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Comportamento

Jorge Paulo Lemann: passos bilionários até a lista da Forbes

Segundo maior bilionário brasileiro é fundador da 3G Capita, controladora de AB Inbev e Burger King.

Jorge Paulo Lemann: passos bilionários até a lista da Forbes
Jorge Paulo Lemann. Foto: Lucy Nicholson/REUTERS
  • Jorge Paulo Lemann deixou de ocupar o topo da lista de brasileiros mais ricos, dando espaço a Vicky Safra.
  • Lemann fundou o Banco Garantia na década de 1970 e a GP Investimentos nos anos 1990.
  • Bilionário tem Carlos Alberto Sicupira e Marcel Herrmann Telles como principais sócios na 3G Capital.

A Forbes divulgou na terça-feira (4) a sua lista global de bilionários de 2023. No novo levantamento, Jorge Paulo Lemann deixou de ocupar o topo da lista de brasileiros mais ricos, mesmo que a sua nada singela fortuna tenha aumentado de US$ 15,4 bilhões na divulgação de 2021 para US$ 15,8 bilhões neste ano. O bilionário deu espaço para Vicky Safra, viúva e herdeira de Joseph Safra.

Agora a segunda pessoa mais rica do Brasil, o carioca Jorge Paulo Lemann é fundador do fundo de investimentos 3G Capital, que controla a AB Inbev, maior cervejaria do mundo. O fundo também tem participações em outras companhias globais, como a Kraft Heinz e o Burger King.

Mas o império do super rico não começou com a 3G Capital. Lemann foi sócio-fundador do Banco Garantia, inaugurado em 1971, que se tornaria o maior conglomerado privado por vendas do Brasil, depois de adquirir o controle acionário de empresas como Brahma, Lojas Americanas, Artex e Playcenter, como publicaram Fernando Granato e Nilton Horita no Estadão em 25 de agosto de 1996.

À época, os autores do perfil de Lemann publicaram que a organização possuía um patrimônio de R$ 440 milhões, cerca de R$ 3,8 bilhões em valores corrigidos.

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De acordo com eles, o banco era tratado com desconfiança pelo mercado financeiro por supostos casos de tráfico de informação privilegiada devido a uma fama de “especulador astuto”. As acusações eram estimuladas pela passagem de membros que participaram ou tiveram ligação com governos.

O Garantia passou, inclusive, um um escândalo relacionado a operações de ações, sob acusação de troca de ações com outra instituição abaixo do valor de mercado, em 1992. “Por 8 votos a 1, o Conselho de Administração da Bolsa de Valores de São Paulo julgou irregular o procedimento de operadores, gerentes e diretores das Corretoras Garantia e Talarico”, diz o perfil do Estadão.

Em 1998, o Garantia foi vendido ao Credit Suisse, segundo relatos da mídia na época, por US$ 1 bilhão. Antes mesmo da venda, Lemann fundou a empresa de private equity GP Investimentos, em 1993, junto aos sócios Carlos Alberto Sicupira e Marcel Herrmann Telles — os três são os responsáveis por unificar a Brahma e a Antártica para formar a Ambev (ABEV3) e maiores acionistas das Americanas.

O trio venderia a suas participações na GP em 2004, quando foi fundado o 3G Capital. O patrimônio conjunto dos sócios é estimado em R$ 160 bilhões.

Os cadernos de economia, no entanto, não foram os únicos estampados pela foto de Lemann. Hoje um dos homens mais ricos do Brasil — e não é exagero dizer, do mundo — Lemann teve uma carreira de relativo sucesso no tênis, embora nunca tenha desejado transformá-la em profissão.

Reportagem do Estadão de 28 de setembro de 1972 descreve-o assim: “Hoje com 33 anos, Paulo Lemann não é propriamente um tenista. Dono de uma sociedade de corretora de Bolsas de Valores, no Rio, ele faz do tênis não uma profissão, como Koch e Mandarino [semifinalista do campeonato Brasileiro de tênis naquele momento], mas sim um divertimento, como outro qualquer. É por encarar dessa maneira o tênis, que Lemann tem sido criticado pelos outros tenistas, que veem nele um jogador indiferente”.

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Apesar de ter vencido cinco títulos brasileiros na carreira, Lemann esteve apenas uma vez entre os dez melhores brasileiros segundo o ranking da Associação de Tenistas Profissionais (ATP). Ele foi o 10º melhor entre os compatriotas em 1980; no mundo, ocupou a posição de número 443 à época.

Lemman se formou em Harvard no ano de 1961. Segundo relata, não foi um grande estudioso: chegou a ser flagrado arremessando bombinhas pela sua janela no dormitório e aproveitou provas arquivadas de anos anteriores na biblioteca para se dar bem em suas disciplinas.

O tênis e a educação são duas marcas dos trabalhos filantrópicos do bilionário. Lemann criou em 1991, junto aos outros atuais sócios da 3G Capital, a Fundação Estudar, com foco em financiamento estudantil para brasileiros no exterior. Em 2002, deu início à Fundação Lemann, também dedicada ao tema da educação. No esporte, é fundador do Instituto Tênis, que tem o objetivo de ampliar a prática da modalidade no País.

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