Comportamento

“Rei do Bitcoin” é preso pela PF suspeito de desviar R$ 1,5 bilhão

Operação da PF tem o objetivo de investigar supostos crimes de Cláudio Oliveira

A CVM chegou a receber denúncias sobre o esquema do "Faraó dos Bitcoins" já em 2019. (Foto: Envato Elements)
  • A Polícia Federal, no âmbito da operação Daemon, prendeu nesta segunda-feira (5) cinco pessoas ligadas ao grupo Bitcoin Banco, inclusive o presidente da companhia, Cláudio Oliveira, autointitulado “Rei do Bitcoin”
  • A apuração começou em 2019, com a Polícia Civil do Paraná. As vítimas, impossibilitadas de resgatar os valores, relataram que estavam com todos os investimentos bloqueados na plataforma

A Polícia Federal, no âmbito da operação Daemon, prendeu nesta segunda-feira (5) cinco pessoas ligadas ao grupo Bitcoin Banco, inclusive o presidente da companhia, Cláudio Oliveira, autointitulado “Rei do Bitcoin”.

O falso monarca é acusado de ter operado um esquema de pirâmide financeira que desviou R$ 1,5 bilhão de 7 mil clientes. Além de Oliveira, foram presos sua esposa, uma companheira, um funcionário de confiança e um outro investigado que teria ajudado na operação.

Segundo a PF, durante as diligências foram apreendidos veículos de luxo avaliados em cerca de R$ 2,5 milhões, além de joias e dinheiro vivo. Em nota, a polícia informou que os investigados apostavam na promoção da imagem de sucesso do grupo, com exibição de posses e bens de luxo e realização de grandes eventos.

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“No entanto, da maneira ardilosa, os valores ingressos nas plataformas virtuais das corretoras do grupo (tanto por transferência de criptomoedas, quanto por depósitos bancários), eram em grande parte desviados em benefício próprio do líder do conglomerado empresarial, de sua esposa e de outros investigados”, diz a nota.

A apuração começou em 2019, com a Polícia Civil do Paraná. As vítimas, impossibilitadas de resgatar os valores, relataram que estavam com todos os investimentos bloqueados na plataforma. O motivo segundo o grupo empresarial seria que o Bitcoin Banco havia sido alvo de hackers.

Entretanto, após uma investigação da própria Polícia Civil, as alegações do suposto ataque hacker caíram por terra. Os investigadores responsáveis apontaram que, na realidade, havia indícios de que os donos da corretora de criptomoedas estariam praticando crimes de estelionato e formação de quadrilha.