- Para Livia Sant’Ana, diretora de talentos, marca e ESG do Banco ABC Brasil (ABCB4), o futuro do trabalho é a conexão entre o humano, máquina e algoritmo
- As atividades desempenhadas puramente por humanos ficarão para a “complexidade”, ou seja, funções que precisam do elemento criativo
- Sant’Ana participou do painel “A direção certa: habilidades e comportamentos para quem quer construir uma carreira de destaque desde o início”, durante o Young Women Summit
Para Livia Sant’Ana, diretora de talentos, marca e ESG do Banco ABC Brasil (ABCB4), o futuro do trabalho é a conexão entre o humano, máquina e algoritmo. As atividades desempenhadas puramente por humanos ficarão para a “complexidade”, ou seja, funções que precisam do elemento criativo, interpretativo ou emocional.
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“As atividades mais rotineiras e operacionais serão feitas por máquinas e toda relação entre as informações serão feitas por algoritmos”, afirma Sant’Ana. “Então precisamos desenvolver muito as nossas humanidades, a capacidade de se relacionar, fazer conexões, a criatividade, o desenvolvimento de um pensar próprio. A singularidade terá um valor muito alto para o futuro.”
Sant’Ana participou do painel “A direção certa: habilidades e comportamentos para quem quer construir uma carreira de destaque desde o início”, durante o Young Women Summit, evento que reúne mulheres atuantes no mercado financeiro. O encontro ocorreu na última segunda-feira (27) e foi promovido pela Fin4Shee e Anbima, em parceria com o E-Investidor.
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Junto à diretora do ABC Brasil no painel, estavam Juliana Nascimento, Diretora de Desenvolvimento da Cia de Talentos e Giovana Alves, analista de vendas no J.P. Morgan e fundadora do Café das Sócias, encontro de mulheres pretas no mercado. Raquel Azevedo, sócia da Falconi, ficou responsável por mediar a conversa.
Nascimento, da Cia de Talentos, também ressalta habilidades comportamentais como essenciais para os profissionais do futuro. “Querer entender mais sobre o trabalho das outras pessoas, é um competência muito válida. Temos falado muito de reskilling (treinar o colaborador para ocupar outros cargos) e upskilling (aprimorar as habilidades de um colaborador), que é ter consciência de que a gente precisa aprender a desaprender. As grandes habilidades que tínhamos até ontem não vão servir amanhã”, destaca.
Por último, Alves, que é conhecida nas redes sociais como “CEO do Futuro”, apesar de ter o cargo de júnior no presente, explica como está se movimentando para alcançar o cargo dos sonhos – que no caso da estudante de economia de 25 anos, é uma posição de liderança em uma grande empresa.
“Eu comecei do nada lá em Osasco, mas sempre fui curiosa e acho que sempre fui muito corajosa também”, afirma Alves.
A segunda edição do Café das Sócias em janeiro deste ano e reuniu 100 mulheres negras, que se sentiam “únicas” em seus ambientes de trabalho. “Depois do Café eu parei de ter medo de falar com as pessoas (no trabalho). Antes eu ia para as reuniões e queria perguntar, mas ficava com medo. Agora eu faço as perguntas porque as pessoas vão me ouvir. No pior dos casos, eu não vou embora da reunião sentindo que não sou ninguém”, diz a analista de vendas.
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Por último, a “CEO do Futuro” afirma a importância de novatos no mercado financeiro, como ela, encontrarem pessoas que os apoiem e mentorem. “Quantas vezes eu liguei para a Roberta Anchieta (diretora de administração fiduciária do Itaú) às 6h30 para conversar”, diz Alves. “Eu preciso falar para outras pessoas quais são as ferramentas que impulsionam, que o inglês é importante, que ligar pra Roberta Anchieta às 6h da manhã vai funcionar”, afirma.