O que este conteúdo fez por você?
- Instituições do mercado apostam em ex-jogadores como estratégia para atrair jovens atletas para o mundo dos investimentos
- Duas assets e uma corretora já criaram seus próprios braços focados em atletas: Lifetime, GCB e Genial, respectivamente
Nesta quarta-feira (5), a Confederação Sul-Americana de Futebol (Conmebol) realizou o sorteio dos confrontos das oitavas de final da Copa Libertadores 2023. No total, seis equipes brasileiras disputam o título: Palmeiras, Internacional, Athletico-PR, Fluminense, Flamengo e Atlético-MG; os jogos devem acontecer nas semanas dos dias 2 e 9 de agosto.
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No total, a Conmebol deve distribuir US$ 207,8 milhões (1,09 bilhão) em prêmios para a Libertadores masculina. A entidade também paga US$ 300 mil (R$ 1,5 milhão) por cada jogo vencido na fase de grupos, além de US$ 3 milhões (R$ 15,7 milhões) para todos os participantes da etapa. Isso significa, que os clubes brasileiros já somam pelo menos R$ 15,7 milhões nos cofres.
Apesar de o futebol ser uma grande porta de entrada para as grandes fortunas, os esportistas precisam ter disciplina para que o dinheiro não evapore com o tempo – afinal, a carreira de um atleta é a única com data de validade.
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Com mais de uma década no futebol profissional, os ex-jogadores Alexandro Silva de Sousa, o Dudu Cearense, Alexandre Reame, o Xandão, e Diego Ribas, que atuaram por equipes de ponta dos clubes brasileiros e no exterior, migraram para o mundo dos investimentos na aposentadoria dos campos. O motivo da transição foi o mesmo: eles sentiram na pele os erros que os atletas cometem ao gerirem suas finanças.
Apesar de aposentados, o trio só tem 40, 35 e 38 anos, respectivamente. Uma faixa de idade comum para os atletas encerrarem suas carreiras. “É uma profissão um pouco peculiar em comparação às demais, porque você tem um curto período para produzir e ganhar dinheiro. O atleta precisa do corpo para poder performar e é claro que com a idade ele vai perdendo a capacidade”, disse Xandão.
Essas peculiaridades para os atletas fazem com que os perigos também sejam diferentes. “Existem três riscos para o atleta: lesões graves, salários atrasados e ficar sem clube”, explicou Dudu Cearense, enfatizando que, se um atleta jovem tem uma lesão grave e fica inválido, caso ele não tenha uma proteção de capital, pode acabar perdendo tudo.
“Muitas vezes, ele é o único pilar da família. Perde a carreira e os pais, que colocam toda a chance de mudança de vida, também se frustram. Tudo por conta de uma lesão ou devido, até, à saúde mental, quando o atleta não consegue performar como antes e começa a perder espaço na equipe onde joga”, explica.
Mercado financeiro de olho nos atletas
Com o objetivo de auxiliar na gestão de patrimônio, três instituições do mercado criaram seus braços em investimentos focados em atletas. A corretora Genial Investimentos anunciou, no último dia 15 de junho, a parceria com Diego Ribas. “Campeão por onde passou, Diego é um atleta que soube reforçar sua imagem de sucesso para além do futebol, administrando bem os recursos ganhos durante a carreira”, afirma Rodolfo Riechert, CEO da Genial.
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Segundo a asset, o acordo envolve participação em campanhas publicitárias, posts nas redes sociais e presença em podcasts e eventos. Além disso, o ex-jogador também auxiliará na parte de assessoria financeira a clubes de futebol. “O que eu diria para os atletas é que comecem a pensar hoje e agora. Em encontrarem uma maneira que o dinheiro trabalhe para eles e, dentro disso, obviamente desfrutar da condição financeira”, disse.
Na mesma estratégia, a GCB Sports trouxe Xandão como head de Investimentos. De acordo com dados da asset, entre 2020 e 2023, a GCB Sports registrou um crescimento significativo em sua base de atletas, alcançando um aumento de 60%. Atualmente, eles possuem sob sua gestão cerca de 150 atletas, com a meta para 2023 de atingir a marca de 500.
“Os atletas fazem parte de um grupo muito acessado, o que deixa eles muito vulneráveis, porque a maioria ganha dinheiro muito cedo e não têm o conhecimento para discernir as pessoas que estão bem intencionadas ou não. Então, eles precisam ter pessoas de investimentos que foram do mundo do futebol. E a minha intenção é justamente essa, ajudar outros atletas, de uma forma direcional, além de escalar esse tipo de informação”, comentou.
Já a Lifetime, que atua no mercado financeiro há mais de dez anos, ganhou na escalação de sua vertente, a Lifetime Sports, Dudu Cearense, também como head de Investimentos. O intuito é gerir fortunas de atletas e ex-atletas por meio do diálogo de quem já viveu na pele a mesma situação. “Eu entrei para isso porque eu já fui enganado por assessores, por empresários. Hoje, faço diferente. Já tenho atletas na minha carteira que receberam a grande notícia que muitos esperam: poder encerrar a carreira com 32 anos”, finalizou.
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