O que este conteúdo fez por você?
- Renda fixa com taxa pré-fixada é aquela em que já se sabe exatamente quanto o investidor vai receber em determinado período de tempo
- Já os títulos pós-fixados podem estar atrelados à inflação ou ao CDI, e remuneram de acordo com uma porcentagem destes índices
- Ao investir em renda fixa, os investidores ficam sujeitos aos riscos de mercado, de crédito e de liquidez. Identificá-los e definir seu perfil é fundamental para definir qual a renda fixa ideal para você
Com a taxa Selic na casa dos dois dígitos ao longo das últimas 10 reuniões do Copom, é natural que muitos investidores busquem mais informações sobre a categoria de renda fixa, que de fato, se mostra bastante atrativa em função de diferentes fatores, entre eles:
- Cenário de taxa de juros e inflação;
- Muitas opções contam com garantia do FGC;
- Versatilidade quanto a prazos e indexadores;
- Opções isentas de IR para pessoas físicas;
Aproveitando esse gancho, dediquei os últimos textos ao tema de renda fixa, de forma que o investidor conheça em mais detalhes todas as possibilidades que essa modalidade de investimento oferece como: a diversificação de parte do portfólio, a possibilidade de se obter uma renda mensal, proteção contra inflação, tributação e mais recentemente, como avaliar o risco de acordo com o rating atribuído na seleção do título.
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Hoje, falaremos sobre as principais diferenças e riscos entre as alternativas pré-fixadas e pós fixadas. Quando falamos em risco em títulos de renda fixa, destacaria três fatores com os quais o investidor deve se atentar:
I) Risco de crédito: em resumo, é caracterizado pelo risco de o emissor do título não ser capaz de honrar com o pagamento do mesmo. Em outras palavras, risco de calote ou até mesmo de falência desse emissor.
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Para avaliar o risco de crédito é importante conhecer, entre outros fatores, o rating da companhia. A “nota” ou rating é atribuído ao emissor do título através de uma criteriosa avaliação de uma agência de classificação de risco. Usualmente, um maior risco de crédito implica em taxas mais elevadas em comparação com outros títulos de outros emissores, justamente para “compensar” esse maior risco.
Aqui também vale citar que alguns títulos bancários possuem a garantia do FGC – Fundo Garantidor de Crédito, até o valor de R$ 250 mil. Isso também é um fator importante na hora de diversificar seu portfólio e correr o menor risco possível com papéis de maior risco atribuído.
II) Risco de liquidez: a liquidez de um investimento é caracterizada pelo tempo que o investimento demora para virar “dinheiro vivo”, ou seja, quanto tempo levará para que o recurso seja creditado em conta a partir do pedido de resgate/ venda. Supondo que o investidor possa escolher entre dois títulos com mesmo prazo, do mesmo emissor, sendo que um deles possua liquidez (possa ser resgatado antes do vencimento) e outro não (não permite resgates até a data de vencimento), é muito provável que o título sem liquidez pague uma remuneração mais atrativa.
III) Risco de mercado: ocorre quando o investidor deseja vender ou resgatar o título antes do vencimento, no caso dos títulos com liquidez, claro. Ele existe porque todos os ativos são “marcados a mercado”, ou seja: diariamente é realizada a precificação desses ativos com base no cenário atual e suas perspectivas. Ela permite que o investidor saiba quando ganharia (ou perderia) no caso da venda do título. Caso o investidor “carregue” o título até o vencimento, o efeito da marcação a mercado se anula.
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Agora vamos falar sobre as diferenças de cada modalidade, de forma prática:
I) Títulos pré-fixados: são as modalidades de investimentos que, no momento da aplicação, permitem ao investidor saber exatamente qual a remuneração acordada. Uma vez investido, essa remuneração será honrada até a data de vencimento do título.
II) Títulos pós-fixados: se dividem basicamente em dois grupos:
A. São atrelados ao CDI e remuneram um percentual do CDI. Ainda que se saiba qual o percentual do CDI foi acordado (e será levado até o vencimento) no momento da aplicação, a taxa Selic (que influencia o CDI) pode variar ao longo do tempo. Existem projeções, mas não certeza absoluta de que em que patamar a Selic estará em data futura.
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B. São atrelados à inflação: a remuneração desses títulos é usualmente definida através de uma taxa fixa (prefixada) + uma taxa pós fixada, como o IPCA, por exemplo. Ainda que o título remunere essa variação do IPCA ao longo do tempo, não é possível prever com exatidão em que patamar o índice estará no futuro.
Vale lembrar ainda que existem opção de renda fixa isentas de Imposto de Renda como LCI, LCA, CRA, CRI e Debêntures incentivadas, o que pode potencializar ainda mais a rentabilidade dos seus investimentos
Diante do cenário atual de Selic a 13,75% ao ano, a melhor opção é ter um mix de modalidades de renda fixa em sua carteira. Na renda fixa pré-fixada pode-se aproveitar a taxa acordada nos patamares atuais, já que há um cenário de possível baixa da taxa de juros ao longo do período contratado; como também na pós-fixada aproveitando e acompanhando a taxa de juros de mercado.
Em conversa com o time da Ágora Investimentos, compartilho com você a recomendação para a composição da parcela de renda fixa para o mês de maio, de acordo com cada perfil de investidor:
Conservador |
Participação
|
CDI | 85% |
Pré | 0% |
Inflação | 7,50% |
Moderado |
Participação
|
CDI | 52,50% |
Pré | 5% |
Inflação | 15% |
Dinâmico |
Participação
|
CDI | 40% |
Pré | 5% |
Inflação | 17,50% |
Arrojado |
Participação
|
CDI | 20% |
Pré | 5% |
Inflação | 17,50% |
O cenário econômico tem se mostrado desafiador, mas existem oportunidades interessantes no universo da renda fixa.
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Espero que essas informações possam lhe auxiliar para tomar a melhor decisão de investimento, sempre respeitando o seu perfil e objetivos. Na dúvida, consulte um especialista de investimentos do seu banco ou corretora, para, com base nos fatores acima, potencializar ainda mais seus rendimentos.
Um abraço e até a próxima!