• Logo Estadão
  • Últimas notícias
  • opinião
  • política
  • economia
  • Estadão Verifica
Assine estadão Cavalo
entrar Avatar
Logo Estadão
Assine
  • Últimas notícias
  • opinião
  • política
  • economia
  • Estadão Verifica
Logo E-Investidor
  • Últimas Notícias
  • Direto da Faria Lima
  • Mercado
  • Investimentos
  • Educação Financeira
  • Criptomoedas
  • Comportamento
  • Análises Ágora
Logo E-Investidor
  • Últimas Notícias
  • Mercado
  • Investimentos
  • Direto da Faria Lima
  • Negócios
  • Educação Financeira
  • Criptomoedas
  • Comportamento
  • Análises Ágora
  • Newsletter
  • Guias Gratuitos
  • Colunistas
  • Vídeos
  • Áudios
  • Estadão

Publicidade

Colunista

A dívida nacional da China e seu impacto na economia global

Problemas de dívida do país têm o potencial de desencadear grandes perturbações nos mercados financeiros

Por Thiago de Aragão

15/01/2025 | 18:07 Atualização: 15/01/2025 | 18:39

Receba esta Coluna no seu e-mail
China. (Foto: Adobe Stock)
China. (Foto: Adobe Stock)

A ascensão meteórica da China como potência econômica tem sido acompanhada por um desafio significativo e muitas vezes negligenciado: sua crescente dívida nacional. Embora muita atenção seja dada ao poderio manufatureiro e aos avanços tecnológicos do país, a questão da dívida pode ter profundas implicações, não apenas para a China, mas também para a economia global.

Leia mais:
  • OPINIÃO: 2025 promete desafios complexos e incertezas, mas há oportunidades
  • Qual é o tamanho do problema da economia da China para o Brasil?
  • OPINIÃO: Acordos entre Brasil e China são oportunidades, mas é preciso tomar cuidado
Cotações
26/10/2025 22h41 (delay 15min)
Câmbio
26/10/2025 22h41 (delay 15min)

CONTINUA APÓS A PUBLICIDADE

Em 2022, a dívida total da China — incluindo as obrigações dos governos central e locais — foi de aproximadamente 94 trilhões de yuans (cerca de US$ 14 trilhões), equivalente a 77,1% de seu PIB. Quando se consideram as dívidas das empresas estatais e outras obrigações não governamentais, as estimativas sobem ainda mais, colocando a relação dívida/PIB da China acima de 280%. Se não for gerido com cuidado, esse nível de endividamento representa um risco significativo para a estabilidade econômica global.

  • O que falta para a ação da Vale (VALE3) deslanchar em 2025? Veja análise

Os fatores por trás do acúmulo da dívida chinesa

O problema da dívida da China tem suas raízes em sua rápida expansão econômica. Nas últimas duas décadas, o governo chinês tem dependido fortemente de investimentos financiados por dívida para sustentar o crescimento, particularmente em infraestrutura, setor imobiliário e empresas estatais. Os governos locais também desempenharam um papel fundamental, tomando empréstimos extensivos para financiar projetos de desenvolvimento, muitas vezes utilizando mecanismos fora do balanço, como os Veículos de Financiamento de Governos Locais (LGFVs).

Essa estratégia, embora bem-sucedida em criar empregos e fomentar a urbanização, resultou em retornos decrescentes. Muitos projetos de infraestrutura, como ferrovias de alta velocidade subutilizadas e “cidades fantasmas”, não geraram os benefícios econômicos esperados, deixando governos locais e empresas estatais lutando para honrar suas dívidas.

Publicidade

Além disso, o mercado imobiliário da China — há muito um pilar do crescimento econômico — entrou em um período de estresse significativo. Desenvolvedoras como a Evergrande deram calote em empréstimos, e a queda nas vendas de imóveis reduziu drasticamente as receitas com vendas de terrenos, uma importante fonte de renda dos governos locais. Como resultado, as autoridades locais enfrentam pressões fiscais crescentes, agravando ainda mais a crise da dívida.

Impactos na economia global

Os desafios relacionados à dívida da China não se limitam às suas fronteiras. Os efeitos colaterais de uma possível crise da dívida no país podem desestabilizar a economia global de diversas maneiras:

1. Crescimento econômico global

A China responde por cerca de 18% do PIB global e é um motor-chave de crescimento econômico mundial. Uma desaceleração na economia chinesa devido a problemas de dívida provavelmente reduziria a demanda global por matérias-primas e commodities, impactando negativamente economias que dependem de exportações para a China. Mercados emergentes na América Latina, África e Sudeste Asiático — regiões altamente dependentes de investimentos chineses — seriam os mais afetados.

2. Volatilidade nos mercados financeiros

Os problemas de dívida da China têm o potencial de desencadear grandes perturbações nos mercados financeiros globais. Dada a interconexão dos sistemas financeiros, preocupações com a capacidade da China de gerenciar sua dívida podem levar à fuga de capitais, ao aumento dos custos de empréstimos e a uma volatilidade elevada nos mercados globais de ações e títulos. Investidores estrangeiros com exposição a ativos chineses podem reavaliar os riscos, provocando desinvestimentos em larga escala.

3. Disrupções no comércio

Como o maior exportador do mundo, a China desempenha um papel central no comércio global. Se sua crise de dívida se aprofundar, o governo chinês pode priorizar a estabilidade econômica doméstica, adotando políticas comerciais protecionistas ou redirecionando recursos de iniciativas internacionais, como a Iniciativa do Cinturão e Rota (BRI). Essas mudanças teriam efeitos em cascata nas cadeias de suprimentos globais, nos balanços comerciais e nas parcerias internacionais.

4. Pressões cambiais e inflacionárias

As estratégias de gestão da dívida da China podem impactar a estabilidade do yuan e os mercados de câmbio globais. Por exemplo, esforços para estimular a economia por meio da desvalorização do yuan poderiam criar pressões competitivas para outros países ajustarem suas taxas de câmbio, potencialmente desencadeando uma onda de desvalorizações cambiais. Além disso, pressões inflacionárias na China devido a estímulos fiscais impulsionados pela dívida poderiam se espalhar para os mercados globais.

  • 2025 promete desafios complexos e incertezas, mas há oportunidades

Respostas políticas e o caminho a seguir

O governo chinês está tomando medidas para lidar com seus desafios de dívida, mas esses esforços enfrentam obstáculos significativos. As principais iniciativas incluem:

  • Reestruturação da dívida: O governo central está incentivando a reestruturação da dívida de governos locais e empresas estatais em dificuldades para evitar calotes generalizados.
  • Reformas fiscais: Há um impulso crescente por reformas que proporcionem aos governos locais fontes de receita mais sustentáveis, como aumento na arrecadação de impostos ou mecanismos de compartilhamento de lucros com o governo central.
  • Maior regulação: Pequim apertou as regulamentações sobre financiamento paralelo e LGFVs para conter o excesso de empréstimos e melhorar a transparência no sistema financeiro.

Embora essas medidas sejam necessárias, elas não estão isentas de riscos. Um processo rápido de desalavancagem pode desacelerar o crescimento econômico, levando ao desemprego e ao descontentamento social. Por outro lado, a falta de ação decisiva para enfrentar o problema da dívida pode levar a uma crise financeira, com consequências ainda maiores.

O que isso significa para a economia global

O restante do mundo deve prestar muita atenção à forma como a China lida com seus desafios de dívida. Formuladores de políticas e empresas em todo o mundo devem se preparar para possíveis choques, diversificando cadeias de suprimentos, reduzindo a dependência excessiva dos mercados chineses e monitorando de perto os desenvolvimentos na política financeira chinesa.

Para a China, alcançar um equilíbrio delicado entre crescimento econômico e disciplina fiscal será crucial. As apostas são altas, não apenas para os 1,4 bilhão de habitantes do país, mas também para bilhões de pessoas em todo o mundo cujos meios de subsistência estão indiretamente ligados à saúde da economia chinesa. Seja no sucesso ou no tropeço da China em gerenciar sua crise de dívida, a economia global sentirá os efeitos.

Encontrou algum erro? Entre em contato

Compartilhe:
  • Link copiado
O que este conteúdo fez por você?

Informe seu e-mail

Tudo Sobre
  • Câmbio
  • China
  • comercio
  • Dívida
  • Economia
  • mercado
  • Mercado financeiro

Publicidade

Mais lidas

  • 1

    Bastidores da segurança do Pix: entenda como o dinheiro circula, táticas dos criminosos e as novas regras do BC contra golpes

  • 2

    Lula e Trump: quais são as empresas da Bolsa de olho no encontro dos presidentes neste domingo

  • 3

    Nova era do dinheiro: bancos e cartões de crédito se rendem às criptos em busca do Pix global

  • 4

    Ray Dalio revela seu clone de IA e garante que ele será capaz de fornecer dicas de investimentos

  • 5

    Ibovespa na semana: Braskem (BRKM5) salta quase 13%; Fleury (FLRY3) lidera perdas

Publicidade

Quer ler as Colunas de Thiago de Aragão em primeira mão? Cadastre-se e receba na sua caixa de entrada

Ao fornecer meu dados, declaro estar de acordo com a Política de Privacidade e os Termos de Uso do Estadão E-investidor.

Cadastre-se e receba Coluna por e-mail

Ao fornecer meu dados, declaro estar de acordo com a Política de Privacidade e os Termos de Uso do Estadão E-investidor.

Inscrição feita com sucesso

Webstories

Veja mais
Imagem principal sobre o Dia de Sorte: como foi o 1º sorteio da modalidade?
Logo E-Investidor
Dia de Sorte: como foi o 1º sorteio da modalidade?
Imagem principal sobre o Passo a passo para usar o serviço de simular a aposentadoria do INSS
Logo E-Investidor
Passo a passo para usar o serviço de simular a aposentadoria do INSS
Imagem principal sobre o FGTS pode ser usado no programa Reforma Casa Brasil? Entenda
Logo E-Investidor
FGTS pode ser usado no programa Reforma Casa Brasil? Entenda
Imagem principal sobre o Loteria Federal: quais são as chances de ganhar na extração de sábado?
Logo E-Investidor
Loteria Federal: quais são as chances de ganhar na extração de sábado?
Imagem principal sobre o Bastidores da segurança do Pix: entenda como o dinheiro circula, táticas dos criminosos e as novas regras do BC contra golpes
Logo E-Investidor
Bastidores da segurança do Pix: entenda como o dinheiro circula, táticas dos criminosos e as novas regras do BC contra golpes
Imagem principal sobre o Como usar o computador da maneira correta para evitar aumentos na conta de luz
Logo E-Investidor
Como usar o computador da maneira correta para evitar aumentos na conta de luz
Imagem principal sobre o Salário líquido: o que é e como calcular o valor corretamente
Logo E-Investidor
Salário líquido: o que é e como calcular o valor corretamente
Imagem principal sobre o FGTS: quais prazos para solicitação do saque calamidade vão até 2026? Veja calendário
Logo E-Investidor
FGTS: quais prazos para solicitação do saque calamidade vão até 2026? Veja calendário
Últimas: Colunas
Eleições, risco fiscal e geopolítica: como proteger seu patrimônio em 2026
Eduardo Mira
Eleições, risco fiscal e geopolítica: como proteger seu patrimônio em 2026

Mais do que a busca por retornos expressivos, preocupe-se em ter uma boa estratégia de proteção patrimonial pautada em dados objetivos

24/10/2025 | 14h02 | Por Eduardo Mira
Parecer rico é nova moda dos endividados
Fabrizio Gueratto
Parecer rico é nova moda dos endividados

O endividamento recorde das famílias revela um país que gasta mais para parecer rico e investe menos para ser. O investidor precisa enxergar no espelho social o maior risco da economia: o comportamento

23/10/2025 | 16h01 | Por Fabrizio Gueratto
Selic: até onde a taxa pode cair — e como se preparar para os próximos dois anos
Ricardo Barbieri
Selic: até onde a taxa pode cair — e como se preparar para os próximos dois anos

Com a Selic em 15% ao ano, investidores buscam estratégias para atravessar 2025 e se posicionar para uma futura queda dos juros

23/10/2025 | 14h01 | Por Ricardo Barbieri
Confronto EUA e China: a nova lógica da disputa entre as potências
Marcelo Toledo
Confronto EUA e China: a nova lógica da disputa entre as potências

Tarifas perderam espaço para os controles de exportação e a corrida tecnológica — sinal de uma rivalidade que redefine a economia global

22/10/2025 | 16h13 | Por Marcelo Toledo

X

Publicidade

Logo E-Investidor
Newsletters
  • Logo do facebook
  • Logo do instagram
  • Logo do youtube
  • Logo do linkedin
Notícias
  • Últimas Notícias
  • Mercado
  • Investimentos
  • Educação Financeira
  • Criptomoedas
  • Comportamento
  • Negócios
  • Materias gratuitos
E-Investidor
  • Expediente
  • Fale com a redação
  • Termos de uso
Institucional
  • Estadão
  • Ágora Investimentos
Newsletters Materias gratuitos
Estadão
  • Facebook
  • Twitter
  • Instagram
  • Youtube

INSTITUCIONAL

  • Código de ética
  • Politica anticorrupção
  • Curso de jornalismo
  • Demonstrações Contábeis
  • Termo de uso

ATENDIMENTO

  • Correções
  • Portal do assinante
  • Fale conosco
  • Trabalhe conosco
Assine Estadão Newsletters
  • Paladar
  • Jornal do Carro
  • Recomenda
  • Imóveis
  • Mobilidade
  • Estradão
  • BlueStudio
  • Estadão R.I.

Copyright © 1995 - 2025 Grupo Estado

notification icon

Invista em informação

As notícias mais importantes sobre mercado, investimentos e finanças pessoais direto no seu navegador