Marco Saravalle é analista CNPI-P e sócio-fundador da BM&C e da MSX Invest. Foi estrategista de Investimentos do Banco Safra, estrategista de Investimentos da XP Investimentos, analista e co-gestor de fundos de investimentos na Fator Administração de Recursos e GrandPrix e analista de ações na Coinvalores e Socopa. Formado em Ciências Econômicas pela PUC-SP, Pós-graduado em Mercado de Capitais pela USP e Mestrando em Economia e Finanças pela FGV/EESP. Iniciou sua carreira no programa de Trainee do Citibank. Atualmente é Diretor Administrativo/Financeiro da Apimec Nacional, membro do comitê de
educação da CVM e presidente do Conselho da ONG de educação financeira,
Multiplicando Sonhos.

Escreve quinzenalmente, às segundas-feiras

Marco Saravalle

A tecnologia blockchain chegou à renda fixa

Com a tecnologia, é possível democratizar o acesso de títulos que antes custavam R$ 10 mil

Renda fixa digital ainda é pouco conhecida no mercado financeiro. Foto: Envato Elements
  • É possível encontrar ativos com rentabilidade acima da média dos ativos de renda fixa tradicional, como foi o caso da emissão da oferta da ENER03
  • É fato que a tecnologia está revolucionando o mercado financeiro e, daqui alguns anos, podemos ver tudo completamente modificado

Ainda pouco conhecida no mercado financeiro, a “renda fixa digital” tem dado o que falar.

A diferença entre a renda fixa convencional – títulos públicos negociados no Tesouro Direto, CDB, LCI, LCA, CRI, CRA e Debêntures – e a “renda fixa digital” está na utilização da tecnologia blockchain para o reconhecimento do ativo.

Mas calma! Não é nada relacionado com criptomoedas: você aplica seus recursos em um título tokenizado que possui os mesmos riscos do que renda fixa convencional.

O leitor deve estar se perguntando: “Marco, eu entendi que é utilizada a tecnologia blockchain nos contratos de renda fixa, mas qual o benefício disso tudo?”.

É simples: com a tecnologia, é possível democratizar o acesso de títulos que antes custavam R$ 10 mil, por exemplo, passando para um valor inicial de R$ 100. A transação permite que os custos sejam diluídos.

É possível encontrar ativos com rentabilidade acima da média dos ativos de renda fixa tradicional, como foi o caso da emissão da oferta da ENER03, antecipação de fluxos financeiros procedentes da comercialização de energia. O lastro do token é o contrato de comercialização entre a Bolt e uma empresa de capital aberto, cujo nome ainda permanece em sigilo.

A rentabilidade da operação está em 18% ao ano, com vencimento em dezembro de 2022 – lembrando que estamos com a Selic em 13,75% ao ano. O risco da operação é que a Bolt não cumpra suas obrigações.

Em relação ao imposto de renda, só há tributação quando o valor é igual ou superior a R$ 35 mil por mês.

Energia 03 (ENER03)

Fonte: Relatório Mercado Bitcoin

É fato que a tecnologia está revolucionando o mercado financeiro e, daqui alguns anos, podemos ver tudo completamente modificado.

Se você quer saber mais sobre “renda fixa digital” e como aplicar, entre no meu grupo do WhatsApp