Comportamento

50 séries, filmes, livros e podcasts sobre dinheiro para a quarentena

50 séries, filmes, livros e podcasts sobre dinheiro para a quarentena
Leonardo DiCaprio, em "O Lobo de Wall Street". (Divulgação)

(Murilo Basso, especial para o E-Investidor) – Produtos culturais são fonte inesgotável de inspiração e entretenimento. Para aproveitar melhor o tempo no período de quarentena, o E-Investidor separou uma lista contendo 50 filmes, séries, livros e podcasts que podem ajudá-lo a atravessar os próximos dias em casa. Os temas, claro, são relacionados à cobertura do site: mercado financeiro, economia e negócios. Confira.

Séries

Billions

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O drama “Billions” conta uma história fictícia de gato e rato, ataque e defesa entre um promotor e um hedge fund manager bilionário. Apesar de ficcional, a série é baseado no lendário Steve Cohen e no conflito legal de seu hedge fund com o Distrito de Nova York. De qualquer forma, a trama mostra um pouco sobre o dia a dia e a mente de um trader bilionário. 

Silicon Valley

Série fictícia da HBO aborda como é a vida na capital mundial da tecnologia. O enredo acompanha a startup fictícia Pied Piper e suas tentativas de se tornar a próxima grande empresa de tecnologia. A série ilustra ainda o funcionamento de uma startup do Vale do Silício de forma cômica e divertida, com algumas sacadas geniais sobre figuras típicas do ecossistema.

Halt and Catch Fire

Um drama de época que se passa nos primeiros dias do computador pessoal, na década de 1980. A série usa a maior revolução tecnológica da história como pano de fundo para as histórias pessoais de um engenheiro, um desenvolvedor e um traficante. Ao longo das temporadas, mostra também o desenvolvimento de empresa de jogos, salas de bate-papo e serviços dial-up.

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Ballers

Atualmente em sua terceira temporada, Ballers é uma série da HBO protagonizada por Dwayne “The Rock” Johnson como uma ex-estrela da NFL que se tornou um agente esportivo que está lutando para começar uma vida depois do futebol. O protagonista dá um show de empreendedorismo, sempre levantando soluções inovadoras para salvar o dia. Um retrato interessante de como é ser um empreendedor em um ambiente de alto risco e ritmo acelerado.

Shark Tank

Esta lista não estaria completa sem Shark Tank. Lançado pela primeira vez em 2009, o programa já tem versão brasileira, além da original americana. O reality segue um grupo de milionários e bilionários que buscam investir em empresas joviais. Os candidatos fazem seus pitches e tentam convencer os investidores a apostar na sua ideia. É o universo de startups em uma casca de noz.

Beyond Shark Tank

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O que acontece com as empresas participantes do Shark Tank seis meses depois? Aceitar investidores foi a decisão certa? Há arrependimentos de quem não investiu? Beyond Shark Tank procura essas respostas.

 

Undercover Boss

A premissa é simples e inovadora: os CEOs se disfarçam e fingem ser novos funcionários júnior em sua própria empresa. O programa, que já ganhou um Emmy, oferece uma perspectiva única, que permite aos executivos de alta gestão identificar problemas no cotidiano de sua empresa.

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TechStars

Programa relativamente desconhecido que segue uma incubadora de tecnologia focada em acelerar novas startups, fornecendo a orientação e o capital de que precisam para ter sucesso. As empresas que passaram pela incubadora TechStars já ganharam mais de US$ 2,3 bilhões.

Mad Money

Jim Cramer ajuda as pessoas a se tornarem melhores investidores. Ele ensina a analisar ações e descarta a ideia de dicas rápidas. É mais voltado para pessoas comuns, que querem economizar para a aposentadoria ou para poupança dos filhos, consequentemente lida com quantidades menores de dinheiro. Mas é uma perspectiva interessante para o empreendedor do dia a dia.

The Profit

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A série segue o empresário Marcus Lemonis enquanto ele investe dinheiro em empresas em falência com a esperança de recuperá-las utilizando apenas capital próprio. O diferencial é que Lemonis não investe apenas dinheiro: ele investe uma quantidade significativa de seu tempo, fornecendo orientação e consultoria aos proprietários das empresas. O que torna mais interessante é ver como os proprietários lidam com os conselhos e os resultados para o sucesso ou fracasso.

 

Podcasts

Masters of Scale

Podcast de negócios e finanças apresentado por Reid Hoffman, cofundador do LinkedIn. Em cada episódio, Hoffman introduz uma teoria sobre escala de negócios bem-sucedidos e testa sua validade entrevistando os fundadores sobre seu caminho “de zero a um zilhão”.

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How I Built This

Podcast produzido pela NPR sobre “inovadores, empreendedores, idealistas e as histórias por trás dos movimentos que eles construíram”. Mostra a história por trás de algumas das maiores e mais conceituadas empresas do mundo.

Man in the Arena

Podcast brasileiro comandado pelos empreendedores Leo Kuba, Miguel Cavalcanti e In Hsieh. Mais voltado para o empreendedorismo e cultura digital, recebe um convidado especial em cada episódio, incluindo investidores e membros de startups conhecidas.  Além das entrevistas com os convidados, oferece recomendações de livros e conselhos de gestão para os empreendedores brasileiros. Além do formato de podcast, também tem canal no YouTube com vídeos das entrevistas e conversas relacionadas de cada episódio.

Entrepreneurial Thought Leaders

Neste podcast produzido pela Stanford eCorner, da Universidade Stanford, a cada semana empresários e inovadores visitam a universidade para compartilhar abertamente as lições que aprenderam ao desenvolver, lançar e escalar ideias disruptivas. É descrito como “uma exploração franca da jornada empreendedora, na qual líderes informados compartilham histórias pessoais dos segredos e desafios por trás do sucesso real”.

Entrepreneur On Fire

Neste podcast premiado com mais de 200 episódios, John Lee Dumas entrevista empresários que estão realmente “on fire”, a todo vapor. Uma ótima fonte para aprender com os melhores sobre empreendedorismo, finanças e inovação.

Podcast do Day1

Uma série de podcasts, em parceria da Endeavor com a Deezer, que conta os melhores Day1s da história. Ótima fonte de inspiração para encontrar respostas para os desafios de quem já percorreu a mesma estrada para o sucesso.

Girlboss Radio

Criado e apresentado por Sophia Amoruso, fundadora da Nasty Gal, empresa de moda fundada quando Sophia tinha 22 anos e eleita a varejista de crescimento mais rápido em 2012. Neste podcast com mais de 100 episódios, Sophia entrevista mulheres CEOs de empresas americanas sobre suas trajetórias e dicas de empreendedorismo.

Direto das Trincheiras

Apresentado por Ricardo Jordão Magalhães, da BIZREVOLUTION, este podcast traz uma ideia nova a cada episódio, com insights práticos, sempre relacionados com vendas, marketing, liderança, empreendedorismo e e-commerce.

Like a Boss

Apresentado por Paulo Silveira (Grupo Caelum Alura) e Rodrigo Dantas (Vindi), e tem um formato diferente, dividido em temporadas. A cada temporada, seis líderes são convidados para falar sobre seus processos e aprendizados. Já recebeu empreendedores como David Vélez, da NuBank, e Diego Gomes, da Rock Content.

Guncast

Podcast do empreendedor e comediante Murilo Gun, onde ele oferece informações e opiniões sobre inovação e cultura do empreendedorismo. Tem uma pegada mais descontraída, mas com conteúdo de qualidade, abordando assuntos que vão de Singularity a P2P Learning.

Filmes

A Rede Social (2010), dirigido por David Fincher

À época do lançamento, o slogan de divulgação do filme foi “você não conquista 500 milhões de amigos sem fazer alguns inimigos”. A frase é um resumo perfeito do mote do longa, que aborda da fundação do Facebook por, um então jovem de 19 anos, Mark Zuckerberg, pintado como frio e calculista, até consolidação do site. O fio-condutor da história, que não é 100% baseada na realidade e tem toques ficcionais, são os primeiros processos judiciais enfrentados por Zuckerberg. “A Rede Social” venceu três estatuetas na 83ª edição do Oscar: Roteiro Adaptado, Trilha Sonora e Edição.

Fome de Poder (2016), dirigido por John Lee Hancock

Ainda que o McDonald’s tenha sido criado pelos irmãos Richard e Maurice McDonald, a quem também é creditada a invenção do serviço fast food, não foram eles os responsáveis por expandir a franquia primeiro ao redor dos Estados Unidos e depois para o mundo. A ideia partiu de Ray Kroc, ambicioso representante comercial de uma marca de mixers que viu potencial no restaurante. No filme, ele é interpretado por Michael Keaton – o Batman e o Birdman.

A Grande Aposta (2015), dirigido por Adam McKay

Considerada um prenúncio da crise financeira de 2008, a crise do subprime (crédito de risco), desencadeada a partir de julho de 2007, foi motivada pela concessão de empréstimos hipotecários de alto risco. O filme acompanha a história de um grupo de investidores num período imediatamente anterior à crise, que decidem apostar alto que o sistema imobiliário dos EUA está prestes a quebrar. A produção, que tem uma pontinha do economista Richard Thaler, vencedor do Nobel de Economia, ganhou o Oscar de Roteiro Adaptado na edição de 2016 do prêmio.

As Golpistas (2019), dirigido por Lorene Scafaria

No artigo “The Hustlers at Scores”, publicado na revista New Yorker em 2015, a ex-stripper Roselyn Keo confidenciou como ela e colegas do clube onde trabalhava viram a clientela cair vertiginosamente após a crise de 2008 em Wall Street. A saída encontrada? Ir atrás de homens ricos em restaurantes, dopá-los e roubá-los. No texto que inspirou o filme, estrelado por Jennifer Lopez e Constance Wu, a jornalista Jessica Pressler se refere à história das golpistas como um conto de “Robin Hood moderno”.

Indústria Americana (2019), dirigido por Steven Bognar e Julia Reichert

Um bilionário chinês decide abrir uma fábrica em Ohio, nos Estados Unidos, onde antes ficava uma instalação da General Motors – adivinhe só, empresa que foi extremamente afetada pela crise de 2008. Dois mil norte-americanos são contratados para trabalhar no local. No início, o clima é de otimismo, mas a tensão com os funcionários dos EUA, muito ligados a uma tradição sindicalista, cresce quando se percebe o choque entre as duas culturas. Documentário vencedor do Oscar em 2020.

Trabalho Interno (2010), dirigido por Charles Ferguson

Outro documentário vencedor do Oscar, “Trabalho Interno” se baseia em entrevistas com economistas e pessoas de dentro do mercado financeiro, políticos, jornalistas e acadêmicos para construir a tese de que uma verdadeira indústria de corrupção desembocou na crise de 2008. Pior crise desde a Grande Depressão, decretou a falência do Lehman Brothers, deixou milhares de pessoas sem moradia e causou uma recessão global. O documentário é narrado pelo também vencedor do Oscar Matt Damon.

O Homem que Mudou o Jogo (2011), dirigido por Bennett Miller

Nem sempre o mais caro é, necessariamente, o melhor. É essa a lição de “O Homem que Mudou o Jogo”. Na temporada de 2002, Billy Beane, dirigente da equipe de beisebol Oakland Athletics, sediado na Califórnia, precisa montar um time competitivo apesar de o clube estar em situação financeira, no mínimo, desfavorável. Com a ajuda de um jovem economista formado em Yale, Beane lança mão de uma análise estatística de jogadores, em que o desempenho é do esportista é o ponto-chave.

O Lobo de Wall Street (2013), dirigido por Martin Scorsese

Em um de seus melhores papéis, Leonardo DiCaprio vive a ascensão e a queda de Jordan Belfort, de sua ascensão como corretor da Bolsa de Valores até a sua queda, envolvido com lavagem de dinheiro e fraudes de valores mobiliários, passando pelo auge, com festas regadas a álcool, drogas e mulheres. Belfort negociou com o FBI, testemunhou contra inúmeros colegas, e passou apenas 22 meses na prisão. Hoje ele é palestrante motivacional.

Wall Street – Poder e Cobiça (1987) e Wall Street – O Dinheiro Nunca Dorme (2010), dirigido por Oliver Stone

A história de milionário ganancioso e frio (Gordon Gekko, interpretado por Michael Douglas) e de um jovem corretor da Bolsa de Valores, ambicioso mas também com o mínimo de consciência (Charlie Sheen e seu Buddy Fox). No fim do dia, o que vale mais: muito dinheiro ou uma noite de sono tranquila? É essa a pergunta que “Wall Street – Poder e Cobiça” faz ao espectador. Já sua sequência, “Wall Street – O Dinheiro Nunca Dorme”, acompanha Gekko, após sua saída da prisão por fraudes financeiras (sim, spoiler!), que vê em seu genro a possibilidade de um novo pupilo e também de reerguer seu império.

Capitalismo: Uma História de Amor (2009), dirigido por Michael Moore

A tese que sustenta “Capitalismo: Uma história de amor” é a mesma de diversos outros filmes do diretor Michael Moore: como o domínio das grandes corporações dos Estados Unidos impactam no cotidiano dos  cidadãos do país – e, consequentemente, nas pessoas de todo o mundo. O documentário, que passa pela crise de 2008 e pela transição do governo George W. Bush para o primeiro mandato de Barack Obama e seu pacote de estímulo à economia, quer entender qual é o preço que os norte-americanos pagam por amar tanto o capitalismo.

Steve Jobs (2015), dirigido por Danny Boyle

O filme de Danny Boyle foge da fórmula clássica das cinebiografias de mostrar início, meio e fim do biografado. “Steve Jobs” retrata um período de 14 anos da vida de um dos fundadores da Apple, com foco no lançamento de três produtos da empresa. Ao mesmo tempo em que a imagem de Jobs suscitava uma espécie de culto à liderança, com apresentações impecáveis e até coreografadas, os bastidores eram uma bagunça. O longa não teme em mostrar as falhas humanas do empresário, em especial com seus colegas e com sua primeira filha, Lisa.

Dr. Fantástico (1964), dirigido por Stanley Kubrick

Talvez as referências à economia não estejam claras desde o início nesta comédia de humor negro, uma sátira ao medo constante de que fosse travado um conflito nuclear entre Estados Unidos e União Soviética durante a Guerra Fria. Fato é que se trata de um filme sobre a importância do comprometimento, cujo roteiro Stanley Kubrick escreveu após ler “A Estratégia do Conflito”, do Nobel de Economia Thomas Schelling, estudioso da teoria dos jogos.

Margin Call – O Dia Antes do Fim (2011), dirigido por J.C. Chandor

A crise de 2008 foi a mais impactante desde a Grande Depressão. Logo, normal que muitos filmes tenham sido feitos e livros tenham sido escritos sobre o episódio. Neste, que se passa num período de 24 horas, um analista de investimentos de um banco de Wall Street que descobre informações sigilosas que podem afetar a vida de milhões de pessoas

O Amor Custa Caro (2003), dirigido por Joel Coen e Ethan Coen

Uma comédia estrelada por George Clooney e Catherine Zeta-Jones para deixar o período de isolamento menos triste. Miles (Clooney) é um advogado de divórcios conhece a quase-viúva negra Marylin (Zeta-Jones). Ela não mata seus maridos, apenas busca enriquecer com suas sucessivas separações. Miles pretende acabar com esse ciclo de “investimentos” de Marylin ao assumir a defesa de seu último ex-marido. O advogado não conta, porém, que acaba de se tornar o próximo alvo. No mundo dos negócios, é preciso sempre antecipar o olhar.

Uma Mente Brilhante, (2001), dirigido por Ron Howard

De forma simplista, a teoria dos jogos estuda situações estratégicas nas quais jogadores escolhem diferentes ações para tentar melhorar seu retorno. Um dos principais estudiosos dessa teoria foi o matemático nada convencional John Nash, retratado em tela por Russell Crowe. A produção aborda o período em que Nash trabalhou com criptografia para o governo dos Estados Unidos, na mesma época em que foi diagnosticado com esquizofrenia.

Livros

“Freakonomics”, de Steven D. Levitt e Stephen J. Dubner

Coletânea de estudos do economista Steven Levitt, Ph.D. pelo Massachusetts Institute of Technology (MIT), em parceria com o jornalista Stephen J. Dubner, a tradução para o título do livro seria algo como “Economia Excêntrica”. Nos textos, os autores analisam situações cotidianas sob a perspectiva de conceitos econômicos, como informação assimétrica. Para eles, a economia é, em essência, o estudo de incentivos. Um dos pontos analisados, por exemplo, é o baixo padrão de vida da maioria dos traficantes de drogas dos Estados Unidos, ainda que ganhem muito dinheiro. É polêmico.

“Valsa Brasileira: do boom ao caos econômico”, de Laura Carvalho

Doutora em Economia pela New School for Social Research, Laura Carvalho analisa a  “montanha-russa” da economia brasileira entre 2006 e 2017, onde houve prosperidade mas também uma crise sem precedentes. A autora não só analisa, mas também propõe soluções, onde não se deve temer os investimentos públicos, tampouco o Estado de bem-estar social. A linguagem é acessível e não se restringe a estudiosos da área.

“3.000 Dias no Bunker”, de Guilherme Fiuza

O texto dinâmico alterna pontos da biografia dos personagens com importantes passagens históricas do Brasil. O livro é sobre o trabalho da equipe a cargo de salvar o Brasil da instabilidade econômica que se arrastava desde a década de 1980. A história passa pelo fim do Plano Cruzado, pela criação do Plano Real e pela manutenção deste até o final do governo de Fernando Henrique Cardoso.

“O mito do governo grátis: O mal das políticas econômicas ilusórias e as lições de 13 países para o Brasil mudar”, de Paulo Rabello de Castro

Quem paga o preço do “governo grátis”, que propõe a distribuição de vantagens e benefícios para todos como se não houvesse custo para ninguém? Sem se preocupar em ser imparcial, Castro busca desmitificar a questão, mas reconhece o potencial gigantesco de crescimento do Brasil. De quebra, dá um panorama geral de diversos modelos econômicos utilizados por outros países.

“Como Fazer Amigos e Influenciar Pessoas”, de Dale Carnegie

Não se deixe enganar pelo título meio brega. Trata-se de um verdadeiro clássico. Publicado em 1936, é um dos livros mais vendidos de todos os tempos. Carnegie, que morreu há 65 anos, é sobre a arte de se relacionar com as pessoas a partir de técnicas simples. Os ensinamentos podem ser utilizados tanto na vida pessoal quanto na profissional, e até adaptados para tempos de comunicação digital (impulsionada agora pela crise do coronavírus).

“O Capital no Século XXI”, de Thomas Piketty

Para falar sobre a concentração de riqueza e a evolução da desigualdade social, o economista francês Thomas Piketty dedicou 15 anos de sua vida a pesquisas sobre o tema. Ainda que o cenário previsto por Karl Marx no século XIX não tenha se concretizado, Piketty aponta que o capitalismo costuma criar um círculo vicioso de desigualdade, pois a taxa de retorno sobre os ativos, a longo prazo, seria maior que o ritmo do crescimento econômico. Isso resultaria numa concentração de renda cada vez maior, ameaçando, inclusive, valores democráticos.

“A Ascensão do Dinheiro”, de Niall Ferguson

Lançado em meio à crise econômica de 2009, “A Ascensão do Dinheiro” se propõe a contar a história financeira do mundo. E é exatamente o que Feguson, professor em Harvard, faz. Trata desde a construção do mercado de crédito e do sistema financeiro, em um paralelo permanente com a geopolítica, até o conceito de “Chimérica”: a relação comercial entre a China e a América, eixo central do mundo de hoje.

“As Vinhas da Ira”, de John Steinbeck

Com tantos produtos culturais sobre a crise de 2008, esse romance, que rendeu um Prêmio Pulitzer ao autor, vai mais para trás: trata-se da epopeia de uma família tentando sobreviver, ao conseguir trabalho como boias-frias nas plantações de frutas da Califórnia, à Grande Depressão que assolou os Estados Unidos na década de 1930. A grande lição da obra é que ninguém sobrevive sozinho, devendo a solidariedade entre os semelhantes imperar.

“Crash: Uma breve história da economia”, de Alexandre Versignassi

Para explicar como é o funcionamento das moedas, do câmbio, da inflação, das crises e recuperações, das estratégias dos grandes investidores e até das criptomoedas o autor faz um passeio por 12 mil anos de civilização, traçando paralelos entre passado e presente para explicar o que, afinal, é a economia. A publicação ajuda o público leigo a se familiarizar com conceitos da área.

“Os Despossuídos”, de Ursula K. Le Guin 

O romance de ficção científica, publicado na década de 1970, lida com temas centrais de sua época, como comunismo russo, capitalismo e anarquismo. A partir da realidade utópica e distópica da vida em dois planetas (um representando os Estados Unidos e outro, a União Soviética), a autora suscita questionamentos sobre existencialismo, fundamentalismo, poder e sistemas políticos, além de abordar o individualismo e a noção de coletivo.

“Rápido e Devagar: Duas Formas de Pensar”, de Daniel Kahneman

Segundo o autor, a compreensão das duas formas de pensar que controlam a mente podem ajudar a tomar melhores decisões nos âmbitos pessoal e profissional. Há o pensamento rápido, que é intuitivo e emocional, e o devagar, lógico e ponderado. O livro é uma viagem pela mente humana e ajuda o leitor a se proteger contra eventuais falhas mentais que podem colocá-lo em situações difíceis.

“Fora de Série – Outliers”, de Malcolm Gladwell

“O que torna grandes conquistadores pessoas diferentes?”. A publicação consiste em um exame de indivíduos que alcançaram o sucesso em um nível extraordinário em diversas áreas. Comumente, pensa-se que essas pessoas são dotadas de alguma habilidade inata, até mesmo mágica, que os ajuda a atingir o topo. Ocorre que fatores como família e cultura também fazem a diferença.

“Os Inovadores”, de Walter Isaacson

Quem foram as pessoas que permitiram que chegássemos a um ponto tão avançado digitalmente como o agora? O livro se dedica a mostrar quem foram as mentes que vieram anteriormente e possibilitaram que a revolução digital acontecesse. A história começa com Ada Lovelace e Charles Babbage e desemboca no início da briga travada entre Bill Gates e Steve Jobs, passando por Alan Turing e seu trabalho para a inteligência britânica no Bletchley Park e por Grace Hopper, analista de sistemas da Marinha dos EUA durante a Segunda Guerra Mundial.

“O Reino e o Poder”, de Gay Talese

Um dos grandes nomes do jornalismo literário, Gay Talese se dedica a contar a história daquele que talvez seja o jornal mais conhecido do mundo, o The New York Times, que durante o século XX exerceu efetivamente o “Quarto Poder” nos Estados Unidos. Por meio do livro, é possível conhecer as lutas ego, choques de interesse e disputas pelo poder nos bastidores do jornal. Conhecer a história do NYT é conhecer a história de muitas grandes empresas.

“Quem mexeu no meu queijo?”, de Spencer Johnson

A partir da parábola envolvendo dois ratos e dois duendezinhos presos em um labirinto, eternamente procurando por queijo (o alimento que os deixa felizes), Johnson traça um paralelo com aquilo que se deseja da vida. Pode ser um bom emprego, um casamento, sucesso e independência financeira ou saúde. A partir daí, escreve sobre como lidar melhor com a vida, suas mudanças e desafios. Não se pode ter medo de viver.