Sexta-feira 13: existe azar e sorte nos investimentos?

A data, consagrada pelo cinema e pela cultura pop, remete a uma crença antiga – o dia em que Jesus Cristo foi perseguido, uma sexta-feira, e a quantidade de participantes da santa ceia (12 apóstolos e Jesus) – e ficou conhecida por trazer mau agouro. Porém, a data tem um retrospecto positivo no Ibovespa, que registrou alta nas últimas três sextas-feiras “do azar”.

Segundo a psicanalista e consultora psicofinanceira Márcia Tolloti, o investidor pode tomar decisões motivado pela chamada teoria da confirmação – quando alguém faz uma opção inconsciente e justifica a crença de que fazer algo em sexta-feira 13 é um mau negócio.”A pessoa supersticiosa acredita nessa ideia e toma decisões de forma equivocada, precipitada, o que acaba justificando a própria crença”, explica.

Invista em oportunidades que combinam com seus objetivos. Faça seu cadastro na Ágora Investimentos

Ela conta que o investidor pode associar uma decisão ruim a um fator externo e reforçar a ideia de que o dinheiro perdido foi culpa de uma peça de roupa que estava usando, um ritual que não seguiu ou, no caso da sexta-feira 13, por conta de uma data. “O investidor que crê na sexta-feira 13 precisa redobrar o cuidado na tomada de decisão para fugir desse modelo mental da teoria da confirmação”, conta Tolloti.

Últimas sexta-feiras 13 foram boas para o Ibovespa

A última vez que os investidores presenciaram uma sexta-feira 13 foi em maio de 2022. A data foi boa para o Ibovespa, que fechou o dia em 106.924,18 pontos, com alta de 1,17%. Na única sexta-feira 13 de 2021, o índice subiu 0,41%, mesmo em uma semana marcada por perdas. Na última data de 2020, a bolsa brasileira teve alta de 2,16%.

A última vez que o Ibovespa terminou o dia em baixa em uma sexta-feira 13 foi em março de 2020, no começo da pandemia, e registrou a queda apavorante de 13,91%. Em 2023, os supersticiosos terão que lidar com a data novamente em outubro.

Encontrou algum erro? Entre em contato