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- Na terça-feira (19), estreou na bolsa de Nova York (NYSE) o primeiro ETF de futuros de bitcoin dos EUA, o ProShares Bitcoin Strategy ETF, lançado sob o ticker BITO
- Ao contrário do QBTC11, da QR Asset, que investe no bitcoin físico e faz a custódia do ativo digital, o BITO se concentra nos futuros do ativo digital
- Segundo André Franco, especialista em criptoativos da Empiricus, a aprovação do ETF é importantíssima como uma legitimação do mercado
Apesar de ter acabado de lançar seu primeiro ETF de futuros de bitcoin, os analistas de ETF da Bloomberg, Eric Balchunas e Anthony Rayar, informaram em seus perfis do Twitter que a estreia do segundo produto do tipo está para acontecer nesta quinta-feira (21). Trata-se do Valkyrie Bitcoin Strategy, que sob o ticker BTFD estará disponível na Nasdaq.
Valkyrie appears to now be taking shot at Thursday launch. Every day matters at this point, I don't blame them for pushing hard. Still waiting for the post-effective to say it's official tho. btw FF Anthony, he's newest member of our team (working on a special projects) https://t.co/cjb00Rb21d
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— Eric Balchunas (@EricBalchunas) October 20, 2021
Na terça-feira (19), estreou na bolsa de Nova York (NYSE) o primeiro ETF de futuros de bitcoin dos EUA, o ProShares Bitcoin Strategy ETF, lançado sob o ticker BITO. O produto recém-lançado registrou alta de 2,59% logo no início do seu primeiro pregão.
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Segundo informações da Bloomberg, o BITO estreou como o segundo fundo mais negociado em seu lançamento. Movimentando R$ 1,4 bilhão em apenas meia hora, a estreia do ProShares Bitcoin Strategy ficou atrás apenas de um fundo de carbono da BlackRock.
? ProShares rings the bell, launching the first U.S. #bitcoin futures ETF $BITO on the @NYSE. pic.twitter.com/Wuq0Ijdx4M
— CoinDesk (@CoinDesk) October 19, 2021
Entretanto, ao contrário do QBTC11, da QR Asset, que investe no bitcoin físico e faz a custódia do ativo digital, o BITO se concentra nos futuros do ativo digital. A grande diferença entre os produtos é que o fundo de índice à vista acompanhará de perto o preço à vista do ativo subjacente, neste caso, o bitcoin.
Já o fundo baseado em futuros pode ter um desempenho inferior ou superior ao preço à vista – potencialmente levando a um prêmio ou a desconto. Segundo André Franco, especialista em criptoativos da Empiricus, a aprovação do ETF é importantíssima como uma legitimação do mercado.
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“O contexto acaba sendo muito positivo para o mercado cripto. A partir desse momento teremos uma posição muito melhor para os Estados Unidos abraçar essa tecnologia”, diz Franco.
Por que o produto é importante?
Guilherme Zanin, analista da Avenue, explica que o lançamento desse ETF é relevante porque grandes investidores podem começar a alocar os seus recursos nesse mercado.
“É o primeiro passo para mostrar que os investidores estão interessados e as pessoas querem poder alocar os seus recursos nisso, abrindo espaço para uma gama maior de investidores conhecerem as criptos e esse mercado. Obviamente, com a disseminação maior e com mais informações, há o reflexo em maiores volumes institucionais investidos, com isso, o mercado cripto acaba crescendo de forma significativa”, diz Zanin.
Orlando Telles, diretor de research da Mercurius Crypto, cita uma pesquisa recente da Fidelity Digital Asset que mostrou que em 2021, apenas 33% dos fundos institucionais dos EUA investiam em ativos digitais. Em comparação, na Ásia esse número sobe para 71% e 56% na Europa.
“Isso nos mostra que no caso dos EUA existia uma certa insegurança por parte dos investidores institucionais de investir em criptomoedas por falta de infraestrutura. Uma outra pesquisa feita pelo The Block de 2020, constatou que a questão da infraestrutura e a incerteza regulatória eram as duas maiores barreiras de entrada para esses investidores”, diz Telles.
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Na visão do diretor, a partir do momento que criamos um ETF de bitcoin, conseguimos resolver esses problemas. Por se tratar de um fundo negociado em bolsa, há melhor liquidez. Além disso, do ponto de vista regulatório, é possível construir uma segurança quando pensamos nos investidores institucionais.
Impacto no preço
Segundo Franco, da Empiricus, a aprovação do ETF energiza o bitcoin para esse final de ano. “Acreditávamos desde julho que poderia vir um novo teste de máxima histórica”, diz.
Telles, da Mercurius Crypto, conta que em termos de preço, a tendência agora é que entre um fluxo de investidores que antes não estava liberado para o mercado de criptomoedas. “Isso naturalmente pode proporcionar uma nova máxima histórica, basta pensar que o maior mercado de capitais do mundo tinha apenas 33% dos seus investidores aportando em ativos digitais, justamente por conta dessas barreiras de entrada, que foram quebradas pelo ETF”, conclui.
De fato, na quarta-feira (20), o Bitcoin renovou sua máxima histórica de US$ US$ 64.863,10 conquistada no dia 14 de abril de 2021, para a marca dos US$ 66.930,39, o equivalente a R$ 372.554,63 na cotação atual.