

Os juros do empréstimo consignado podem praticamente dobrar dependendo da escolha do banco, mostraram dados disponibilizados em um levantamento do Instituto de Defesa do Consumidor de São Paulo (Procon-SP). O banco que ofereceu juros mais baixos no empréstimo consignado para funcionários de empresas privadas no último período de 12 meses foi a Caixa Econômica Federal, de 2,49% ao mês, enquanto o Itaú ficou com o mais caro, de 4,96% ao mês – diferença de 99%.
A disparidade entre os juros cobrados se torna ainda maior quando a análise se concentra no empréstimo consignado para servidores públicos. Para este grupo de profissionais, o Itaú tem o crédito mais barato, de 1,54% por mês, enquanto o Bradesco oferece o mais caro, de 4,00% ao mês – uma diferença de 159%.
As taxas para os aposentados do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) são muito semelhantes entre os bancos. O Banco do Brasil tem o crédito mais barato, com juros de 1,87% ao mês, enquanto o mais caro ficou com Bradesco, Itaú e Safra, todos com 1,97% ao mês.
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A pesquisa também realizou o levantamento para o período de 48 meses. No setor privado a menor taxa foi de 2,49% ao mês, também da Caixa, e a maior, do Santander, de 5,20% ao mês – 108% maior. No setor público, o menor valor ainda é do Itaú, de 1,54% ao mês, e o maior, do Bradesco, de 4,06% ao mês – uma diferença de 163%.
Para aposentados do INSS o menor valor era da Caixa, de 1,88% ao mês, enquanto Bradesco, Itaú e Safra oferecem os juros mais caros, a 1,97% ao mês.
Comparação com pesquisa realizada em fevereiro
Na comparação com o primeiro levantamento do Procon-SP sobre as taxas de empréstimo consignado, feito em fevereiro de 2023, houve um aumento médio nas taxas para o setor privado com prazo de 12 meses, de 3,88% ao mês para 3,91% ao mês – elevação de 0,03 ponto porcentual (p.p.) –, e também na análise de 48 meses, de 3,70% ao mês para 3,87% ao mês – elevação de 0,17 p.p.
Para os demais vínculos, houve redução nas taxas: para contratos de 12 meses para servidores públicos estaduais e aposentados do INSS, de 0,27 p.p. e 0,09 p.p., respectivamente. Para contratos de 48 meses, de 0,12 p.p. e 0,11 p.p., respectivamente.