Cofundador e CEO da StartSe, escola de negócios da Nova Economia. É um dos profissionais mais bem conectados do ecossistema brasileiro de startups. Em sua trajetória, já conquistou alguns prêmios, entre eles LinkedIn Top Voices e LinkedIn Top Startups, em 2019; Empresa Mais Inovadora do Brasil na área de educação, em 2018; e Medalha JK de Empresa Empreendedora do Ano, em 2017. É autor do Best-Seller “Organizações Infinitas”.

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Junior Borneli

Como será o futuro da Amazon entre demissões e novos investimentos

Empresa ajusta atuação no e-commerce, mas não perde de vista os investimentos em novas frentes

Amazon vive momento de expectativa de expansão, mas realidade de ajustes. (Foto: Reuters/Pascal Rossignol/File Photo)
  • O e-commerce explodiu na pandemia e gerou onda de contratação rápida e intensa
  • Além dos 1,52 milhão de funcionários, a Amazon tem 370 mil robôs em operação
  • O valuation da Amazon, que já se aproximou dos US$ 2 trilhões, está hoje em US$ 1,4 trilhão

São 1,52 milhão de pessoas que trabalham na gigante americana Amazon, fundada por Jeff Bezos. Porém, esse número está 100 mil menor do que na contagem anterior, e é resultado de um corte no número de funcionários nos centros de distribuição e na rede de entregas da empresa. Até então, um ajuste normal em decorrência do mercado.

Explico: o e-commerce explodiu na pandemia, com um volume de crescimento expressivo. O efeito disso é uma contratação rápida e intensa, para dar conta de tudo isso. Agora, vem o ajuste. Não existe crise na Amazon, uma vez que a empresa cresceu muito sua receita no último trimestre, se comparado com o mesmo período do ano anterior.

No entanto, o que mais importa é: a empresa diz que vai continuar contratando, principalmente engenheiros de software. Mas que está de olho no cenário macroeconômico, para os ajustes necessários.

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Além dos 1,52 milhão de funcionários, a Amazon tem 370 mil robôs operando na companhia, em diferentes áreas. É o maior contingente de “robôs-operários” do mundo.

Além do e-commerce

O valuation da Amazon, que já beliscou os US$ 2 trilhões, está hoje em US$ 1,4 trilhão. Ela é uma das empresas big techs que sofreu com os ajustes de valuation nos últimos meses.

A Amazon está explorando novos mercados, além do e-commerce. Nos últimos dias, comprou a One Medical por US$ 3,9 bilhões e entrou de vez o mercado da saúde, com telemedicina.

Em 2019, a Amazon investiu na Rivian. A empresa de Jeff Bezos tinha dois objetivos principais: entrar no mercado de veículos elétricos e criar a maior “frota verde” do mundo.

O primeiro grande projeto de veículos elétricos da Amazon são vans para entregas de produtos comprados no e-commerce da empresa. Ao todo, serão 100 mil vans até 2030.

Muita tecnologia está envolvida no projeto: a van tem visão 360º, inteligência artificial para roteirização, sistemas anti-colisão, conexão direta com os servidores da Amazon e muito mais.

O investimento da Amazon na Rivian não é apenas para a produção de vans, vai muito além disso. A empresa já vale US$ 33 bilhões e possui dois modelos de “carros de aventura de luxo”.

Ou seja, muito em breve você poderá comprar na Amazon, por meio de um bate papo com a Alexa, dirigindo um Amazon Car, curtindo um som na Amazon Music. Uma verdadeira Organização Infinita.