Marco Saravalle é analista CNPI-P e sócio-fundador da BM&C e da MSX Invest. Foi estrategista de Investimentos do Banco Safra, estrategista de Investimentos da XP Investimentos, analista e co-gestor de fundos de investimentos na Fator Administração de Recursos e GrandPrix e analista de ações na Coinvalores e Socopa. Formado em Ciências Econômicas pela PUC-SP, Pós-graduado em Mercado de Capitais pela USP e Mestrando em Economia e Finanças pela FGV/EESP. Iniciou sua carreira no programa de Trainee do Citibank. Atualmente é Diretor Administrativo/Financeiro da Apimec Nacional, membro do comitê de
educação da CVM e presidente do Conselho da ONG de educação financeira,
Multiplicando Sonhos.

Escreve quinzenalmente, às segundas-feiras

Marco Saravalle

Metaverso desafia as empresas do futuro

Você está preparado para investir em outra dimensão?

Um novo universo de realidade virtual, internet 3D, onde as pessoas vão interagir entre si por meio dos já conhecidos avatares digitais. Foto: Rawpixel
  • A proposta deste mundo é desenvolvida a partir de diversas tecnologias, como realidade aumentada, redes sociais, criptomoedas etc
  • O “próximo capítulo da internet” ainda não existe concretamente, mas é a recente aposta das gigantes de tecnologia

É provável que, principalmente após a covid-19, você já tenha experimentado participar de interações via as famosas “calls”, “meets” e por aí vai. Hoje, uma reunião corporativa, a participação em um evento ou até um encontro pessoal conectados por meio do universo digital são praxe. Mas imagine só conseguir fazer isso e muito mais, como conhecer um escritório ou imóvel, visitas de negócios, ir ao show da sua banda favorita, na balada com os amigos, participar de um pregão na B3, sem sair de casa e com a sensação do real.

Tudo isso será possível para o metaverso, um novo universo de realidade virtual, internet 3D, onde as pessoas vão interagir entre si por meio dos já conhecidos avatares digitais. A proposta deste mundo é desenvolvida a partir de diversas tecnologias, como realidade aumentada, redes sociais, criptomoedas etc.

No entanto, se engana quem acha que o metaverso é atual. Em 1992, no livro “Snow Crash”, Neal Stephenson já utilizou o conceito para se referir ao dispositivo que possibilita acessar a realidade virtual.

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“Black Mirror” e “Second Life” estão mais próximos do que nunca. Empresas trabalham para tornar a nova tecnologia uma realidade também nos negócios.

Como encontrar oportunidades no “novo mundo”

O “próximo capítulo da internet” ainda não existe concretamente, mas é a recente aposta das gigantes de tecnologia.

Um exemplo é a Meta. Recentemente, Mark Zuckerberg, CEO do Facebook (FBOK34) e atual dono de aplicativos como Instagram e WhatsApp, anunciou que o nome de sua empresa mudaria, passando a se chamar Meta – eu não duvidaria das apostas do grande Zuckerberg.

Outra gigante que está adentrando no metaverso é a companhia Microsoft (MSFT34), anunciando a chegada de avatares 3D no Teams em 2022.

Aliás, muita atenção nas empresas de experiência gamer

Pessimistas de criptomoedas e blockchain que se preparem: investimentos especulativos estão aí. Epic Games – Fortnite, Roblox (RBLX) e toda a sua turma já investem em avatares e comercialização de espaços publicitários há alguns anos e continuam avançando. No que chamamos de “próxima etapa da rede mundial”, em que estaremos não apenas vendo os conteúdos, mas dentro deles, dinheiro virtual é pauta!

Por meio da nova tecnologia, também será possível realizar negociações de bens virtuais. É o que já promete a Niantic Labs, empresa de software da companhia japonesa Nintendo (Nintendo Co Ltd), desenvolvedora do Pokemon Go, que anunciou parceria com a Fold para bônus em cashback de bitcoin no game.

No mundo de Decentraland, também já tivemos a venda de um terreno em mundo virtual por US$ 2,4 milhões, em valor recorde de criptomoedas.

Isto é, serviços, transportes e até imóveis poderão ser comprados por meio desta realidade virtual e, para isso, possivelmente serão utilizadas as “famigeradas” criptomoedas. Para quem não se beneficiou da alta do bitcoin há alguns anos, se prepare que pode vir mais por aí. Aposte na carteira do seu filho e naquele “joguinho” que ele vai pedir no Natal.

Ainda que tudo pareça promissor, existem muitas barreiras, como o 5G – provedor da nova tecnologia.

Para tornar metaverso uma realidade no Brasil, a internet 5G deverá fazer parte do cotidiano. Um desafio para as companhias nacionais ligadas à tecnologia, como desenvolvedoras de software e as empresas de telecomunicações. Mais distante ainda para o investidor, que hoje precisa ter uma carteira dolarizada para se aproximar das oportunidades.

A Vivo (VIVT3; VIVT4) pode vir a ser a provedora do 5G, já que a empresa vem realizando testes e promete ser a melhor rede do País. Na linha do 5G, também há a Small Cap Padtec (PDTC3) – atuante no desenvolvimento de produtos e serviços para a fibra óptica – que poderá fornecer a tecnologia para as companhias telefônicas, como a Vivo.

Se vale a pena investir em empresas do futuro? Com toda a certeza!

Quem achava que o mundo já estava moderno demais com as redes sociais, ainda não viu nada.

Para mais comentários, principalmente minha opinião sobre a empresa Meta (antigo Facebook) também quero disponibilizar para você, caro leitor, o meu relatório “Sua vida em outra dimensão. Conheça o Metaverso”. É só clicar aqui.