Famosa por suas belas praias, Florianópolis também tem se destacado quando o assunto é segurança. De acordo com a mais nova edição do Atlas da Violência, relatório produzido anualmente pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) em parceria com o Fórum Brasileiro de Segurança Pública, a cidade é a capital brasileira com a menor taxa de homicídios por 100 mil habitantes.
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Em Floripa, essa taxa corresponde a 8,9. Brasília e Cuiabá completam o pódio de capitais mais seguras, com taxas de homicídio de 13 e 15,2, respectivamente. No extremo oposto, Salvador é considerada a mais violenta, com 66,4 homicídios a cada 100 mil habitantes. Macapá e Manaus também figuram entre os locais de maior perigo, com taxas de homicídio de 55,8 e 55,7, respectivamente. Para conferir o desempenho de todas as capitais brasileiras no levantamento, confira esta reportagem do Estadão.
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Morar na capital mais segura do País, porém, pode pesar no bolso do consumidor brasileiro. No quesito de alimentação, Florianópolis tem a segunda cesta básica mais cara do Brasil dentre as capitais brasileiras, atrás apenas de São Paulo, segundo dados de julho do DIEESE (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos). Na cidade catarinense, o conjunto dos alimentos básicos custa por volta de R$ 782,73, o que compromete 59,93% de um salário mínimo líquido.
Os custos com moradia também são altos em Floripa. Dentre as capitais analisadas pelo Índice FipeZAP de Locação Residencial de julho, a cidade de Santa Catarina apresentou o segundo preço médio mais elevado de aluguel: R$ 53,72 por metro quadrado. Só perdeu o posto de locação mais cara para São Paulo, onde o preço médio de aluguel foi de R$ 55,69 por metro quadrado.
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Vale lembrar que o FipeZap analisa o preço dos imóveis anunciados. No último mês, existiam 3.807 anúncios em Florianópolis. O aumento mensal nos valores foi de 0,02% na capital catarinense, abaixo do Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M) do mês, que ficou em 0,61%. O IGP-M é conhecido tradicionalmente como “inflação do aluguel”, por ser o principal índice utilizado para o reajuste de contratos do tipo no Brasil.
No acumulado do ano, no entanto, a alta nos preços de aluguel em Floripa é de 7,14%, bem acima do IGP-M no período, que sobe 1,71%. Entre os bairros mais caros da cidade, o destaque fica para o Agronômica, com preço médio de R$ 60,3 por metro quadrado. Logo atrás, vêm o Centro e o Córrego Grande, com preços médios de R$ 58,4 e R$ 55,6, respectivamente, por metro quadrado. Veja o ranking:
- Agronômica: R$ 60,3 por metro quadrado
- Centro: R$ 58,4 por metro quadrado
- Córrego Grande: R$ 55,6 por metro quadrado
- Saco dos Limões: R$ 53,6 por metro quadrado
- Trindade: R$ 52,8 por metro quadrado
- Itacorubi: R$ 51,5 por metro quadrado
- Estreito: R$ 45,5 por metro quadrado
- Ingleses do Rio Vermelho: R$ 40,8 por metro quadrado
- Coqueiros: R$ 40,7 por metro quadrado
- Capoeiras: R$ 39,7 por metro quadrado
Como se preparar financeiramente para alugar um imóvel?
Apesar dos preços elevados de locação em Floripa, há caminhos para quem deseja morar na cidade e economizar. Conforme explicamos nesta reportagem, uma dica financeira importante é não comprometer mais de 30% do orçamento com as despesas do aluguel. Marcelo Milech, consultor de valores mobiliários da Comissão de Valores Mobiliários (CVM) e da Planejar, destaca que essa porcentagem é estipulada considerando outros custos que irão pesar na renda familiar ou individual, como as despesas com transporte, alimentação, saúde e educação.
O consumidor precisa, antes de buscar um imóvel, realizar um planejamento financeiro e elencar quais são suas fontes de gastos e ganhos. O E-Investidor disponibiliza uma planilha gratuita para facilitar o controle das contas. Basta incluir as despesas que a pessoa tiver no mês e as contas serão feitas de forma automática, de acordo com cada categoria de gasto.
Após a montagem da planilha, é importante pensar nas despesas que podem ser cortadas sem afetar a qualidade de vida, saúde e bem-estar. Em médio e longo prazo, Massaro aconselha buscar, paralelamente, uma forma de aumentar a receita para compensar os gastos com o aluguel. A renda extra pode ser obtida tanto com investimentos quanto com atividades de trabalho – nesta matéria, selecionamos 17 ideias para ganhar dinheiro na internet.
As dicas na hora de escolher um imóvel
Com o planejamento financeiro realizado, chega a hora de procurar o local para morar. Muitos acreditam que basta apenas pensar no valor do imóvel para tomar essa decisão, mas não é bem assim que funciona. Apesar de ser a preocupação principal, outros custos podem vir a ser incluídos no contrato e devem ser verificados previamente, como a cobrança de Imposto sobre a Propriedade Predial e Territorial Urbana (IPTU) e a mensalidade do condomínio.
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Na hora de pesquisar os preços, a recomendação é fazer uma pesquisa minuciosa nos sites de anúncios de locação, também prestando atenção na localização do imóvel. Encontrar uma casa ou um apartamento próximo ao local de trabalho pode gerar economia de custos com transporte, principalmente em uma cidades grandes como Florianópolis, que também tende a sofrer com engarrafamentos em períodos de alta temporada, quando há um grande número de turistas transitando no local.
Milech, da Planejar, aconselha os consumidores a terem um olhar de desconfiança com imóveis muito baratos. “Se você vê 10 imóveis e 9 estão custando R$ 2.000 de aluguel, e encontra um por R$ 1.000, alguma coisa pode estar errada com esse último. Quando o milagre é muito grande, deve-se desconfiar do santo. Quando as discrepâncias são muito grandes, tem algum problema, seja no prédio ou na questão de segurança na região”, alerta, o que vale, claro, para cidades como Florianópolis.