O bitcoin é a maior criptomoeda em valor de mercado. (Foto: Adobe Stock)
O bitcoin hoje opera em baixa na manhã desta sexta-feira (30). Às 9h (de Brasília), o ativo digital acumulava uma depreciação de 2,64% nas últimas 24h, sendo negociado a US$ 105,9 mil. Os dados são do CoinMarket Cap. A depreciação reflete um movimento de realização de lucro dos investidores e do retorno das preocupações sobre as tarifas de importação dos Estados Unidos.
Ontem, a Casa Branca conseguiu uma decisão judicial favorável no Tribunal de Apelações dos EUA para suspender a determinação do Tribunal de Comércio Internacional dos EUA de suspender o pacote tarifário de Donald Trump, presidente dos EUA. Há pelo menos sete ações que questionam as tarifas e que aguardam julgamento. A instabilidade das políticas comerciais dos EUA tende a minar o apetite a risco dos investidores, trazendo volatilidade tanto para os mercados acionários quanto para o bitcoin.
“A tendência de curto prazo para o bitcoin agora se mostra negativa, com expectativa de alta volatilidade à medida que incertezas sobre a política econômica americana seguem minando o apetite por ativos alternativos”, diz André Franco, analista de investimentos cripto e CEO da Boost Research. Contudo, a depreciação do bitcoin em ainda se mostra suave. Vale lembrar que, há menos de 10 dias, a maior criptomoeda em valor de mercado rompeu, pela primeira vez, a marca dos US$ 111 mil. Dado a cotação atual, o recuo do ativo em relação à sua máxima histórica fica em torno de 5%, correção considerada moderada para uma criptomoeda.
“Há pressão de vendas, mas também há demanda, o que “trava” até certo ponto os movimentos do Bitcoin, mesmo que, hoje, seja de correção”, diz Beto Fernandes, analista da Foxbit. Essa demanda que ainda persiste pode ser observada no fluxo de capital em direção aos ETFs de bitcoin à vista. Em maio, os fundos de índice registram, até o momento, uma entrada líquida de US$ 6,2 bilhões, segundo os dados mais recentes da SosoValue, plataforma de dados de criptomoedas. “Se fechar o período assim, este será o segundo mês com maior entrada de capital desde o lançamento dos fundos, ficando atrás apenas de novembro do ano passado, quando US$ 6,49 bilhões foram injetados”, acrescenta Fernandes.