- Pesquisa feita pela startup de educação financeira Me Poupe!, em parceria com a fornecedora de insights Toluna e a consultoria IMO Insights, traçou o perfil das investidoras brasileiras
- Estudo revelou que elas são mais jovens que os homens investidores, casadas, com filhos e enxergam nos investimentos a possibilidade de realizar planos futuros
- Segundo Nathalia Arcuri, especialista em finanças e CEO da Me Poupe!, mulheres possuem um perfil mais previdente
Não é novidade que as mulheres estão ganhando cada vez mais espaço no mercado de investimentos brasileiro. Uma pesquisa feita pela startup de educação financeira Me Poupe! em parceria com a fornecedora de insights Toluna e a consultoria IMO Insights traçou o perfil do público investidor feminino.
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De acordo com o estudo, que ouviu 866 pessoas em todo o território nacional entre 1 e 3 de março deste ano, a mulher investidora brasileira é casada (57%), tem filhos (70%), trabalha em empresa privada (53%) e começou a investir cedo, com idades entre 19 e 24 anos (21%). Além disso, elas têm muitos sonhos e metas para alcançar: 58% delas buscaram os investimentos para realizar planos futuros.
Esses planos incluem principalmente comprar uma casa própria (28%), ter estabilidade financeira (21%), uma aposentadoria tranquila (17%), fazer a viagem dos sonhos (17%) e abrir o próprio negócio (10%). Por outro lado, 38% se preocupa mais em aumentar a renda da família hoje. A investidora brasileira também é mais independente que os homens quando o assunto é administrar os aportes. Cerca de 38% delas decide sozinha onde investir, contra 35% deles que fazem o mesmo.
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Na visão de Nathalia Arcuri, especialista em finanças e CEO da Me Poupe!, os números representam um grande avanço. “Muito do que construí até aqui, na Me Poupe!, saiu de um estalo que tive há alguns anos, enquanto produzia uma matéria que me provou em dados que a dependência financeira era – e ainda é – uma das maiores causas da violência doméstica contra mulheres”, diz Arcuri. “Os dados da pesquisa me surpreendem, mas positivamente, pois comprovam que trabalho com propósito vale a pena.”
Entretanto, elas começam no mercado financeiro com menos dinheiro. As mulheres são 58% dos investidores que ganham menos de R$ 1,045 (salário mínimo vigente em 2020), além de recorrerem mais a Poupança (57%) que os homens (49%). “Mulheres possuem um perfil mais previdente. Mas entendemos que, na verdade, a poupança ainda é o tipo de investimento mais comum entre os brasileiros, independente de gênero – cerca de 53% dizem guardar dinheiro dessa forma. O que deduzimos é que há necessidade de ainda mais conhecimento sobre outras modalidades”, afirma Arcuri.
É importante ressaltar que a poupança é também uma das piores opções de investimento, já que rende apenas 70% da taxa básica de juros da economia, a Selic, que hoje está em 2,75%. Contudo, esse panorama está mudando em um ritmo acelerado.
O levantamento mostrou que 20% dessas mulheres investiram pela primeira vez no mercado de ações há pelo menos um ano e 19% fizeram o mesmo com o Tesouro Direto.
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Atualmente elas ainda são 26,67% dos investidores na Bolsa (924 mil) e 33% dos CPFs cadastrados no Tesouro Direto. “Estamos no caminho, mas ainda há muito a ser feito e, para isso, precisamos incentivar cada vez mais mulheres a conhecerem todas as possibilidades de investimentos inteligentes. Uma das metas da Me Poupe! para 2021 é levar o percentual de mulheres investindo na Bolsa para 30% até o fim do ano”, conclui Arcuri.