninguém gosta de admitir. Todo mundo sabia. O problema é o investidor que não entende nada de mercado financeiro que colocou mais de R$ 250 mil. Quem paga o prejuízo dele?

Enquanto milhões de investidores aguardam ressarcimento, o FGC terá de colocar bilhões na mesa. Detalhe. Será mais que R$ 40 bilhões. Ainda teremos o Will Bank. O fundo vai cumprir seu papel, como sempre fez, e provavelmente fará isso antes de 60 dias. Mas não dá para ignorar o óbvio: não existe almoço grátis. Cada vez que o mercado repete o padrão de empurrar risco para o FGC, é o patrimônio coletivo que paga a conta. E quem acredita que o FGC é infinito está vivendo em um conto de fadas financeiro. O fundo garantidor é sim um orgulho mundial, tanto no quesito credibilidade, quanto no quesito rapidez. Mas ele não é um saco sem fundo.

  • Investia em CDB do Master? Veja o passo a passo para acionar o FGC e recuperar o seu dinheiro

Indústria preferiu o lucro imediato à prudência óbvia

Não adianta culpar indivíduos. O problema é sistêmico. O Brasil criou um modelo em que inovação convive com incentivos distorcidos. Tudo funciona enquanto a música toca, enquanto os spreads são suculentos, enquanto o varejo compra títulos sem entender que prazos longos e taxas gordas não aparecem de graça. Depois, quando o castelo cai, todos correm para apontar o dedo para o regulador ou para falar em “fraude incontornável”.

Publicidade

Se o país quer realmente proteger o investidor, precisa parar de confundir avanço digital com blindagem estrutural. Não é porque o Pix funciona que o resto está imune ao risco. Inovação é diferente de segurança sistêmica. A autoglorificação tecnológica do sistema financeiro brasileiro virou um espelho distorcido que esconde o básico: governança se faz com vigilância, e não com slogans.

A lição do Master não é sobre o Master. É sobre a indústria que preferiu o lucro imediato à prudência óbvia. E enquanto não encarar isso de frente, o Brasil vai continuar confundindo modernidade com maturidade. Uma mostra o que conseguimos construir. A outra revela o quanto ainda falta aprender. O Master mostra a essência do jeitinho brasileiro. Se o caos me beneficia, eu fecho meus olhos.

Encontrou algum erro? Entre em contato

Compartilhe:
  • Link copiado
O que este conteúdo fez por você?

Informe seu e-mail

Tudo Sobre
  • banco master
  • Faria Lima
  • Fundo Garantidor de Créditos (FGC)

Publicidade

Mais lidas

  • 1

    “Se quebrar outro banco, fica difícil do FGC honrar com as garantias”, diz Marília Fontes sobre Master

  • 2

    Banco Master sofre liquidação e Daniel Vorcaro é preso: como reaver o dinheiro aplicado em CDBs?

  • 3

    Investia em CDB do Master? Veja o passo a passo para acionar o FGC e recuperar o seu dinheiro

  • 4

    Calculadora do 13º salário 2025: veja quanto você vai receber na 1ª e na 2ª parcela

  • 5

    Liquidação do Banco Master: como o mercado interpretou a decisão do Banco Central

Publicidade

Quer ler as Colunas de Fabrizio Gueratto em primeira mão? Cadastre-se e receba na sua caixa de entrada

Ao fornecer meu dados, declaro estar de acordo com a Política de Privacidade e os Termos de Uso do Estadão E-investidor.

Cadastre-se e receba Coluna por e-mail

Ao fornecer meu dados, declaro estar de acordo com a Política de Privacidade e os Termos de Uso do Estadão E-investidor.

Inscrição feita com sucesso

Webstories

Veja mais
Imagem principal sobre o Pensão alimentícia: quais os gastos que devem entrar na conta?
Logo E-Investidor
Pensão alimentícia: quais os gastos que devem entrar na conta?
Imagem principal sobre o 4 eletrodomésticos que pesam na fatura
Logo E-Investidor
4 eletrodomésticos que pesam na fatura
Imagem principal sobre o NOVO HORÁRIO! Confira quando será o sorteio milionário da Lotofácil de hoje (19)
Logo E-Investidor
NOVO HORÁRIO! Confira quando será o sorteio milionário da Lotofácil de hoje (19)
Imagem principal sobre o Quanto economizar a partir dos 25 anos?
Logo E-Investidor
Quanto economizar a partir dos 25 anos?
Imagem principal sobre o Aposentadoria: o estilo de vida faz diferença?
Logo E-Investidor
Aposentadoria: o estilo de vida faz diferença?
Imagem principal sobre o Estes são os 7 vilões da sua conta de luz
Logo E-Investidor
Estes são os 7 vilões da sua conta de luz
Imagem principal sobre o Quem tem direito ao abono de permanência?
Logo E-Investidor
Quem tem direito ao abono de permanência?
Imagem principal sobre o Mega-Sena de hoje (18): NOVO HORÁRIO! Confira quando será realizada a extração
Logo E-Investidor
Mega-Sena de hoje (18): NOVO HORÁRIO! Confira quando será realizada a extração
Últimas: Colunas
EUA x China: a batalha tecnológica que vai definir quem manda na economia mundial
Thiago de Aragão
EUA x China: a batalha tecnológica que vai definir quem manda na economia mundial

IA generativa e computação quântica viram armas estratégicas em uma disputa que já reorganiza mercados, cadeias produtivas e poder global.

19/11/2025 | 14h30 | Por Thiago de Aragão
Empresas da B3 entregam alta modesta de receitas, mas margens e lucros recuam no 3º trimestre de 2025
Einar Rivero
Empresas da B3 entregam alta modesta de receitas, mas margens e lucros recuam no 3º trimestre de 2025

Levantamento revela receita crescendo menos que a inflação, margens comprimidas, explosão das despesas operacionais e salto do endividamento

18/11/2025 | 16h03 | Por Einar Rivero
A alta dos fundos de ações: você se atrasou, sim, mas sempre é tempo
Luciana Seabra
A alta dos fundos de ações: você se atrasou, sim, mas sempre é tempo

Enquanto o Ibovespa sobe 29% no ano e fundos acumulam ganhos de até 35%, muitos investidores seguem errando o timing, comprando na euforia e vendendo no medo

18/11/2025 | 14h04 | Por Luciana Seabra
OPINIÃO: Projeto da Anistia sobe no telhado e fica sem ambiente político para avançar
Erich Decat
OPINIÃO: Projeto da Anistia sobe no telhado e fica sem ambiente político para avançar

Após aprovação da urgência do PL da Anistia na Câmara, cúpula do Senado entra em campo e articulações esfriam

17/11/2025 | 14h34 | Por Erich Decat

X

Publicidade

Logo E-Investidor
Newsletters
  • Logo do facebook
  • Logo do instagram
  • Logo do youtube
  • Logo do linkedin
Notícias
  • Últimas Notícias
  • Mercado
  • Investimentos
  • Educação Financeira
  • Criptomoedas
  • Comportamento
  • Negócios
  • Materias gratuitos
E-Investidor
  • Expediente
  • Fale com a redação
  • Termos de uso
Institucional
  • Estadão
  • Ágora Investimentos
Newsletters Materias gratuitos
Estadão
  • Facebook
  • Twitter
  • Instagram
  • Youtube

INSTITUCIONAL

  • Código de ética
  • Politica anticorrupção
  • Curso de jornalismo
  • Demonstrações Contábeis
  • Termo de uso

ATENDIMENTO

  • Correções
  • Portal do assinante
  • Fale conosco
  • Trabalhe conosco
Assine Estadão Newsletters
  • Paladar
  • Jornal do Carro
  • Recomenda
  • Imóveis
  • Mobilidade
  • Estradão
  • BlueStudio
  • Estadão R.I.

Copyright © 1995 - 2025 Grupo Estado

notification icon

Invista em informação

As notícias mais importantes sobre mercado, investimentos e finanças pessoais direto no seu navegador