- As formas de pagamento estão cada vez mais dinâmicas, exigindo que os comerciantes se adequem a elas em uma rapidez nunca antes vista
- Como preferido dos brasileiros, está o cartão de crédito, mas outra modalidade vem ganhando relevância no mercado: o 'Buy Now, Pay Later'
- Já o Pix é a ferramenta adotada por mais de 80% das lojas no e-commerce, de acordo com o levantamento Estudo de Pagamentos GMattos
Além de fazer promoções imperdíveis para disputar um mercado tão concorrido de ofertas durante a Black Friday, os comerciantes precisam garantir que o consumidor não largue o carrinho no último instante. Para isso, oferecer opções diversificadas de pagamento é primordial, segundo Gastão Mattos, fundador da consultoria GMattos, especialista em pagamentos. “Nada pode dar errado na hora de pagar, porque seria um tiro no pé”, afirma.
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As formas de pagamento estão cada vez mais dinâmicas, exigindo que os comerciantes se adequem a elas em uma rapidez nunca antes vista. Até 2020, o Pix ainda nem existia. Hoje, a ferramenta é adotada por mais de 80% das lojas no e-commerce, de acordo com o levantamento Estudo de Pagamentos GMattos, divulgado no mês de outubro.
Pelo lado do consumidor, Mattos estima que o Pix representa cerca de 10% das compras feitas em lojas que aceitam a ferramenta. “Parece pouco, mas não é. O Pix tem dois anos e está superando meios de pagamento que já existem há anos, como cartão de débito e boleto”, diz.
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No topo, como preferido dos brasileiros, está o cartão de crédito. Mas Mattos ressalta que há ainda uma outra modalidade de pagamento a prazo que vem ganhando relevância no mercado e deve ser considerada pelos lojistas: o Buy Now, Pay Later (BNPL), que em tradução livre significa ‘compre agora, pague depois’.
“No Brasil, usamos esse nome para um tipo de parcelamento que é feito fora do cartão de crédito. Isso já vem ganhando alguma adesão e é estimulado por fintechs”, explica. Apesar desse método ser aceito por cerca de 15% das lojas, o fundador da consultoria considera que é uma tendência.
Ele explica que esse tipo de parcelamento atinge uma parcela grande da população que não possui cartão de crédito, por diversos motivos, ou as que têm baixo limite disponível no cartão e não conseguem realizar compras maiores. O serviço é oferecido por fintechs como ADDI, Pagaleve, Parcelex, etc.
Dentre as modalidades de pagamento que devem ser consideradas pelo lojista no e-commerce estão ainda as wallets, que são as “carteiras digitais”. Segundo o mesmo estudo, as wallets são aceitas em quase 50% das lojas virtuais.
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Novidade para a próxima Black Friday
Como foi dito ao longo deste texto, as opções de pagamento estão em constante atualização. Se o Pix já não é tão novidade assim, a Black Friday do ano que vem pode contar também com os iniciadores de pagamentos. Um deles está sendo lançado pelo Grupo FCamara, e tem o objetivo de tornar o processo de compra ainda mais rápido.
“O Pix tradicional vai gerar o qr code ou vai criar o Pix copia e cola. O cliente vai ter que copiar esse código, entrar no banco dele, se autenticar, colar o código… São cerca de 10 etapas”, explica Lorain Pazzetto, Head de Open Finance no Grupo FCamara. Com o iniciador de pagamentos, “o cliente simplesmente seleciona qual é a instituição bancária que ele tem saldo e já vai cair na tela de confirmação do Pix”.
Esse processo só é possível através do Open Finance, que está em sua terceira fase de desenvolvimento no Brasil e refere-se ao compartilhamento de informações entre bancos e instituições financeiras. Com o auxílio do iniciador de pagamentos, o processo de compra via Pix seria reduzido de 10 para 4 passos.
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“Além de um processo mais célere, com nossa solução, o cliente não perde o foco no checkout, o que contribui para reduzir o abandono de carrinhos, algo recorrente no comércio eletrônico”, afirma Pazzetto. O iniciador de pagamentos da FCamara será lançado junto à plataforma de e-commerce VTEX, logo após a Black Friday deste ano. A decisão por esperar passar a data leva em consideração que o movimento de vendas é muito grande durante o período, assim, não seria possível lidar com quaisquer erros de uma nova ferramenta.