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Comportamento

O que você precisa saber antes de assistir ao filme ‘As Golpistas’

Filme conta os bastidores das strippers que mexeram com Wall Street

Por E-Investidor

08/04/2020 | 19:28 Atualização: 08/12/2023 | 17:37

O filme 'As Golpistas' é estrelado por estrelado por Lili Reinhart, Jennifer Lopez, Keke Palmer e Constance Wu (Foto: Divulgação)
O filme 'As Golpistas' é estrelado por estrelado por Lili Reinhart, Jennifer Lopez, Keke Palmer e Constance Wu (Foto: Divulgação)

(Murilo Basso, especial para o E-Investidor) A ex-stripper norte-americana Roselyn Keo confidenciou à jornalista Jessica Pressler, da revista New York Magazine, como ela e um grupo de colegas de profissão atraíam, drogavam e, então, roubavam executivos “nojentos” de Wall Street após verem a clientela diminuir vertiginosamente devido à crise financeira de 2008. No artigo de 2015, Pressler definiu as golpistas como uma espécie de “Robin Hood moderno”. O grupo de dançarinas já tinha, um ano antes, estampado o noticiário policial por conta de seus feitos, mas a repercussão não se comparou ao que aconteceu após a publicação.

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Quatro anos depois, Keo desfilava no tapete vermelho de pré-estreias internacionais. A história dela e de suas amigas, contada em detalhes no artigo de Pressler, virou filme. “As Golpistas” é estrelado por Constance Wu e Jennifer Lopez, que interpretam Destiny e Ramona, as personagens que representam Keo e Samantha Barbash, consideradas as “cabeças” do esquema que envolveu diversas strippers e garotas de programa de Nova York. O filme chegou aos cinemas em meados do segundo semestre de 2019, tem aprovação de cerca de 87% dos críticos, segundo o Rotten Tomatoes, e recentemente foi disponibilizado na plataforma de streaming Amazon Prime.

 

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Mas “As Golpistas” não garante apenas duas horas de entretenimento, com atuação impecável de Jennifer Lopez, indicada ao Globo de Ouro de Atriz Coadjuvante na edição de 2020 do prêmio – a ausência da atriz e cantora no Oscar deste ano foi considerada uma grande injustiça pelos críticos. O longa também pode ser visto como uma porta de entrada para compreender melhor o que ocasionou e quais foram os rumos tomados pela economia após a crise que assolou Wall Street em 2008 e que, consequentemente, refletiu nos mercados ao redor do mundo.

Crise do subprime

Estopim para a crise financeira de 2008, o subprime é um crédito de segunda linha concedido a clientes considerados de risco. A crise começou no mercado de hipotecas. Durante algum tempo, os americanos estimularam essa modalidade de crédito, concedendo empréstimos via hipoteca com juros baixos e pouca regulação. Os títulos “podres” eram repassados entre os gestores de fundos, criando verdadeiras carteiras sem valor.

“A crise de 2008 tem sua origem na reversão de elevação do preço dos imóveis nos Estados Unidos, em meados de 2005, mesmo período em que a inadimplência do segmento subprime de financiamento hipotecário ultrapassa 10% e tanto imóveis novos quanto usados começam a encalhar”, explica Wilhelm de Azevedo Meiners, economista e pesquisador do Observatório das Metrópoles.

Entre meados de 2005 e de 2008, a oferta de imóveis residenciais usados no país por trimestre caiu de 7,1 milhões para 4,8 milhões de unidades. Em relação aos imóveis novos, a venda caiu de 1,4 milhão para 600 mil. A crise imobiliária se acelerou de forma significativa no início de 2007 e a inadimplência do segmento subprime se aproximou de 20% no início de 2008.

O professor titular da Faculdade de Economia e de Relações Internacionais da Fundação Armando Álvares Penteado (Faap), Orlando Assunção Fernandes, complementa que, quando os bancos faziam valer suas garantias para receber por esses empréstimos, o valor do imóvel já estava bem mais baixo do que na época do financiamento.

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“Como não havia estoque de capital em alguns bancos frente a essa inadimplência, as instituições começaram a enfrentar problemas de saúde financeira. Quando ainda eram instituições menores, esse processo podia ser administrado. Mas quando atingiu um dos maiores bancos de investimentos dos EUA na época, o Lehman Brothers, essa crise no sistema financeiro, que até então estava localizada no mercado específico de hipotecas, se espalhou pelo mercado financeiro americano”, relembra.

Fernandes aponta que a situação gerou uma crise de confiança e resultou em uma fuga de depósitos, pois as pessoas temiam que todos os bancos estivessem passando por problemas. A quebra de um grande banco gerou, por fim, o que os economistas chamam de “crise sistêmica”.

Quebra do Lehman Brothers

A quebra de um gigante como o Lehman Brothers foi, portanto, o ponto-chave para que fosse deflagrada a crise de 2008. Segundo Meiners, somente o crash da instituição financeira gerou perdas imediatas de aproximadamente US$ 691 bilhões em ativos financeiros e custou 25 mil empregos. Além da perda de confiança do sistema financeiro mundial, paralisação de bancos, em especial nos EUA e na Europa, a crise gerou uma intervenção política sem precedentes no sistema financeiro.

“Em 2008, as bolsas já refletiam a crise imobiliária do subprime, mas com a quebra do Lehman Brothers, o mercado entrou em pânico e o valor das ações caiu brutalmente. O valor da capitalização das 51 maiores bolsas do mundo, que atingira o ápice de US$ 63 trilhões em outubro de 2007, caiu para US$ 31,2 trilhões em novembro de 2008. As empresas de capital aberto do mundo todo perderam metade de seu valor em função da crise financeira internacional”, diz o pesquisador.

O primeiro setor atingido, portanto, foi o sistema financeiro. Antes mesmo de decretar falência, o Lehman Brothers despediu boa parte de seu quadro funcional, a fim de reduzir custos. Segundo Fernandes, o problema se agrava quando a crise começa a atingir a chamada “economia real”. Temendo não receber pelos empréstimos, as instituições financeiras deixam de conceder crédito, prejudicando as pessoas físicas e empresas que precisam desse dinheiro.

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A falta de concessão de crédito acabou atingindo companhias cujas vendas eram muito embasadas nessa alternativa, como as do setor automotivo, da construção civil e de eletrodomésticos. Produtores de máquinas, equipamentos e de insumos industriais foram bastante afetados.

“E quando os governos começaram a perceber que essa era uma crise grande, que deixou de ficar presa em um mercado específico e a contaminar a economia produtiva, começaram a reduzir ou postergar pagamentos de impostos e a entrar na economia injetando recursos, seja via transferência de renda ou aumentando gastos, com obras e projetos de infraestrutura para gerar empregos”, diz o professor da Faap.

Meiners reforça que o epicentro da crise de 2008 foi Wall Street. Em “As Golpistas”, os alvos da gangue de strippers eram executivos conhecidos por esbanjar o dinheiro ganho em  uma economia baseada em ganhos especulativos. Segundo ele, “os títulos permitiam vender peixe podre a preço de lagosta”, o que beneficiava os acionistas, investidores e profissionais do mercado, conhecidos por sua ganância.

“O filme, de certa forma, ‘perdoa’ as protagonistas, pois elas eram pessoas comuns, que sustentavam suas famílias e precisavam ganhar dinheiro para alimentar seus sonhos de consumo. De quebra, se vingavam daqueles que quebraram o mundo em 2008 e não foram presos. Perceba os símbolos usados ali para definir Wall Street, Nova York e a sociedade americana: um clube de strip-tease, com pessoas jogando dinheiro e mulheres dançando. Afinal, como diz a Ramona [personagem de Jennifer Lopez], ‘dinheiro não te dá tesão’?”.

Principais reflexos da crise

Meiners explica que a paralisação do crédito bancário, principalmente nos Estados Unidos, foi o principal reflexo da crise de 2008. Entre 2008 e 2011, 380 bancos comerciais faliram nos EUA, sobretudo pequenas instituições de atuação local e regional.

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Em relação aos grandes bancos, houve uma queda no valor de mercado. O Citibank foi “reduzido” de US$ 274 bilhões para US$ 17 bilhões entre janeiro de 2007 e abril de 2009, enquanto que o Bank of America saiu de US$ 240 bilhões para US$ 61 bilhões no mesmo período.

“Houve também pânico nas operações de seguro. A AIG (American International Group), que assegurava voos nacionais e internacionais, imóveis, empresas, automóveis e seguros de vida de cerca de 40% da população norte-americana, e assegurava também infelizmente ativos financeiros de elevado risco, quebrou. O governo norte-americano injetou US$ 85 bilhões para não paralisar suas operações em troca de 80% do controle acionário”, conta Wilhelm.

Tudo isso resultou no aumento da taxa de desemprego, em especial nos EUA, em uma queda do PIB e do comércio mundial. O déficit público também se agravou em todos os governos.

Recuperação da economia

Como é sabido, entretanto, a economia se recuperou. O professor Orlando Assunção Fernandes afirma que foram dois os caminhos para essa recuperação: um foi o dos bancos centrais, que reduziram juros e aumentaram o grau de liquidez da economia com linhas de crédito. A alternativa foi a solução encontrada para não faltar dinheiro a empresas e pessoas que precisassem tomar recursos para seguir com suas vidas e continuar com seus negócios. Já o outro foi o caminho fiscal, calcado na redução de impostos.

“Aqui no Brasil se reduziu o IPI da linha branca, de automóveis e de material de construção, para o produto final chegar mais barato e estimular o consumo. Ao mesmo tempo, o Estado passou a gastar mais, aumentando seus programas de transferência de renda, bem como injetando diretamente recursos de obras públicas de infraestrutura, o que naturalmente gera emprego e renda”, exemplifica.

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Nos Estados Unidos, o governo, por meio do Tesouro e do Federal Reserve (Fed, o banco central americano), injetou bilhões nas grandes instituições financeiras, diz Wilhelm de Azevedo Meiners. O mesmo caminho foi seguido por diversos países europeus a fim de salvar seus grandes bancos da falência.

“Houve, ainda, ações coordenadas no G-20: uma forte queda das taxas de juros, políticas de quantitative easing [ferramenta de afrouxamento monetário] e taxas reais de juros negativas, socorro aos bancos para preservar o crédito, socorro às operações de crédito ao comércio exterior, aumento das garantias de depósitos bancários para evitar pânico”, exemplifica.

Outros filmes sobre o tema

Ainda que seja o mais recente, “As Golpistas” está longe de ser o único filme que Hollywood produziu sobre a crise. Vários outros títulos ligados à cultura pop podem ajudar a entender aquele período, como “A Grande Aposta” (2015), “Margin Call – O Dia Antes do Fim” (2011), “Trabalho Interno” (2010) e “Capitalismo: Uma História de Amor” (2009).

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