Depois que a equipe de governo do recém-empossado presidente da Argentina, Javier Milei, anunciou as primeiras medidas econômicas “de choque” que envolveram a desvalorização do peso no câmbio oficial, a expectativa do mercado se voltou para a cotação do “dólar blue”, o câmbio paralelo que opera no país.
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O novo ministro da Economia, Luis Caputo, anunciou na terça-feira (12) que o peso, até então valendo aproximadamente 400 por 1 dólar passaria para 800/ 1 US$.
No dia seguinte ao anúncio, feito por meio de um pronunciamento do ministro, o dólar oficial passou a ser comercializado, às 14h30 desta quarta-feira (13), a 774,84 pesos na compra e 833,36 pesos na venda, conforme apuração em tempo real do La Nación, um dos grupos de mídia mais tradicionais na Argentina.
Porém, os olhos dos argentinos – e dos turistas brasileiros que planejam visitar o país em breve – estão voltados para a cotação do blue, o mais utilizado como parâmetro no dia a dia da população. No mesmo horário, ele estava sendo negociado a 1.065 na compra e a 1115 na venda, o que representa uma variação de 4,2% na comparação com a cotação das 18h de terça-feira, quando um dólar era negociado a 1.070 pesos na venda.
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Toda a variação aplicada pelo governo no câmbio oficial, que beira os 50%, acabou não sendo refletida no dólar blue, que oscilou bem menos. No entanto, tanto um câmbio quanto o outro – embora pela legislação argentina o dólar blue seja ilegal – apresentam volatilidade desde o início do dia, o que leva os argentinos a manterem-se atentos à cotação da moeda.