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- Na pesquisa, 57% dos entrevistados brasileiros afirmam ter ficado mais avessos ao risco por conta da pandemia. Já no âmbito global, esse receio foi mencionado por 43% das pessoas ouvidas
- De acordo com Daniella Cury, diretora-executiva da EY Brasil, a pesquisa tem como objetivo identificar tendências de comportamento dos investidores para entender os movimentos do mercado
- Na pesquisa, 57% dos entrevistados brasileiros afirmam ter ficado mais avessos ao risco por conta da pandemia. Já no âmbito global, esse receio foi mencionado por 43% das pessoas ouvidas
Um estudo realizado pela EY (Ernst & Young Global Limited) com 2.500 clientes de 21 países apontou que 67% dos entrevistados estão preparados para focar em proteger o patrimônio e garantir estabilidade financeira em vez de expandir lucros. Dos investidores brasileiros, no entanto, apenas 49% afirmaram ter a proteção como principal meta. No País, o objetivo mais apontado é a segurança financeira, destacada por 51% dos consultados.
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De acordo com Daniella Cury, diretora-executiva da EY Brasil, a pesquisa Global Wealth Research tem como objetivo identificar tendências de comportamento dos investidores para entender os movimentos do mercado. O estudo, realizado a cada dois anos, entrevistou 49 clientes do Brasil e 114 da América Latina no total. Cury aponta a busca da personalização e customização como um dos destaques da edição atual, com dados levantados no último trimestre de 2020.
O peso das práticas ESG, tripé de atuação ambiental, social e de governança, nos ambientes corporativos e nos investimentos atrai a atenção de diversos fundos de índices e posições de empresas. Diversidade, propósito social e compromisso ambiental aliados com histórico de desempenho de ativos e gestores estão entre os focos dos investidores ouvidos pela pesquisa.
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Considerando tanto a proteção da riqueza como a transição do patrimônio para filhos ou caridade, a pesquisa também mostra que grande parte dos investidores buscam construir um legado pessoal por meio dos investimentos.
Consequência da pandemia nos investimentos
Na pesquisa, 57% dos entrevistados brasileiros afirmam ter ficado mais avessos ao risco por conta da pandemia. Já no âmbito global, esse receio foi mencionado por 43% das pessoas ouvidas.
A distinção entre gerações também foi apontada pela pesquisa. Enquanto 31% dos boomers (nascidos entre 1945 e 1964) e 60% dos que nasceram de 1965 a 1980 ficaram mais avessos a risco por conta da pandemia, entre os millenials (nascidos de 1981 a 1996) a taxa foi de 78%.
Outra mudança impulsionada pela pandemia foi o meio de investimento, especialmente entre os mais novos. Entre os millenials de todos os países, 94% desejam utilizar mais o ambiente virtual para investir. No Brasil, 71% dos entrevistados também buscam ampliar as operações realizadas com a tecnologia digital.
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Relação com plataformas
Para além da realização mecânica, o ambiente virtual também é considerado como meio de contato com consultores. Tanto nos números globais quanto na América Latina e no Brasil, a maior parte dos investidores preferem consultoria híbrida entre plataforma digital e conselheiro (respectivamente 37%, 56% e 45%).
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Por conta da tendência do virtual, o compartilhamento de dados também faz parte do engajamento dos investidores. Em âmbito global, 67% dos entrevistados estão abertos a divulgar dados de contato e informações demográficas. Ao considerar objetivos financeiros, a taxa vai a 58%.
Apenas 18% dos entrevistados pela pesquisa aceitariam abrir dados não financeiros, como comportamento nas redes sociais, e 12% compartilharam a localização por GPS.
A diretora-executiva da EY Brasil explica que a Global Wealth Research concluiu que os investidores desejam a personalização. Para isso acontecer, o compartilhamento de informações é válido. “Os bancos digitais acabam trazendo um desejo e ânsia de ter acesso a uma plataforma que ele possa ‘auto-servir’, mas o investidor não quer deixar de ter uma consultoria em situações de, por exemplo, organização de herança, compras de imóveis”, aponta Cury.
Além disso, mesmo que as plataformas digitais tenham se destacado, as instituições tradicionais devem ter um espaço, aponta Cury.
Diversidade e inclusão na hora de investir
“Os esforços de diversidade e inclusão (D&I) de um gerente de patrimônio são importantes ao avaliar uma empresa?”, foi outra pergunta feita pela consultoria. Nesse quesito, o Brasil mostrou-se muito mais preocupado que a América Latina ou a média global.
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Enquanto 48% dos entrevistados globais e 70% dos latino-americanos concordaram com a afirmação, 78% dos brasileiros classificaram como relevante. Orientação sexual, gênero, raça, religião, etnia, acessibilidade e educação foram os parâmetros de D&I utilizados na pesquisa. Preocupação ambiental, desflorestamento e poluição da água e do ar foram os temas mais apontados como preocupação na hora de investir.
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