Para João Pedro Nascimento, presidente da Comissão de Valores Mobiliários (CVM), o País deveria estar celebrando o corte na Selic, realizado na quarta-feira (2) pelo Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC).
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Depois de quase 12 meses com a taxa em 13,75% ao ano, agora o juro básico da economia cai para 13,25%, marcando o início do processo de afrouxamento monetário.
“O Brasil deveria hoje estar celebrando uma data especial com a redução da taxa Selic. Deveríamos estar comemorando esse momento de otimismo com a agenda econômica, olhando para o nosso país e comemorando a nossa resiliência, consistência, nossa capacidade de seguir adiante e contornar intempéries. Agora iremos observar um momento de crescimento econômico com inclusão social por meio do mercado de capitais“, afirmou Nascimento, entre aplausos da plateia. “O mercado de capitais é a melhor ferramenta para a promoção do crescimento econômico do país.”
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A frase foi dita durante evento promovido pela Grant Thornton em São Paulo, nesta quinta-feira (3), para debater o novo marco regulatório dos fundos de investimento, consolidado na Resolução CVM 175. Gilson Finkelsztain, CEO da B3, Pedro Rudge, vice-presidente da Anbima, e Thiago Brehmer, sócio líder de Serviços Financeiros da Grant Thornton, participaram da conversa.
A perspectiva positiva para o mercado a partir o ciclo de queda dos juros foi compartilhada por Finkelsztain, da B3. “Eu compartilho das dores de você ser gestor em um país que você tem que competir com taxas de juros tão altas”, afirma o CEO. “Muito bacana que estejamos iniciando esse ciclo, fruto de responsabilidade, disciplina fiscal, sem ‘criar’ muito. Basta fazer o básico de prestar a atenção nas contas públicas.”
Marco dos fundos
A nova Resolução CVM 175 deve entrar em vigor a partir de outubro e trazer uma gama de modificações. Uma delas é a limitação da responsabilidade do cotista ao valor das cotas, que evitaria casos como o do fundo Pátria, em que os investidores foram chamados para cobrir o resultado negativo da aplicação, com um prejuízo de mais de 3000%.
Entenda mais sobre o que muda nos fundos de investimento nesta reportagem.