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Quanto pode custar para subir o Monte Everest? Entenda os custos para encarar a montanha

Preços ultrapassam os R$ 300 mil, mas envolvem riscos extremos

Monte Everest fica na Cordilheira do Himalaia, no Nepal (Foto: Adobe Stock)
Monte Everest fica na Cordilheira do Himalaia, no Nepal (Foto: Adobe Stock)

As redes sociais, como o X e o TikTok, têm um novo hiperfoco nesta semana: o Monte Everest. A atenção sobre o montanhismo aumentou após a infeliz notícia da morte de Juliana Marins, brasileira que ficou presa no Monte Rinjani, na Indonésia. O caso reacendeu discussões sobre os perigos das aventuras em condições extremas.

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Foi desse modo que, nos últimos dias, o Everest entrou na pauta não apenas pela dificuldade intensa da escalada, mas também pelos altos custos das expedições, que podem ultrapassar os R$ 300 mil, e valer até a vida de quem se arrisca. Veja, a seguir, o que oferecem esses pacotes de expedição, seus valores e as polêmicas que envolvem o turismo na montanha.

A polemica ‘Death Zone’

Localizado no Nepal, mais precisamente nas Cordilheiras do Himalaia, o Monte Everest é conhecido como a montanha mais alta de todo o mundo, com mais de 8,8 mil metros de altitude. Seu tamanho é tanto que aviões são recomendados a não atravessarem a área para evitar a colisão com o gigante.

Além disso, a partir de determinada altitude, os montanhistas atravessam a chamada “death zone“, ou zona da morte, em tradução para o português. Isso porque nessa área já não existe a possibilidade de resgate, e as condições climáticas e o ar rarefeito podem influenciar na saúde de quem esteja por lá.

Dessa forma, também, as pessoas que infelizmente falecem no Monte ficam por lá para sempre. Casos muito famosos como o “Green Boots” (Botas Verdes) ou a “Sleeping Beauty” (Bela Adormecida) foram usados por muitos anos, inclusive, como ponto de localização na montanha.

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De acordo com dados da Brittanica, em 2024, 861 montanhistas conseguiram escalar o Everest até o cume. Em contrapartida, 8 pessoas faleceram. Um ano antes, em 2023, 656 pessoas alcançaram o topo da montanha, ao mesmo tempo que 18 perderam as suas vidas tentando fazer o mesmo – este, inclusive, foi o maior número de mortes registrado desde o início das expedições no Everest.

Pacotes de preços exorbitantes

Apesar das condições extremas e o perigo envolvido, se tem algo que o ser humano gosta é de desafio. Especialistas em altas montanhas sabem que enfrentar o Monte não é tarefa para iniciantes, e às vezes nem para quem já tem bastante experiência. Por isso, é altamente recomendado que os atletas adquiram pacotes que incluam guias experientes e os melhores equipamentos de escalada e acampamento.

O desafio leva cerca de dois meses para ser concluído, e exige que as equipes praticamente morem na montanha. Tudo isso, como você pode imaginar, aumenta o valor da experiência.

Ao jogar no google o termo “expedição no Monte Everest”, já aparecem as primeiras ofertas.  A agência especializada Cumbre Montanhismo oferece a experiência de “Trakking Everest Base Camp” pelo valor de US$ 3,9 mil por pessoa, cerca de R$ 21,3 mil na conversão atual.

Esse tipo de passeio dura 20 dias, mas é uma expedição básica, inicia no pé do Everest e vai até 5 mil metros de altitude. Apesar de exigir um bom preparo físico, não chega a ser considerada de risco – passa, inclusive, por vilarejos ao redor da montanha.

A Pisa Trakking Tur também oferece o passeio pelo Base Camp, mas com um diferencial: além da expedição tradicional, existe também o tour com um guia brasileiro, ideal para quem não fala inglês mas quer viver a experiência. O valor oferecido por essa agência é de US$ 4,9 mil (cerca de R$ 26,8 mil).

Agora, para quem deseja de fato subir até o topo do mundo, o valor da experiência começa a ficar um pouco mais salgado. Na Soul Outdoor, a expedição até o cume custa cerca de US$ 55 mil (R$ 301 mil), dura cerca de 55 dias, e não inclui passagens aéreas do Brasil para o Nepal.

Já na Grade 6, agência com mais de 30 anos de experiência, também oferece a expedição até o topo da montanha, mas pelo valor de US$ 61 mil (R$ 334 mil). Esse pacote tem 50 dias de duração  também não oferece as passagens saindo do Brasil, mas seu diferencial pode ser a quantidade de “Sherpas” ou seja, guias experientes locais, que acompanham o grupo: um Sherpa por membro da equipe.

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Por fim, o pacote com a maior quantidade de dias é o da Civitatis, plataforma online de passeios e excursões. Com um roteiro de 64 dias no Monte Everest,  um guia em inglês, e telefones em satélites para eventuais emergências, a empresa cobra o valor já em reais: um total de R$ 320,9 mil.

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