O lucro líquido da Petrobras no primeiro trimestre deste ano fechou em R$ 38,1 bilhões, 14,4% a menos do que há um ano, e 12% menor do que o registrado no trimestre imediatamente anterior, segundo informou a companhia à Comissão de Valores Mobiliários (CVM) nesta quinta-feira.
O primeiro pensamento de muitos é que, esta queda tem alguma ligação com o novo governo de esquerda e políticas populistas para reduzir o valor do combustível a força e prejudicar a lucratividade da empresa.
Porém, o motivo não é este. Algumas projeções indicam que o lucro da Petrobras deve sair de R$ 44,5 bilhões para algo em torno de R$ 32,6 bilhões. O real motivo é a queda no dólar e no barril de petróleo, os dois principais componentes que estabelecem o preço dos combustíveis. Porém, a principal preocupação que todo o investidor de ações de Petrobras precisa ter é em relação a política de dividendos.
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Como a atual política de dividendos não consta no estatuto, a empresa pode simplesmente deixar de m dia seguir a regra sem a necessidade de prévia alteração no texto. Hoje, investir na Petrobras, nesse cenário completo de incertezas é tão arriscado quanto investir em ações de varejistas.
A empresa pode ter uma mudança de presidente, alteração no estatuto, a política de dividendos também pode ser alterada e até mesmo a política de preços dos combustíveis pode sofrer. É uma infinidade de variáveis que podem acontecer que a grande maioria dos analistas prefere não recomendar o papel pelos riscos envolvidos que vão muito além dos riscos de mercado.
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Quando falamos de investimentos precisamos pensar na melhor relação entre o risco e o retorno. Risco, qualquer investimento possui, ainda mais quando falamos em investimentos em renda variável. No entanto, a pergunta que deve ser feita é: Será que vale o risco neste investimento pelo potencial de retorno que ele pode ter?
Para finalizar e colocar um pouco mais de polêmica, por enquanto, o novo governo não é o motivo da queda do lucro da Petrobras.
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