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Comportamento

Qual é o aplicativo de banco digital mais baixado do Brasil? Confira

Número de downloads de apps aumentou em 13,3% em outubro, totalizando 15 milhões, segundo o Bank of America

Qual é o aplicativo de banco digital mais baixado do Brasil? Confira
(Foto: Envato Elements)
O que este conteúdo fez por você?
  • Após um período de estabilidade, o número de downloads de apps de bancos digitais aumentou em 13,3%.
  • O Nubank adicionou 1,1 milhão de downloads.
  • Os aplicativos de bancos tradicionais registraram um aumento de 7,20% nos downloads.

Os downloads de aplicativos de neobancos passaram em outubro por crescimento, sendo o Nubank (NU) o destaque do mês, com um aumento de 20% na procura pelos aplicativos em relação à média dos últimos três meses, conforme indicado pela pesquisa mensal do Bank of America (BofA).

Após um período de estabilidade, o número de downloads de apps de bancos digitais aumentou em 13,3% em outubro, totalizando cerca de 15 milhões. Em comparação com o mesmo período do ano anterior, houve uma queda de 9%, um número, porém, que mostra redução significativa em relação às baixas de 21% e 18% registradas em agosto e setembro, respectivamente, de acordo com os dados do BofA.

Os aplicativos mais baixados em outubro de 2023 foram Nubank (4,75 milhões), PicPay (2,03 milhões), Mercado Pago (1,18 milhão), Inter (1,12 milhão) e C6 (955 mil). Notavelmente, o Nubank foi o que apresentou o crescimento mais sólido, acima da média de três meses, representando um terço de todos os downloads na indústria.

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O BofA observou que o Nubank adicionou 1,1 milhão de downloads no mês em comparação a setembro, enquanto o C6 teve uma retração de 9,4%. Além disso, Inter e PagBank aumentaram sua base de clientes ativos em 200 mil na métrica mês a mês, enquanto os números de downloads mensais permaneceram relativamente estáveis.

Usuários

No que diz respeito às bases de usuários mensais, o Nubank liderou com 58,6 milhões, seguido por PicPay (24,2 milhões), Mercado Pago (17,6 milhões), C6 Bank (13,6 milhões) e Inter (13 milhões de usuários). O Nubank, instituição liderada pelo executivo David Vélez, registrou um avanço sólido de 23% em outubro em comparação com o mesmo período do ano anterior.

O relatório do BofA destacou que, em outubro, os bancos e as carteiras digitais tiveram um aumento de 2% na base, totalizando 176,6 milhões de usuários, após a estagnação observada em setembro, quando havia 172,9 milhões de clientes. O documento também ressaltou que tanto a base de usuários quanto os downloads estão mais concentrados, com os cinco principais competidores representando 72% dos consumidores dos bancos digitais.

Frente aos bancos tradicionais, Nubank e PicPay lideraram em número de clientes ativos em outubro. Os bancos tradicionais, somados, mantiveram estabilidade, totalizando 99,5 milhões de clientes ativos em comparação com 98,7 milhões em setembro e 100 milhões em agosto.

Os aplicativos de bancos tradicionais registraram um aumento de 7,20% nos downloads em relação a setembro, atingindo 5,92 milhões. A Caixa (CXSE3) foi o app mais baixado, com um aumento de 10,6%, enquanto o Banco do Brasil (BBAS3) teve uma leve queda de 1,6%.

Complexidade do setor

Ao E-Investidor, o Nubank diz, por meio de nota, que nasceu com a missão de lutar contra a complexidade do mercado e o aplicativo é um pilar fundamental desse objetivo. “Ele está em constante evolução para oferecer sempre a melhor experiência aos mais de 90 milhões de clientes: somente em 2023, foram mais de 40 lançamentos”, aponta.

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O analista da Levante Corp, Matheus Nascimento, afirma que os apps são importantes para o crescimento dos bancos digitais por diversos motivos, dentre eles, a praticidade que permite que os clientes realizem suas operações bancárias de forma rápida e fácil, a qualquer hora e em qualquer lugar, o que, atualmente se constitui como uma vantagem competitiva frente aos bancos tradicionais. Os “superapps” tornaram o acesso aos bancos muito mais prático, considerando o facilitado nível de acessibilidade via smartphones no País.

Ele explica que os bancos tradicionais, por terem uma estrutura física, precisam investir em agências, funcionários e outros recursos. Isso torna os custos operacionais mais altos, o que impacta nos preços cobrados dos clientes. Os neobancos, por outro lado, por não terem uma estrutura física, têm custos operacionais mais baixos. Isso lhes permite oferecer serviços mais baratos e atrativos aos clientes, tornando-se uma vantagem competitiva relevante.

“Os bancos tradicionais, com o advento das fintechs e dos superpps, vêm aprimorando questões ligadas à usabilidade e investindo massivamente em infraestrutura tecnológica a fim de se ajustar a tendência de mercado criada pelas fintechs”, destaca, acrescentando que, o principal diferencial de um neobanco frente a um banco tradicional é a celeridade e a inovação. Os neobancos são mais ágeis na implementação de novos produtos e serviços, possuindo uma forte atuação no chamado cross sell, que permite ao cliente contratar no app do banco digital serviços ligados à saúde, por exemplo.

Outro ponto relevante, diz, envolve o nicho de atuação dos bancos digitais, cujo cerne está em clientes com perfil de crédito mais arrojado, o que permitiu cidadãos desbancarizadas possuírem contas digitais e cartões de crédito. Se por um lado o acesso a bancos se tornou muito mais fácil, por outro lado é importante destacar que o nível de risco destes bancos acaba sendo maior em termos de inadimplência.

Investimentos

Para Milton Rabelo, analista da VG Research, os investimentos em tecnologia realizados pelos neobancos foram fundamentais para atingir as grandes massas de clientes que antes estavam desassistidas pelos bancos tradicionais. “Nesse contexto, aplicativos funcionais e amigáveis ao uso dos clientes foram fundamentais para a expansão”, afirma.

Ainda assim, as vantagens dos neobancos residem numa estrutura de custos menor em comparação aos bancos tradicionais, bem como em uma maior escalabilidade na oferta de serviços. Entretanto, elenca que seria ingenuidade achar que os bancos tradicionais não iriam realizar uma contraofensiva após a ascensão das fintechs no mercado.

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Diante do forte aumento da concorrência, os principais bancos do País têm promovido grandes investimentos em tecnologia e oferecido aos seus clientes também uma série de serviços digitais, diminuindo a dependência das suas receitas da rede de agências físicas. “Além disso, alguns bancos tradicionais criaram os seus próprios bancos digitais como o Next, do Bradesco (BBDC4), e o Iti, do Itaú (ITUB4).

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