O que este conteúdo fez por você?
- O E-Investidor pediu a especialistas que dessem dicas sobre como usufruir melhor dos dias de promoção
- A colunista do E-Investidor e psicóloga clínica Ana Paula Hornos diz que o limite da dívida deve ser de no máximo 30% da receita líquida, somando todos os parcelamentos de uma determinada compra
- A empresa especializada em segurança na internet ClearSale apontou que houve uma alta de mais de 130% no número de tentativas de fraude no varejo virtual na Black Friday de 2021 na comparação com o ano anterior
Muitos brasileiros costumam aguardar a famosa Black Friday, que este ano ocorre em 25 de novembro, para comprar produtos que são tradicionalmente mais caros. Porém, nos últimos anos, diversas varejistas começaram a antecipar as ofertas para os clientes.
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O E-Investidor pediu a especialistas que dessem dicas sobre como usufruir melhor dos dias de promoção, já que o Brasil passa por uma inflação alta (o IPCA no acumulado de 12 meses está em 6,47%) e os juros estão na casa dos dois dígitos (13,75%) – o que normalmente deixa o preço dos produtos e o crédito ao consumidor mais caro.
Marcia Tolotti, psicanalista e especialista em psicofinanças, diz que o ato de comprar libera ocitocina, um neurotransmissor que gera uma grande sensação de prazer. “Somando o prazer ao preço mais baixo e a urgência de aproveitar a oportunidade, temos uma bomba relógio de consumismo”. Dessa forma, é preciso avaliar com cuidado a decisão de compra. A analista destaca que o importante é não se endividar.
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A colunista do E-Investidor e psicóloga clínica Ana Paula Hornos diz que o limite da dívida deve ser de no máximo 30% da receita líquida, somando todos os parcelamentos de uma determinada compra. Ou seja, se alguém ganha R$ 5.000, deve gastar no máximo R$ 1.500. Já quem ganha R$ 3.000, deve usar apenas R$ 900.
“Se, por exemplo, uma pessoa comprou um carro financiado cuja parcela mensal é de R$ 3.000 e o salário é de R$ 10 mil, é recomendável que não gaste mais na Black Friday para não comprometer a renda pessoal”, diz Hornos.
A especialista declara ainda que é recomendável avaliar as obrigações financeiras que possui no longo prazo para saber se o dinheiro que será usado agora não fará falta no futuro. “É importante lembrar que o parcelamento também é uma forma de dívida. Se for inevitável, tenha certeza de que cabe no orçamento”, ressalta.
A psicóloga indica que o consumidor faça uma lista de produtos que o tem interesse em comprar e, em seguida, faça cadastro em sites para receber alerta de preços dos produtos antes da Black Friday.
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Arthur Soares, educador financeiro da XP, afirma ser importante comprar apenas em sites confiáveis. A empresa especializada em segurança na internet ClearSale apontou que houve uma alta de mais de 130% no número de tentativas de fraude no varejo virtual na Black Friday de 2021 na comparação com o ano anterior.
De acordo com a plataforma Hostinger, há várias maneiras de saber se um site é seguro: conferir o domínio e a URL; pesquisar a reputação e o histórico do site; buscar pelo selo de segurança; consultar a política de privacidade, confirmar as informações de contato e ter um anti-vírus.
Outra recomendação de Soares é ficar atento aos preços, pois existem estabelecimentos que tendem a inflar o preço do produto antes da Black Friday e abaixam na data, voltando ao preço que era antes, dando a falsa sensação de que existiu um desconto. Como saída, ele sugere que o brasileiro faça o comparativo de preços antes e não compre “no susto”.
Já o Serasa aponta outro problema que tende a ocorrer na data: lojistas inserem taxas mais altas para os fretes na tentativa de compensar os descontos. A entidade recomenda que o cliente fique atento para o valor do frete e simule em mais de um site, incluindo o dos Correios.
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A expectativa é que o comércio fature R$ 4,2 bilhões nesta Black Friday, segundo a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), um valor recorde desde que a data foi instituída no Brasil, em 2010.