- Nem sempre os pequenos investidores conseguem diversificar da melhor maneira
- Atual momento da Bolsa oferece oportunidades para diversificar carteira com ativos descontados
- A consultoria de investimentos é necessária para um bom desempenho do portfólio
Os anos 1990 foram recheados de crises econômicas no Brasil até a implementação do Plano Real, que trouxe maior estabilidade e credibilidade para a moeda brasileira. Nesse período era muito comum que os investimentos dos brasileiros se concentrassem em imóveis, poupança, carros e até mesmo em linhas de telefone. Ademais, o Brasil sempre foi conhecido por ter uma das taxas de juros mais altas do mundo.
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Com a internet e a maior democratização da informação os investimentos em renda variável cresceram significativamente, apesar do Brasil ainda ter um enorme déficit em educação financeira. Quando se tratam de grandes fortunas, vemos, ainda hoje, milionários que não sabem gerir seu patrimônio e caem nas “lábias” dos grandes bancos.
Em contrapartida, os fundos de investimentos ganharam popularidade. Há alguns anos investidores pessoa física possuíam acesso apenas a fundos de investimentos de bancos comerciais, com taxas de alto custo.
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“Diversificação” é uma palavra que muito se ouve falar no mercado financeiro atualmente. Mas a realidade é que nem sempre os pequenos investidores conseguem colocá-la em prática da melhor maneira. Diversificar vai além de “comprar vários ativos”.
O atual momento da bolsa oferece ativos descontados, verdadeiras pechinchas em decorrência dos acontecimentos macroeconômicos mundiais, da fuga da renda variável para a renda fixa estimulada pelas taxas de juros altas no Brasil e das taxas de juros em ascensão para controle da inflação na maior economia do mundo, a dos Estados Unidos.
Este cenário torna propício encontrar diferentes classes de ativos como ótimas oportunidades para diversificar o portfólio, com ativos cujos preços baixos não se justificam.
Importante: diversifique entre classes de ativos, setores, renda fixa, renda variável, fundos imobiliários, fundos multimercado, previdência, ativos digitais, empresas sólidas, small caps, boas pagadoras de dividendos, companhias exportadoras, ativos internacionais, papéis dolarizados, entre outros. A gama de produtos disponível no mercado é gigantesca e os especialistas podem ajudar a encontrar as melhores opções tendo em vista o objetivo e o perfil do investidor.
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A consultoria de investimentos se faz especialmente necessária para alcançar um bom desempenho no mercado financeiro quando se torna aliada aos objetivos de curto, médio e longo prazo do investidor. Muito mais necessária na gestão de grandes fortunas e heranças.
É o que dizem: “Você não tenta fazer o trabalho de um engenheiro, então porque insiste em fazer o trabalho de um profissional de investimentos?” Não que seja desnecessário o conhecimento, ao contrário, a política sempre deveria ser de “não dê o peixe, ensine a pescar”. No entanto, no caso de grandes fortunas e do que elas representam para os seus sucessores, o jogo muda. É importante ter um planejamento de carteira atrelado aos interesses presentes e futuros.
Entretanto, terceirizar as decisões de investimentos em “mãos erradas” pode dificultar ainda mais o processo que o investidor busca alcançar.
O consultor de investimentos precisa saber confortar seus clientes em momentos de pânico do mercado, como aconteceu na pandemia de Covid-19, quando houve dois circuit breakers (mecanismo de segurança que interrompe as negociações na Bolsa na ocorrência de movimentos bruscos) em um único dia, e nas quedas exageradas decorrentes dos conflitos entre Rússia e Ucrânia e nas crises políticas, além de performar positivamente tanto em bear market (mercado em tendência de queda prolongada) como em bull market (em tendência de alta).
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Três pontos que o investidor deveria levar em consideração ao terceirizar as decisões de investimentos:
- Comissão de gerentes e assessores
Gerentes de bancos e assessores podem oferecer produtos a seus clientes que não condizem com seus objetivos com o intuito de bater metas e receber comissões maiores. Muitas vezes não há transparência com o cliente, dificultando o alcance dos objetivos dele. E é aí que entra a importância da independência.
- Independência
Melhor buscar casas de análise de investimentos independentes. A independência irá fazer com que as decisões não tenham vieses e preconceitos.
- Ética nos investimentos
É preciso ficar atento em qual instituição vai gerir o dinheiro. Existem instituições envolvidas em escândalos e polêmicas, podendo prejudicar os investimentos.
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