

A proposta do governo de cobrar um Imposto de Renda mínimo para quem ganha mais de R$ 50 mil por mês é apoiada por 76% dos brasileiros e rejeitada por 20%, segundo pesquisa do Datafolha divulgada nesta quinta-feira (10). A medida é mais bem vista entre pessoas com mais de 45 anos (80% dessa faixa disseram apoiar a proposta). Já o menor percentual de apoio está entre empresários (54%) e estudantes (69%).
O Datafolha entrevistou 3.054 pessoas de 16 anos ou mais em 172 municípios brasileiros, entre 1 e 3 de abril. A margem de erro é de 2%.
A proposta consta em projeto de lei (PL) enviado pelo Executivo ao Congresso no mês passado que amplia para R$ 5 mil a faixa de isenção do IR. Como compensação, o texto prevê uma tributação mínima de 10% para quem ganha R$ 600 mil por ano, ou R$ 50 mil por mês.
Ainda de acordo com a pesquisa, 70% dos brasileiros são favoráveis à ampliação da faixa de isenção do IR, enquanto 26% são contra, 3% não sabem e 1% respondeu que é indiferente. A aprovação é menor entre os mais jovens (61% na faixa de 16 a 24 anos) e cresce para 75% entre os entrevistados com 60 anos ou mais.
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Apesar do apoio à proposta do governo, 45% acham que a isenção para quem ganha mais de R$ 5 mil não vai passar pelo Congresso. Em relação ao imposto mínimo para compensar a isenção, 49% dos entrevistados acreditam que a medida vai ser rejeitada pelo Congresso.
A pesquisa também mostra que 64% dos entrevistados tomaram conhecimento da proposta apresentada pelo governo. Desses, 29% se dizem “bem informados”, 28% afirmam estar “mais ou menos informados” e 6% dizer estar “mal informados”.
Outros 36% não tomaram conhecimento sobre a medida – o que é um avanço em relação à pesquisa sobre o mesmo tema realizada em dezembro, quando 53% afirmaram não conhecer a proposta, segundo o Datafolha.
Em relação à renda dos entrevistados, a isenção tem apoio de 65% entre quem ganha até dois salários mínimos – grupo que já está isento de Imposto de Renda na regra atual. O apoio cresce para 75% entre quem ganha entre dois e cinco salários mínimos, e segue crescendo para quem ganha até 10 salários (83%). Acima dessa faixa, o apoio fica em 79%.
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