- No ano passado, o óleo de palma tropical subiu mais de 120% e chegou a 4.500 ringgit (US$ 1.091) a tonelada, um recorde, na quarta-feira (19)
- A maior importadora mundial é a Índia, seguida pela China, e o maior produtor e consumidor é a Indonésia
(WP Bloomberg) – O aumento meteórico dos preços do óleo de palma, que atingiu níveis recordes, quase certamente acabará inflando os custos para todos os consumidores, dos restaurantes às doceiras e aos fabricantes de cosméticos, e ainda modificar os padrões de consumo.
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O óleo comestível mais consumido no mundo entra na fabricação de produtos tão diversos quanto chocolates, sabonetes, batons e no bio-combustível, e é amplamente usado nos restaurantes asiáticos. No ano passado, o óleo tropical subiu mais de 120% e chegou a 4.500 ringgit (US$ 1.091) a tonelada, um recorde, na quarta-feira (19).
“O aumento dos preços para as maiores altas de todos os tempos deve afetar os hábitos de consumo”, afirmou Gnanasekar Thiagarajan, diretor de estratégias de comércio e de hedging na Kaleesuwari Intercontinental. “O consumo deverá cair, e, a manter-se a tendência à alta dos preços, poderá influir na mudança dos hábitos alimentares, alterando as preferências no que diz respeito à alimentação”.
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A maior importadora mundial é a Índia, seguida pela China, e o maior produtor e consumidor é a Indonésia. Na Europa e nos Estados Unidos, o óleo enfrenta os ventos contrários dos consumidores preocupados com a possibilidade de o seu cultivo provocar o desmatamento e danos para o meio ambiente animal. As principais companhias de doces e cosméticos do globo preocuparam-se em garantir que o óleo de palma que elas usam seja produzido de maneira sustentável.
Na Índia, o consumo está particularmente em risco em razão de uma queda da demanda além do uso doméstico e do impacto do pior surto de covid-19 do mundo, segundo Atul Chaturvedi, presidente da Solvent Extractors’s Association. O país é um mercado muito sensível aos preços e os preços elevados estão prejudicando a demanda, ele afirmou.
No entanto, as companhias que querem mudar do óleo de palma para outros óleos poderão ter oportunidades limitadas, além de enfrentar custos maiores qualquer que seja a opção que escolherem. O óleo de soja, o segundo mais consumido mundialmente, subiu 150%, no ano passado, e os preços do óleo de girassol da Ucrânia mais que dobraram. No final das contas, talvez seja melhor para elas ficar com o de palma.
(Tradução de Anna Capovilla)
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