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Criptomoedas

Bitcoin Pizza Day: criptomoeda pode voltar a valer duas pizzas?

Questionamento é válido porque universo cripto passa por dificuldades

Bitcoin Pizza Day: criptomoeda pode voltar a valer duas pizzas?
Criptomoedas são um exemplo de investimento alternativo. Foto: REUTERS/Marco Bello
  • Pode ser difícil de acreditar, mas o bitcoin já valeu US$ 0,0041 e foi usado para comprar duas pizzas no valor aproximado de US$ 41, o correspondente a 10 mil BTC à época
  • Exatos 13 anos depois, essas mesmas pizzas valem US$ 268,42 milhões. Mas será que o BTC pode voltar a valer centavos de dólares?

Pode ser difícil de acreditar, mas o bitcoin já valeu US$ 0,0041 e foi usado para comprar duas pizzas no valor aproximado de US$ 41, o correspondente a 10 mil BTC à época. Esta foi a primeira transação financeira da história com a moeda digital, no dia 22 de maio de 2010, conhecido como Bitcoin Pizza Day. Relembre aqui como tudo aconteceu

Exatos 13 anos depois, essas mesmas pizzas valem US$ 268,42 milhões. Mas será que o BTC pode voltar a valer centavos de dólares?

O universo cripto como um todo enfrenta um momento delicado. Em novembro do ano passado, uma das maiores corretoras de criptomoedas dos Estados Unidos, a FTX, entrou com um pedido de falência devido a uma equivalente corrida bancária. Na sequência, uma série de escândalos sobre fraudes em transações envolvendo o ex-CEO Sam Bankman-Friedsurgiram e levaram a uma desconfiança sobre a segurança do mercado das moedas digitais.

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Contudo, apesar dos desafios, especialistas ouvidos pelo E-Investidor ainda seguem otimistas com as criptomoedas, principalmente com o bitcoin.

“O atual cenário para o Bitcoin e as criptomoedas é complexo e envolve vários aspectos. Embora o mercado de criptomoedas tenha passado por momentos de volatilidade e desafios, como o chamado ‘Inverno Cripto’ e a falência de algumas empresas do setor, o bitcoin e algumas outras criptomoedas continuam a atrair interesse e investimento”, disse Yuri Landim, especialista em criptoativos da WIT (Wealth, Investments & Trust).

Para Bruno Diniz, professor de inovação financeira na USP, mesmo em situações de aversão a risco, com eventos macros desafiadores, as estruturas fundamentais do bitcoin, como a tecnologia blockchain e descentralização, não se alteram. Em sua visão, o Brasil está na contramão de impasses globais e vive um bom momento para os ativos digitais, com a concretização de uma regulamentação, o desenvolvimento do real digital e a tokenização surgindo para alavancar os processos.

“Quando a gente olha eventos como os da FTX, o BTC reage de forma negativa. Mas existem vários fatores que sustentam, inclusive, uma comunidade grande e forte que faz o bitcoin permanecer rodando. O Brasil, hoje, é um dos países que mais está reunindo condições ideais para o florescimento da criptoeconomia, porque a gente tem uma regulamentação clara, além de ter o real digital vindo e movimentos como a própria tokenização, que também vão ser um fomentador do crescimento das criptos”, disse Diniz.

Oferta limitada e mercado tradicional no jogo fortalecem BTC

Com uma oferta limitada de no máximo de 21 milhões de moedas, a escassez relativa pode aumentar a demanda ao longo do tempo e impactar positivamente o valor do BTC. Os ativos digitais também estão ganhando mais aceitação, com empresas financeiras tradicionais explorando o potencial desses ativos e investidores institucionais começando a alocar uma parte de seus portfólios em criptos.

“A forma como a criptoeconomia tem se aproximado do mercado financeiro tradicional dá boas pistas que o mercado vai crescer e que a tendência é que os ativos acompanhem. Instituições financeiras, que durante muito tempo foram resistentes, encontram um momento hoje, criando braços de ativos digitais, como o Itaú Asset”, ressalta Diniz.

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Landim aponta que a volatilidade dos preços é uma característica intrínseca das criptomoedas e pode levar a flutuações significativas em curtos períodos de tempo, mas acredita que o bitcoin ainda está longe do auge. “A moeda ainda tem espaço para crescer, com base em fatores como a crescente adoção institucional, o interesse de investidores tradicionais e o reconhecimento contínuo da tecnologia blockchain.”

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