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- Os custos na compra de uma moeda em espécie incluem o IOF (Imposto sobre Operações Financeiras) de 1,10% mais o spread do vendedor da moeda
- Augusto Rovaris, assessor de investimentos da Ável, acredita ainda que nos próximos meses, por conta da potencial grande procura, é muito provável que o rial passe a se valorizar contra o real
O Brasil, assim como grande parte do resto do mundo, está com os olhos vidrados no dia 20 de novembro, data que dará início a Copa do Mundo de 2022, no Catar. E o torcedor brasileiro que cogita viajar ao país asiático para assistir aos jogos de perto, precisa se planejar para comprar a moeda local.
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Bruno Foresti, especialista do Banco Ourinvest, afirma ser mais vantajoso já levar rial (moeda do Catar) comprado aqui do Brasil por uma questão de comodidade. “Além disso, trocar reais por dólares ou euro para só então trocar pelo rial no Catar pode significar uma perda de dinheiro, visto que a moeda brasileira está perdendo valor e o câmbio segue instável”.
Veja a cotação do real em relação ao rial, enviada com exclusividade ao E-Investidor. No período de janeiro até a última sexta-feira (4), a moeda catarense valorizou aproximadamente 12,74% em relação ao real.
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Foresti acredita o turista terá em um gasto diário de US$ 100,00 com alimentação e algum passeio. Considerada a cotação média dos últimos dez dias, isso daria aproximadamente 364 rial. Se o brasileiro ficar até o fim do evento, que será em 18 de dezembro, o gasto total será de cerca de 10 mil rial, US$ 2.800 ou R$ 14.600.
Fabio Louzada, economista, analista CNPI e fundador da 'Eu me banco', por sua vez, afirma que é importante o brasileiro começar o quanto antes a fazer compras das moedas para não deixar para a última hora quando poderá ter outros gastos envolvidos.
Ele ressalta ainda não ser recomendável levar grande quantidade da moeda local, pois, por ser considerada uma moeda exótica, o brasileiro pode ter que pagar taxas muito altas em casas de câmbio no Brasil que troquem diretamente o real pela moeda do Catar.
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Os custos na compra de uma moeda em espécie incluem o IOF (Imposto sobre Operações Financeiras) de 1,10% mais o spread do vendedor da moeda.
“Diante disso, levar o rial pode ser mais vantajoso que o uso do cartão pré-pago. Isso porque no caso da moeda em espécie haverá uma única conversão, de real para rial, enquanto o cartão pré-pago, além do IOF de 6,38%, geraria duas conversões de real para dólar e, depois, para o rial”, explica o especialista do Banco Ourinvest.
Vale destacar que muitos lugares e restaurantes no Catar aceitam cartões de créditos, porém, é sempre recomendado, segundo os especialistas, ter dinheiro local para táxi e para usar em lojas do Souq Waqif (centro comercial de Doha, capital do Catar) uma vez que algumas delas só aceitam rial.
Comprar dólar
Augusto Rovaris, assessor de investimentos da Ável, acredita ainda que nos próximos meses, por conta da potencial grande procura, é muito provável que o rial passe a se valorizar.
“Por conta disso, o turista precisa procurar uma moeda que se valorize tanto quanto ela, e essa moeda seria o dólar neste momento, porque atualmente temos um cenário de alta de juros nos EUA”, declara. O movimento do banco central dos EUA tende a fortalecer o dólar, valorizando sua cotação.
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O Fed decidiu os juros na quarta-feira (2), 18 dias antes do início da Copa do Mundo. O banco central dos EUA seguiu o consenso esperado e elevou a taxa de juros americana em 75 pontos-base para a faixa de 3,75% a 4,00%. Entre 3 de janeiro e 4 de novembro, o rial desvalorizou 0,075% em relação ao dólar.
Para Rovaris também, o ideal é que o turista leve dólar e troque no Qatar. “Caso o viajante volte para o Brasil com rial, ele pode encontrar dificuldade para trocar a moeda. Se retornar com dólar, é mais fácil fazer esse câmbio”.