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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) sugeriu, nesta quinta-feira (6), que a população buscasse produtos mais baratos para driblar a alta dos preços dos alimentos. A medida, na avaliação do chefe do Poder Executivo, ajudaria a reduzir a inflação do País, que tem sido pressionada pelo grupo de alimentos e bebidas.
“Uma das coisas mais importantes para a gente poder controlar o preço é o próprio povo. Se você vai ao supermercado e desconfia que tal produto está caro, você não compra”, afirmou Lula, em entrevista às rádios Metrópole e Sociedade, da Bahia. “Se todo mundo tiver consciência e não comprar aquilo que acha que está caro, quem está vendendo vai ter de baixar para vender, porque senão vai estragar”.
Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o resultado do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que mede a inflação do País, encerrou de 2024 com uma alta acumulada de 4,83%. Os preços de alimentos e bebidas foram os principais responsáveis por essa variação positiva. O grupo registrou o seu quarto aumento consecutivo em dezembro com uma alta de 1,18%, influenciada pelo avanço do preço das carnes (5,26%) e do café moído (4,99%).
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Veja os produtos que mais subiram de preço em 2024
Alimentação e bebidas
|
Alta em 2024 |
Carnes | 20,84% |
Óleos e gorduras | 18,72% |
Frutas | 12,12% |
Leite e derivados | 10,37% |
Sal e condimentos | 9,28% |
Aves e ovos | 6,51% |
Açúcares e derivados | 5,59% |
Cereais, leguminosas e oleaginosas | 5,24% |
Carnes e peixes industrializados | 2,54% |
Panificados | 2,45% |
Enlatados e conservas | 1,90% |
Hortaliças e verduras | 1,04% |
Pescados | 0,81% |
Fonte: IBGE |
A pressão sobre esses itens continuou em 2025. O IPCA-15 de janeiro, que representa a prévia da inflação do mês, subiu 0,11%, puxado também pelo mesmo grupo. Os dados do IBGE mostram que o preço do tomate e o do café moído foram os principais destaques, com altas de 17,12% e de 7,07%, respectivamente.
Veja os produtos que mais subiram de preço em janeiro
Itens | Alta em janeiro* |
Tomate | 17,12% |
Café moído | 7,07% |
Aves e ovos | 2,48% |
Carnes | 1,93% |
Óleos e gorduras | 1,17% |
Carnes e peixes industrializados | 1,16% |
Sal e condimentos | 1,09% |
Panificados | 0,25% |
Fonte: IBGE/*Dados referentes ao IPCA-15 |
Essa alta dos preços tem pesado na popularidade do presidente Lula. Segundo uma pesquisa da Quaest, divulgada na última semana, oito em cada dez entrevistados disseram ter percebido aumentos de valores no último mês. Além disso, o Banco Central (BC), sob a presidência de Gabriel Galípolo, alertou, na última terça-feira (4), que a meta da inflação será descumprida devido ao mercado de trabalho mais forte e também por causa do choque temporário de preço dos alimentos.
Dado a persistência do problema, Lula prometeu uma solução para a alta dos preços e afirmou que, na próxima semana, terá uma reunião com produtores de carne e de arroz para abordar o assunto. Já o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse, nesta sexta-feira (7), que o recuo da cotação do dólar frente ao real deve colaborar na redução do preço dos alimentos no médio prazo.
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Com informações do Broadcast