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Decidir ir agora para Paris, contudo, pode custar ao viajante um preço ainda maior do que se o planejamento tivesse sido feito com maior antecedência. Atualmente, um dos principais fatores que impulsionaram a alta dos custos foi a disparada do dólar no final de junho e começo de julho.
O alívio na taxa de câmbio é um movimento recente. Na última semana, a cotação do dólar registrou uma queda de 0,36%. No entanto, no acumulado do ano, os números indicam um crescimento de 12,15%.
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A forte valorização da moeda foi observada principalmente no início do mês e chegou a ser vendida a R$ 5,70 durante o pregão de 2 de julho. Na ocasião, um dos fatores que contribuíram para a alta foram as críticas do presidente Luiz Inácio Lula da Silva ao Banco Central e ao presidente da instituição, Roberto Campos Neto.
Somente em junho, o dólar subiu 7,32%. No começo do mês passado, a divisa americana estava cotada a R$ 5,23.
A disparada na cotação da moeda americana impacta diretamente na desvalorização do real em comparação às principais moedas globais. No dia a dia, isso se reflete no aumento dos preços das passagens aéreas e da hospedagem, ambas cotadas em moeda estrangeira.
Utilizemos como exemplo os primeiros dias de junho e julho para comparar os valores das cotações, já que foi o intervalo de tempo em que se observou um grande pico de oscilação. Nesse período, o dólar passou de R$ 5,40 (preço de 3/06) para R$ 5,79 (preço de 3/07). Aqui, houve um aumento de 7% nos custos em reais. É o que diz Jorge Arbex, diretor do Grupo Travelex Confidence.
Portanto, uma viagem que custava US$1 mil, o equivalente a R$ 5.400 no início de junho, valeria um mês depois os mesmos US$1 mil, mas na conversão equivaleria a R$ 5.790 (R$ 390 a mais, portanto). É importante ressaltar que esse valor não considera taxas administrativas, Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) e possíveis aumentos nas tarifas das companhias aéreas e hotéis devido à alta demanda.
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Diante desse cenário, quem decidiu viajar no começo deste mês para Paris para assistir às Olimpíadas gastou aproximadamente 7% a mais do que se tivesse planejado e comprado a viagem no início de junho, antes da disparada do dólar, acrescenta Arbex.
Para os leitores do E-Investidor, a agência de turismo CVC (CVCB3) preparou algumas simulações que mostram a variação nos preços da viagem quando comparadas nas duas primeiras semanas de junho (antes da disparada do dólar) e agora.
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Nesse cenário, o viajante pagaria 3% a mais no mesmo pacote.
Vale aqui mencionar que o preço mais flutuante é da passagem aérea que oscila, praticamente, todos os dias.
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Ou seja, deixando para comprar agora, o mesmo pacote custa 5% mais caro.
Paris já é uma das cidades mais caras do mundo para viver, conforme mostra essa reportagem, e os bolsos dos turistas também podem sofrer durante a estadia. Sendo assim, agora se torna ainda mais importante adotar estratégias para economizar dinheiro, principalmente diante da oscilações do mercado de câmbio.
Segundo Fábio Cabral, planejador financeiro CFP pela Planejar, a disparada da divisa americana incide sobre as demais moedas globais, o que torna, consequentemente, o euro também mais valorizado.
Diante disso, é essencial que o viajante se organize para gastar menos durante o período em Paris. Buscar hospedagem em locais como o Airbnb em vez de hotéis convencionais, usar o transporte público para os deslocamentos e não fazer todas as refeições em restaurantes podem ajudar a reduzir os gastos.
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“O real está em um dos seus piores momentos dos últimos anos. Tivemos no começo de 2024 o aumento de cerca de 12% do euro sobre o real e é bem provável que até o fim das Olimpíadas essa situação (a valorização forte da moeda) não mude radicalmente”, diz Cabral.
Outra forma de minimizar os custos adicionais e evitar as variações de câmbio desnecessárias, segundo Jorge Arbex, é a realização da conversão direta de reais para euros.
“A dupla conversão (reais para dólares, depois dólares para euros) pode resultar em taxas adicionais, tornando a viagem ainda mais cara”, lembra ele. Além disso, com a conversão direta, o viajante tem mais controle dos custos e pode aproveitar melhores cotações disponíveis para a moeda local do destino.
Outra estratégia interessante está ligada à utilização do cartão de crédito no exterior. Segundo Fernanda Melo, planejadora financeira CFP pela Planejar, a escolha do cartão pode ajudar a reduzir os gastos no imposto IOF. “Atualmente, muitos cartões oferecem desconto no IOF. Assim, o custo da transação via cartão fica igual ao de levar papel moeda”, orienta.
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O Banco do Brasil (BBAS3), por exemplo, reduziu em março deste ano para 1,1% o desconto do IOF em compras internacionais. O valor é válido para os clientes do banco que possuem cartões Ourocard nas modalidades Visa Infinite, Mastercard Black, Elo Nanquim, Elo Nanquim Diners Club, Infinite Smiles e Altus.
O Porto Bank, o braço financeiro da Porto, também fez mudanças recentes nas alíquotas do imposto. Desde 6 de maio, os clientes dos cartões Porto Bank – Internacional, Gold, Platinum e Ultra (Black e Infinite) possuem o IOF zerado. Conforme mostra essa reportagem, o imposto é reembolsado aos clientes como crédito na fatura, proporcionando-lhes também pontos no programa de fidelidade PortoPlus. Com essas sugestões, a viagem para curtir as Olimpíadas de Paris terá um custo menor.
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