O bitcoin registra queda de 3,02% e é cotado a US$ 64.446 por volta das 17h desta terça-feira (18), segundo dados do CoinDesk. Ao atingir essa marca, a criptomoeda amplia as perdas iniciadas na quarta-feira (12) após o presidente do Federal Reserve (Fed), Jerome Powell, indicar que os juros nos Estados Unidos serão reduzidos apenas uma vez neste ano.
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O ether, moeda digital da rede Ethereum, também registra uma baixa de 3,6%, sendo cotado a US$ 3.418.
Entre os fundos de índice (ETFs) de bitcoin à vista negociados nas bolsas americanas, ontem foi o terceiro dia consecutivo de saldo líquido negativo. Houve um fluxo total de saídas líquidas (vendas superando as compras de cotas) de US$ 145,9 milhões. O ETF com mais retiradas foi o FBTC, da Fidelity, com saques de US$ 92 milhões.
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A queda do bitcoin acontece desde abril deste ano. No início de maio, o analista da Foxbit Beto Fernandes disse que a correção de preços do bitcoin no período é natural, ainda mais se o investidor lembrar que a criptomoeda subiu nos últimos sete meses, com uma forte alta no primeiro trimestre de 2024.
“A forte alta é alcançada alguns meses após o halving. Desta vez, ela veio antes. Isso mostra que os ETFs de Bitcoin à vista nos Estados Unidos abraçaram muito do capital institucional que estava disponível no mercado. Então, a partir desse fluxo de investimento e da expectativa do halving, houve muita especulação e o consequente aumento de preços. Sendo assim, com uma escalada de quase 70% só no primeiro trimestre, os investidores realizaram lucros de suas posições”, comentou.
Bitcoin pode valer US$ 1 milhão até 2033, calcula corretora
Na segunda-feira (16), já em meio à queda, os analistas da Bernstein revisaram a projeção de preço do bitcoin, elevando-a de US$ 150 mil para US$ 200 mil até o fim de 2025, US$ 500 mil até 2029 e US$ 1 milhão até 2033. Essa meta, diz a consultoria, é baseada nas expectativas de uma alta demanda impulsionada pelos ETFs de bitcoin à vista, geridos por grandes gestores de ativos como BlackRock, Fidelity e Franklin Templeton, que devem alcançar cerca de US$ 190 bilhões em ativos sob gestão.
Segundo os analistas, a regulamentação dos ETFs nos EUA foi um “divisor de águas” para o mercado de criptomoedas, trazendo uma demanda estrutural significativa de novos capitais. Em relatório, os estrategistas apontam que os ETFs regulamentados geraram aproximadamente US$ 15 bilhões em novos fluxos líquidos.
A Bernstein prevê que os ETFs de bitcoin devem representar cerca de 7% do bitcoin em circulação até 2025 e 15% da oferta até 2033. Além disso, os analistas destacaram o impacto da “restrição” na oferta de criptomoeda após o último halving em abril, afirmando que isso sinaliza o início de um novo ciclo de alta para a criptomoeda.
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A ‘redução pela metade’, segundo a consultoria, cria uma situação única onde a pressão de venda natural dos mineradores de bitcoin é reduzida pela metade (ou até mais, à medida que estocam mais em antecipação), enquanto novos catalisadores para a demanda de bitcoins surgem, resultando em movimentos exponenciais de preço.