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- O ranking apresentou a maior quantidade de novos nomes nele desde 2007, muitos deles bilionários das finanças, da tecnologia e de serviços de saúde
- Para o seu ranking, a Forbes estimou a fortuna de Afeyan, o presidente da Moderna, em aproximadamente US$ 5 bilhões
(Ellen Francis, WP Bloomberg) – Pelo menos três pessoas com participação na corrida pela vacina contra o novo coronavírus acabam de entrar na lista das 400 pessoas mais ricas dos Estados Unidos.
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O presidente da Moderna, Noubar Afeyan, um dos fundadores da empresa, junto com o integrante da diretoria Robert Langer, e um dos primeiros investidores, Timothy Springer, fizeram sua estreia no ranking publicado pela revista Forbes.
Apesar dos danos da pandemia a muitas empresas, os 400 americanos mais ricos deste ano são, em conjunto, 40% mais ricos que os ultrarricos de 2020, fazendo com que a fortuna mínima para entrar na lista fosse maior do que nunca, de acordo com a publicação. E o ranking apresentou a maior quantidade de novos nomes nele desde 2007, muitos deles bilionários das finanças, da tecnologia e de serviços de saúde.
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Cada um do trio tem uma participação da empresa de biotecnologia, que viu suas ações dispararem em 2020 e que – junto com a gigante farmacêutica Pfizer – faturou bilhões de dólares com a venda de vacinas enquanto o vírus se espalhava. A Johnson & Johnson e a europeia AstraZeneca dizem que não planejam lucrar com suas vacinas durante a pandemia.
Para o seu ranking, a Forbes estimou a fortuna de Afeyan, o presidente da Moderna, em aproximadamente US$ 5 bilhões. O engenheiro, filho de pais armênios, nascido em Beirute e que deixou o Líbano durante a Guerra Civil, ajudou a fundar muitas outras empresas.
As estimativas de patrimônio líquido – que a Forbes publicou na terça-feira (5) com base no preço de setembro das ações, documentos da Comissão de Valores Mobiliários dos EUA (Sec, na sigla em inglês) e outros registros – ficaram em US$ 4,9 bilhões para Langer, um cientista do MIT que tem centenas de patentes. E calcularam US$ 5,9 bilhões para Springer, um imunologista de Harvard que investiu milhões quando a empresa foi fundada em 2010.
Alguns nomes grandes que têm feito parte da lista há anos não se saíram tão bem – o ex-presidente dos EUA, Donald Trump, caiu de posição na lista pela primeira vez em 25 anos depois que a Big City Properties, um de seus principais ativos, perdeu valor durante a pandemia.
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Outros tiveram anos excepcionais. O fundador da Amazon, Jeff Bezos, que é proprietário do Washington Post, encabeçou a lista pelo quarto ano seguido, com Elon Musk, da Tesla, em segundo lugar.
A propagação do novo coronavírus destruiu centenas de milhões de empregos pelo mundo, enquanto as pessoas mais ricas do planeta viram suas fortunas crescerem, segundo as pesquisas apresentadas no início deste ano. A pandemia evidenciou o aumento da desigualdade não apenas na riqueza, mas também no acesso às vacinas.
Mais de 152 milhões de pessoas nos EUA receberam vacinas da Moderna desde que o imunizante recebeu sua primeira autorização no ano passado. Ela é uma das três principais vacinas que os profissionais de saúde estão administrando no país e também teve doses vendidas para países europeus e para o Canadá.
A tecnologia da empresa de Cambridge, Massachusetts, baseada no RNA mensageiro, fez dela a primeira empresa a testar sua vacina contra o novo coronavírus em um ser humano. A resposta rápida também deu um empurrãozinho para a empresa nos mercados. Ao mesmo tempo, a Moderna enfrentou duras críticas por vender suas primeiras doses para os países que podiam oferecer as maiores ofertas e questionamentos em relação ao aumento do preço das ações, gerando riqueza para os investidores.
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Após protestos sobre lançamentos injustos em todo o mundo, o CEO da Moderna, Stéphane Bancel, disse que espera um aumento na produção em todo o setor, o que significa que haverá vacinas suficientes para “todos neste planeta” até o próximo ano.
Tradução: Romina Cácia