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Fernanda Camargo é sócia-fundadora da Wright Capital

Fernanda Camargo

Investimento com propósito

Fernanda Camargo é sócia-fundadora da Wright Capital Wealth Management e tem mais de 25 anos de experiência no mercado financeiro, 15 dos quais em Gestão de Patrimônio, com passagens por Vinci Partners, Gávea Arsenal Gestão de Patrimônio, Standard Bank, Deutsche Bank e Merrill Lynch. Ela é uma das fundadoras do Instituto LiveWright, OSCIP dedicada a gestão do esporte olímpico no Brasil e faz parte do Conselho da ONG Atletas pelo Brasil.

Escreve mensalmente, às sextas-feiras

Fernanda Camargo

O planeta está bugado. E o bug somos nós, humanos

E o que seus investimentos têm a ver com isso? Tudo

03/02/2022, 17:53 ( atualizada: 08/02/2022, 23:04 )
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O planeta está bugado. E o bug somos nós, humanos
Cada letra da sigla ESG representa um critério que as empresas utilizam para reduzir os danos ambientais, sociais e de governança. (Foto: Shutterstock/TH2I Shutter Rich/Reprodução)
  • Além de sermos os causadores das mudanças climáticas, também somos responsáveis por um mundo desigual, ou porque escolhemos onde investimos e o que consumimos ou simplesmente porque nos omitimos
  • Com o objetivo de salvar a economia, os bancos centrais despejaram trilhões nos mercados e, apesar de ter ajudado desfavorecidos, muito disso acabou no bolso dos mais ricos, com o mercado de ações atingindo recordes

Dia desses, meu filho de 5 anos falou: “Mãe, o planeta está “bugado”!”  Para quem não sabe, “bugado” é um termo usado pelos jovens quando um game apresenta um problema desconhecido.

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Ele tem razão. O planeta está bugado. Mas tenho a impressão de que o bug somos nós, seres humanos, terráqueos. Além de sermos os causadores das mudanças climáticas, também somos responsáveis por um mundo desigual, ou porque escolhemos onde investimos e o que consumimos ou simplesmente porque nos omitimos.

O ano começou com um dos maiores desastres naturais da história da Bahia com 870 mil pessoas atingidas, segundo a Defesa Civil Estadual. Em janeiro uma barragem transbordou em Nova Lima (MG) e vimos o desabamento de rochas em Capitólio (MG). O Rio Grande do Sul apresentou a maior temperatura em 36 anos, 42 graus -com sensação térmica de 50 graus! Além disso, pela primeira vez em 40 anos, nevou no Deserto do Saara!

Na semana passada, um tornado de neve atingiu as Ilhas Gregas e Atenas ficou coberta de neve. Em dezembro do ano passado, um tornado (fora de época) deixou 88 mortos no Kentucky nos Estados Unidos e o Alasca registrou a temperatura de 20°C – mais alta da história. Os satélites estão mostrando que o derretimento das geleiras aumentou. Um vulcão entrou em erupção causando um tsunami nas Ilhas Fiji. Tudo isso num espaço de um mês. O planeta está “bugado”.

Já está claro que as mudanças climáticas são causadas pela ação do homem. Para os que quiserem se aprofundar, recomendo a leitura do relatório do IPCCsobre o Aquecimento Global de 1.5C. 

O mais cruel nisso é que os responsáveis pela emissão de mais da metade dos gases de efeito estufa, que são os 10% mais ricos, não devem sofrer tanto com os desastres naturais como os 50% mais pobres que são responsáveis por apenas 7% das emissões.

Neste sentido, existe uma grande discussão sobre como o mundo pode se tornar carbono zero até 2050. Segundo um estudo da McKinsey, The Net Zero Transition, o custo de uma transição global para uma economia carbono zero até 2050 é de US$ 9,2 trilhões anuais de investimentos em ativos físicos, US$ 3.5 trilhões a mais que hoje. Isso equivale a metade do lucro anual de empresas do mundo todo. A transição evitaria o aumento dos riscos climáticos e reduziria as chances e impactos de maiores catástrofes.

Além disso, traria oportunidades de crescimento, já que a descarbonização cria eficiências e abre novos mercados para produtos e serviços de baixa emissão. Mas pelo visto, poucos querem pagar esse custo.

Como já mencionei aqui nesta coluna, depois de muita conversa, os Estados Unidos, China, Índia e Austrália não assinaram a promessa de eliminar energia vinda da queima de carvão durante a COP26.

Paralelo a tudo isso, um relatório do Banco Mundial, The Inequality Pandemic, mostra que a pandemia aumentou a desigualdade e o gigantesco gap financeiro entre ricos e pobres no mundo. O ativo dos bilionários cresceu US$3.6 trilhões em 2020 ou 3.5% da riqueza global. Ao mesmo tempo, a pandemia empurrou mais de 100 milhões de pessoas para a pobreza extrema, aumentando o total global para 711 milhões de pessoas vivendo com menos de US$ 2 por dia. Não fosse a ajuda financeira de algumas nações desenvolvidas, esse número seria pior.

Crescimento do PIB (%):

Por outro lado, segundo o Global Wealth Report 2021 do Credit Suisse, a criação de riqueza no mundo em 2020 cresceu 7,4% - imune aos desafios causados pela pandemia, principalmente devido a ações de governos e bancos centrais. Os continentes mais pobres não cresceram ou perderam muito; os mais ricos ficaram ainda mais ricos.

Um número que chama atenção é que o crescimento da riqueza em 2020 da América do Norte foi de US$ 12.3 trilhões, mais do que o estoque de riqueza da América Latina toda que é de US$ 10 trilhões – em um único ano a América do Norte pariu uma América Latina!

A desregulamentação financeira, privatizações e impostos menos progressivos em países ricos e privatizações em países emergentes ajudaram no aumento de fortunas dos mais ricos nas últimas décadas.

A desigualdade no mundo está chegando perto do que foi no pico do Imperialismo Ocidental no início do século 20 e que terminou com a Primeira Guerra Mundial. Já esquecemos?

Com o objetivo de salvar a economia, os bancos centrais despejaram trilhões nos mercados e, apesar de ter ajudado desfavorecidos, muito disso acabou no bolso dos mais ricos, com o mercado de ações atingindo recordes.

O acesso à vacinação também está sendo desigual. Os países mais ricos compraram doses suficientes para vacinar toda sua população várias vezes, mas não ajudaram os países em desenvolvimento onde apenas 7% das pessoas receberam uma dose da vacina comparado com 75% nos países ricos.

No campo da educação, a pandemia deixou um rastro trágico e exacerbou desigualdades, impactando crianças, estudantes e jovens. Com escolas fechadas por tempo demais e baixo nível de aprendizado, um estudo do Banco Mundial mostra que o aumento da pobreza de aprendizado – o percentual de crianças com 10 anos de idade que não são capazes de ler um texto básico – pode atingir 70% em países de média e baixa renda.

A cada 100 crianças:
9Em privação de escolaridade
Totalizando 70 em pobreza de aprendizado pós COVID
47  Privação de aprendizado
14Crianças adicionais em pobreza de aprendizado após a pandemia de COVID 19
30Não estão em pobreza de aprendizado

Fonte: Banco Mundial

Isso deixa um impacto de longo prazo em ganhos futuros, diminuição de pobreza e redução de desigualdades. Segundo estimativas deste estudo, essa geração de estudantes pode vir a perder US$ 17 trilhões em renda no seu tempo de vida.

E o que seus investimentos têm a ver com isso? Tudo. Você pode estar alimentando mais desigualdade, mais poluição, mais desmatamento sem saber.

Como já falamos antes, quando falamos em investimentos sustentáveis e uso dos critérios ESG- ou ASG (Ambiental, Social e Governança) em português - para cada setor o que é material varia. No setor extrativista (mineração), por exemplo, emissão de carbono, uso de água, tratamento de resíduos é material, enquanto que no setor de varejo, a condição de trabalho, verificar se existe trabalho escravo ou infantil na cadeia de produção é material.

Para quem tiver interesse, o SASB (Sustainability Accounting Standards Board) desenvolveu um mapa de materialidade por setor. Vale lembrar que diferente dos países desenvolvidos, onde o A (Ambiental) é mais relevante nas análises, aqui no Brasil, precisamos focar no S (social) cada vez mais. Sem esquecer que sem o G (Governança), nem o S, nem o A tem muita chance.

As empresas precisam praticar o que falam e agir com propósito genuíno e transparência. Muitos investidores andam descrentes, vendo grandes empresas gastando muito em marketing para contar do pouco que estão fazendo. Ainda faltam mecanismos para que haja mais transparência, substância e responsabilidade. A Resolução CVM 59 deve ajudar – já que exige mais transparência de empresas listadas em bolsa.

O planeta está bugado e certamente o bug somos nós. Esta situação é reflexo das nossas escolhas. Se não acordarmos para o fato que estamos todos juntos nesse planeta, ainda vamos sofrer muitas consequências. Só não tive coragem de contar isso para meu filho ainda.

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