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Comportamento

O último suspiro do cheque: por que brasileiros ainda usam 137 milhões deles?

Comerciantes e empresários explicam as vantagens deste instrumento tão popular até a década de 1990; entenda o futuro dos meios de pagamento

Retrato de busto sob fundo azul escuro.
Por Cecília Mayrink e  Gabriela Raposo 
Editado por Wladimir D'Andrade

08/03/2025 | 7:35 Atualização: 13/03/2025 | 18:18

Em 1995, no auge do uso do cheque, foram 3,3 bilhões deles rodando de mão em mão. Em 2024 eles somaram 137 milhões. (Foto: Adobe Stock)
Em 1995, no auge do uso do cheque, foram 3,3 bilhões deles rodando de mão em mão. Em 2024 eles somaram 137 milhões. (Foto: Adobe Stock)

O cheque ainda sobrevive no Brasil, apesar dos avanços tecnológicos dos instrumentos financeiros, como o pagamento por aproximação e o Pix. De 1995, no auge do seu uso, até 2024, as emissões caíram 95,87%, mas ainda assim o cheque foi transacionado 137,6 milhões de vezes no ano passado, segundo dados da Federação Brasileira de Bancos (Febraban).

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Samira Koury, de 58 anos, faz parte desse grupo. Gerente de uma loja há três décadas, ela diz que o seu local de trabalho ainda aceita cheques de clientes e fornecedores. “Aceitamos de quem não consegue trabalhar direito com o cartão de crédito ou quando a conexão da máquina de pagamentos está ruim”, diz.

Koury tem na ponta da língua as vantagens de usar o cheque. Em áudio, ela explica como ele pode beneficiar tanto na hora de receber o pagamento dos clientes, quanto na hora de fazê-lo à outra empresa:

https://einvestidor.estadao.com.br/wp-content/uploads/2025/03/whatsapp-audio-2025-03-06-at-17-mp3cutnet_060320252729.m4a

Koury recorda que, antes dos anos 2000, o cheque era um dos instrumentos financeiros que ela mais utilizava. “No passado só existia o dinheiro e o cheque, então eu tinha que usar um caderninho para saber quem estava devendo”, diz.

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Apesar do cheque já ter sido muito popular – em 1995 foram 3,3 bilhões deles rodando de mão em mão –, dados da Febraban mostram que, a partir da ascensão de novos meios de pagamento, o seu uso declinou consideravelmente. Em 2020, só 1% de todas as transações do País mapeadas pelo Banco Central (BC) foram feitas com eles.

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Por que as pessoas ainda usam cheque?

De acordo com o Banco do Brasil (BBAS3), o cheque continua sendo um meio de pagamento relevante para determinados segmentos. Entre os principais fatores que justificam sua utilização atualmente estão a possibilidade de emissão sem limite de valor, a flexibilidade no prazo de pagamento e a segurança jurídica que ele oferece como "título executivo" – documento que se apresenta ao juiz para pedir a execução de dívida ou obrigação do devedor.

Em aluguéis de carros ou apartamentos, por exemplo, é comum utilizar um cheque caução como forma de reservar uma parte do dinheiro com antecedência para o caso de o pagamento não ser realizado ou para bancar o reparo do bem alugado se houver algum dano durante o uso.

Paula Sauer, professora de Economia e coordenadora do laboratório de inteligência financeira da ESPM, diz que a falta de oferta de serviços financeiros em algumas regiões do Brasil também impulsiona a utilização do cheque devido à limitação para meios de pagamento digitais. Em áudio, ela explica:

https://einvestidor.estadao.com.br/wp-content/uploads/2025/03/mix-1m10s-audio-joinercom_050320255458.mp3

O cheque tem ainda seu espaço em pagamentos parcelados, já que ele não implica em taxas e pode ser emitido com uma data futura já determinada para a cobrança – popularmente chamado de cheque pré-datado. “Esta opção é utilizada por profissionais liberais, como dentistas”, afirma Ricardo Gomes, planejador financeiro CFP®.

José Achiles Mozambani é mais um exemplo do grupo que segue utilizando o cheque. Ele possui um sítio em Monte Alto-SP que produz frutas entregues à Companhia de Entrepostos e Armazéns Gerais de São Paulo (CEAGESP). Os pagamentos feitos pelos feirantes e supermercados aos produtores rurais neste centro são realizados por meio deste instrumento financeiro. Isso ocorre em razão do alto volume dinheiro que circula nas compras e nas vendas de mercadorias e pela ausência de taxas de juros característica do cheque.

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O microempreendedor afirma que, mesmo que outros lugares não usem mais cheques, ele já se acostumou a receber por meio desse sistema. "Todos só recebem por cheque na CEAGESP. Não vejo essa situação terminando um dia. Não dá para adivinhar o futuro, mas é tanto tempo trabalhando assim que fica difícil mudar."

Entreposto de negociações no CEAGESP, onde boa parte das transações entre produtores rurais e supermercados é feita com cheque. (Foto: FELIPE RAU/ESTADÃO)

O auge e a queda do cheque no Brasil

De acordo com o BC, o cheque é uma ordem de pagamento à vista, em que o emissor do documento autoriza o banco a fazer o repasse de um determinado valor ao beneficiário. Ou seja, é uma espécie de título de crédito, representando uma dívida por parte do emissor.

O cheque era amplamente usado nas décadas de 1980 e 1990 para pagamentos cotidianos. O instrumento autorizava saques na “boca do caixa”, ou seja, permitia transformar um pedaço de papel em dinheiro, fosse depositado conta corrente ou retirado o valor em cédulas. Servia, inclusive, de símbolo de status, uma vez que, por meio do talão, era possível identificar o tipo de conta que o cliente possuía.

Outro fator que potencializou o uso do instrumento na época foi o cenário de inflação alta no Brasil – em março de 1990, em pleno auge do cheque, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) chegou a 82,39%. Em razão disso, o cheque era uma opção que evitava o transporte de muitas notas de dinheiro vivo. “Nos anos 1990, a inflação era muito alta. Se você sacasse o dinheiro no dia primeiro, no dia 10 ele já tinha um valor menor. Quando eu recebia o meu salário, eu de imediato ia ao mercado, fazia uma compra grande e pagava em cheque”, diz o analista financeiro da Caixa Econômica Federal Marcos Lembi Alves.

  • Veja também: Como era lidar com dinheiro na Argentina com inflação de 138%

A popularização do seu uso, contudo, trouxe também a insegurança e a desconfiança de quem o recebia, uma vez que o papel não oferecia a garantia de que a conta inscrita teria fundos suficientes para realizar a transferência – o temido cheque sem fundo.

A vantagem de usar cheque: segurança

Ainda há vantagem do ponto de vista de segurança ao usar o cheque hoje em dia. Afinal, roubos de celulares, por exemplo, colocam em risco o dinheiro na conta do banco da vítima, que pode ser acessado via aplicativo. “Se em um assalto me pedissem um cheque, o ladrão teria que depositá-lo ou sacá-lo, mas eu teria tempo de enviar uma ordem para o banco contraordenando o cheque", afirma Alves.

Em entrevista, ele conta que, apesar de o cheque ter sido uma estratégia interessante para se utilizar nos anos de 1980, ele não o usa mais. Em vídeo gravado em um dia de intensa chuva, o analista da Caixa revela por quais meios de pagamento os instrumentos foram substituídos no seu dia a dia.

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O que o futuro reserva para os meios de pagamento?

Com o surgimento de transferências eletrônicas, cartões de crédito e o Pix, o cheque perdeu seu protagonismo na vida financeira do brasileiro. Facilidades que os outros meios de pagamento oferecem, especialmente para as novas gerações, acabaram tornando o cheque obsoleto. O futuro dos meios de pagamento aponta para experiências “invisíveis”.

O Pix se consolidou, nos últimos anos, como principal método de pagamento no País. Segundo o BC, em dezembro de 2024 o sistema foi usado 6,4 bilhões de vezes, com volume financeiro de R$ 2,7 trilhões. O cartão de crédito segue na disputa por oferecer a possibilidade de parcelamentos e programas de fidelidade, além de ser um método de pagamento confiável para grande parte da população.

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Segundo Douglas Barrochelo, CEO da Biz, plataforma de infraestrutura de pagamentos e serviços bancários, a era atual está dominada pelos pagamentos invisíveis, em que o usuário realiza transações sem perceber. "Serviços como de mobilidade, delivery e aplicativos de streaming exemplificam essa tendência, na qual o pagamento acontece de forma automática, sem a necessidade de ação direta do consumidor no momento da compra.”

Assim, os avanços tecnológicos estão redefinindo o papel dos pagamentos na vida das pessoas, tornando-os mais eficientes e flexíveis. O fato é que em um determinado momento, os cheques, e até mesmo o dinheiro como conhecemos hoje, podem deixar de existir. “Se você entrar em uma sala de aula de estudantes de graduação e perguntar quem tem dinheiro na carteira, poucos terão. A maioria dos jovens de hoje fazem pagamentos e transferências por aplicativos”, comenta Sauer, da ESPM.

*Supervisionado por Wladimir D'Andrade

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