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Saiba quais ações pagam dividendos acima dos 13,75% ao ano da Selic

Veja os papéis com os maiores DY dos últimos 12 meses

Saiba quais ações pagam dividendos acima dos 13,75% ao ano da Selic
As empresas de commodities foram destaques dos últimos 12 meses, (Fonte: Shutterstock/Reprodução)
  • A ação da Bradespar foi a que pagou os maiores dividendos nos últimos 12 meses
  • Além da BRAP4, pelo menos mais nove ações ofereceram uma remuneração acima da renda fixa, atrelada à Selic

Todo mundo gosta de ver dinheiro pingando na conta. Por isso, muitos investidores procuram empresas com bom potencial para pagar dividendos, a parte do lucro das companhias que é dividido entre os acionistas. Inclusive, há pessoas cujo objetivo nos investimentos não é exatamente lucrar com a valorização dos papéis, mas ganhar renda passiva para garantir uma aposentadoria mais tranquila.

Nos últimos 12 meses (agosto de 2021 a agosto de 2022), a ação que pagou mais proventos aos investidores foi a Bradespar (BRAP4), com um Dividend Yield (DY) de 41,47%. O DY, ou Rendimento do Dividendo, em português, mede o retorno da ação de uma ação só em relação aos dividendos distribuídos. Quanto mais alto o DY, maior o montante que os investidores receberam em dividendos.

Junto com a Bradespar, pelo menos mais nove ações ofereceram uma remuneração acima da renda fixa, atrelada à Selic, que hoje está em 13,75% ao ano. É o caso de Petrobras (PETR4), Braskem (BRKM5) e Usiminas (USIM5) que tiveram Dividends Yields de 36,39%, 24,87% e 21,03%.  Os dados foram levantados pela Inv com base em informações da Bloomberg.

Empresa

Ação

DY

Bradespar

BRAP4

41,47%

Petrobras

PETR4

36,39%

Braskem

BRKM5

24,87%

Usiminas

USIM5

21,03%

Gerdau

GOUAU4

20,11%

Vale

VALE3

17,10%

Copel

CPLE11

16,29%

Unipar

UNIP6

16,28%

CPFL Energia

CPFE3

16,12%

CSN Mineração

CMIN3

14,18%

Fonte: Inv/Bloomberg

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Contudo, não pagar dividendos acima da Selic não significa necessariamente que a empresa não é uma boa pagadora de proventos – principalmente quando a taxa básica está no maior patamar desde 2017.

De acordo com João Abdouni, analista de investimentos da Inv, existe uma métrica no mercado de que se a companhia apresentar um retorno de 6% de retorno em dividendos, que é o esperado para os juros de longo prazo no Brasil, já pode ser considerada uma boa pagadora de dividendos.

Além disso, na seleção aparecem muitas empresas ligadas a commodities e que, portanto, são muito cíclicas. A própria Bradespar, que tem participação relevante na Vale, assim como Petrobras, Braskem e Usiminas estão nesta categoria.

“São produtos ligados a commodities, como petróleo, minério de ferro e etc, é difícil afirmar se irão continuar pagando dividendos a longo prazo”, afirma Abdouni. Para o especialista da Inv, das que constam na lista, as companhias de energia como Copel (CPLE11) e CPFL Energia (CPFE3) sejam as que possam manter esse bom nível de DY no longo prazo.

Fora do ranking, o setor de utilidade pública e bancos tradicionais são apontados por Abdouni como promissores quando o assunto é dividendos. “Neste sentido, podemos colocar Vivo (VIVT3), Engie (EGIE3) e Santander (SANB11) como exemplos”, diz o analista da Inv.

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