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Comportamento

Grupo quer empresas do Brasil com 30% de mulheres no conselho até 2025

Pesquisa mostrou que elas não estão no conselho de 4 em cada 10 empresas que abriram capital na B3 desde 2020

Grupo quer empresas do Brasil com 30% de mulheres no conselho até 2025
Foto: Pixabay
  • As mulheres representam 14% dos membros de conselhos administrativos das empresas brasileiras de capital aberto ou fechado. Aumentar esse número é o objetivo do Grupo 30% Club
  • O 30%, que atua em 18 países, trabalha em contato com empresas para mostrar a importância do olhar para o ESG, principalmente na questão da diversidade de gênero

(João Santos, especial para o E-Investidor) – As mulheres representam 14% dos membros de conselhos administrativos das empresas brasileiras, sejam elas de capital aberto ou fechado. Aumentar esse número é o objetivo do Grupo 30% Club. A taxa no nome da organização criada no Reino Unido é o objetivo do grupo de trabalho na representação feminina no alto escalão empresarial.

Com 14% de participação, o Brasil fica atrás de países da Europa e até mesmo de nações da América do Sul como a Colômbia, que tem um percentual de 17% de cargos nos conselhos das empresas ocupados por mulheres.

O 30%, que atua em 18 países, trabalha em contato com empresas para mostrar a importância do olhar para o ESG, principalmente na questão da diversidade de gênero. O grupo tem por metodologia o convencimento através de pesquisas e dados e não de forma mandatória.

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“O movimento 30% no Brasil não mede esforços para propor agendas estratégicas de ampliação da participação de mulheres em conselhos de administração. Sair dos 14% e chegar aos 30% é a nossa grande meta até 2025”, disse Beatriz Cabral, Head do Grupo de Comunicação do 30%.

Pesquisa recente do grupo feita com a Ernst & Young concluiu que das 54 empresas que abriram capital (IPO) no Brasil em 2020 e no primeiro semestre de 2021, 41% delas não tinham nenhuma mulher no conselho. A apenas 7% tinham 30% das cadeiras com mulheres.

Para Fábio Coelho, CEO da AMEC (Associação de Investidores no Mercado de Capital) e membro do Advisory Board do 30%, a diversidade promove uma leitura de mundo mais abrangente. “Existe um comportamento dos investidores, principalmente aqueles que estão numa pegada mais global, de observar as empresas que têm esse percentual de participação de mulheres. É uma leitura de governança que ocorre globalmente. Os próprios investidores na hora de votar nas assembleias para composição de conselho observam se existe essa diversidade”, disse Coelho.

Segundo o CEO da AMEC, o 30% Club busca demonstrar esses comportamentos e sensibilizar os executivos em relação ao tema para alcançar não só a meta de 30% de mulheres nos conselhos até 2025, mas também no curto prazo poder ver ao menos uma mulher ocupando o cargo nos conselhos brasileiros.

Ele também entende que o grupo foco da pesquisa com empresas que abriram capital é importante porque algumas dessas companhias estão prestes a fazer sua primeira assembleia de votação de conselho.

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