Em um cenário de alta dos juros, os consumidores diminuem a sua busca por crédito nas instituições financeiras. Em agosto de 2024, houve retração de -6,9% na busca dos brasileiros por recursos financeiros na variação anual, segundo dados exclusivos do Indicador de Demanda dos Consumidores por Crédito da Serasa Experian, o que representa a maior queda de 2024.
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Também foi possível perceber que os brasileiros que recebem até R$ 500 mensais foram os que menos procuraram crédito no período, seguidos pelos consumidores com faixa de renda entre R$ 5 mil e 10 mil.
Luiz Rabi, economista da Serasa Experian, explica que a Selic – taxa básica de juros – elevada torna o crédito mais caro e menos acessível. Vale lembrar que, nesta quarta-feira (18), o Comitê de Política Monetária (Copom) elevou a Selic para 10,75% ao ano e a expectativa é de que a taxa continue a subir até o final de 2024. Ao mesmo tempo, Rabi comenta que a inflação em alta trabalha em conjunto dos juros na restrição do poder de compra das famílias, forçando-as a priorizar gastos essenciais.
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Além disso, a incerteza econômica e o aumento do desemprego criam um ambiente de cautela, onde tanto consumidores quanto empresas hesitam em assumir novas dívidas. “Esse cenário é agravado pelo alto nível de endividamento já existente, que limita ainda mais a capacidade de buscar novos financiamentos. Em tempos de volatilidade, a estabilidade financeira se torna uma prioridade”, avalia Rabi. Veja a demanda dos consumidores por faixa de renda:
A Serasa Experian também revelou que apenas duas Unidades Federativas (UFs) não demonstraram queda no período analisado. Em agosto, apenas os estados do Amazonas (15,4%) e Amapá (7,5%) não demonstraram queda na demanda dos consumidores por recursos financeiros.
Na outra ponta, dos que menos solicitaram crédito no mês, estão os estados do Rio de Janeiro e Paraíba, que registraram quedas de 13,9% e 15,1%, respectivamente. Confira o levantamento completo:
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