- O Pix se consolidou como a principal forma de transferência bancária entre os brasileiros. Em 2023, bateu recorde de movimentações, somando R$ 17,2 trilhões, alta de 57,8% ante 2022 (R$ 10,89 trilhões).
- Embora não haja restrições para o uso do meio de pagamento digital no carnaval, especialistas recomendam atenção a quem optar pela forma de transferência de recursos em tempo real do Banco Central (BC). Não pela segurança do sistema em si, mas pelo risco de roubo ou furto do aparelho no momento de realizar o pagamento.
- “No carnaval, o que predomina são modalidades não violentas. Tem assaltos, mas o que mais ocorrem são aquelas coisas mais furtivas, aquelas ações de fraude, furto. Para evitá-las, é preponderante que a pessoa esteja atenta ao entorno, aos seus pertences, às transações que vai fazer, e não perca a noção completa do entorno”, recomenda Alan Fernandes, professor de segurança pública da FGV.
O Pix se consolidou como a principal forma de transferência bancária entre os brasileiros. Em 2023, a ferramenta bateu recorde de movimentações, somando R$ 17,2 trilhões, alta de 57,8% ante 2022 (R$ 10,89 trilhões). Com a proximidade do carnaval, período em que a população teme sofrer algum tipo de golpe financeiro, vale a pena usar o Pix durante a folia?
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Embora não haja restrições para o uso do meio de pagamento digital no carnaval, especialistas recomendam atenção a quem optar pela forma de transferência de recursos em tempo real do Banco Central (BC). Não pela segurança do sistema em si, mas pelo risco de roubo ou furto do aparelho no momento de realizar o pagamento. Afinal de contas, para fazer um Pix é necessário acessar o aplicativo de alguma instituição financeira no celular no meio da festa.
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“No carnaval, o que predomina são modalidades não violentas. Tem assaltos, mas o que mais ocorrem são ações de fraude e furto. Para evitá-las, é preponderante que a pessoa esteja atenta ao entorno, aos seus pertences, às transações que vai fazer e não perca a noção completa do entorno”, recomenda Alan Fernandes, professor de segurança pública da FGV.
Mas caso o Pix seja a melhor opção ou a única disponível para o folião, como utilizar com segurança?
Controle o limite
Antes de sair de casa para os bloquinhos, é possível definir um valor máximo de transferência via Pix no app da sua instituição financeira. “Configure os limites transacionais para os menores possíveis, só para o que for precisar mesmo”, indica Jose Luiz Santana, head de cibersegurança do C6.
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Essa estratégia, também usada na gestão e no controle de transações financeiras do dia a dia, pode ser uma aliada em eventos de rua, como o carnaval.
Escolha uma rede segura
Além dos limites, algumas instituições também oferecem a possibilidade de restringir algumas operações financeiras somente quando o celular estiver conectado a uma rede de internet cadastrada previamente. Por exemplo, a de casa ou do trabalho. Com isso, caso tente transferir um valor acima do que está definido, o golpista não irá conseguir.
Atente-se às informações de envio
A Federação Brasileira de Bancos (Febraban) também lembra que, ao fazer um pagamento por Pix, seja digitando a chave do destinatário ou um QR Code, é importante conferir todos os dados do pagamento. “Só após essa checagem detalhada, faça a transferência”, diz a federação, em nota.
Avalie um “seguro Pix”
Com a popularização de golpes e transferências indevidas por meio do sistema de pagamento do BC, uma alternativa é o “Seguro Pix”, disponibilizado por instituições financeiras. Segundo a Confederação Nacional das Seguradoras (CNseg) e a Federação Nacional de Seguros Gerais (FenSeg), esse tipo de produto pode ser contratado por valores mensais entre R$ 2,90 e R$ 32,90, a depender do tipo de cobertura e do montante segurado.
Considere uma “conta reserva”
O professor da FGV lembra que também é possível utilizar na folia uma conta bancária que não disponha de altos valores financeiros, seja em serviços ou investimentos. Neste caso, vale também adotar todas as dicas anteriores, como controlar limites, para evitar grandes prejuízos.
Solicite devolução ao BC
Caso o folião sofra alguma fraude, uma forma de tentar reaver os recursos é acionar o Mecanismo Especial de Devolução (MED). Exclusivo do Pix, o mecanismo foi criado pelo BC para facilitar as devoluções em caso de fraude, golpe, crime ou falha do sistema, como transação em duplicidade.
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Para isso, é necessário registrar o pedido de devolução junto a sua instituição no prazo máximo de até 80 dias, a contar da data em que você do golpe. Segundo o BC, após a reclamação, a instituição avaliará o caso e, se entender que se enquadra no MED, o recebedor do seu Pix terá os recursos bloqueados da conta;
O caso é analisado em até 7 dias. Se concluírem que não houve fraude, o recebedor terá os recursos desbloqueados. Se for fraude, em até 96 horas o cliente receberá o dinheiro de volta (integral ou parcialmente). Nos casos em que se confirma falha do sistema, os recursos são devolvidos em até 24 horas.