Apenas 32% das empresas que trabalham no setor de criptomoedas no Brasil tem licença para operar na área, de acordo com o levantamento Criptoeconomia no Brasil 2023 da ABC Cripto. As demais 68% esperam a regulação pelo Banco Central e Comissão de Valores Mobiliários (CVM).
“A partir da evolução das discussões do PL 2303/25, no Congresso, e de diálogos institucionais nos últimos dois anos, entendemos que seria importante se fazer um recorte do mercado pré-edição da primeira legislação para que se pudesse aferir os primeiros efeitos de regulamentação do setor no Brasil.”, diz Tiago Severo, diretor jurídico da ABCripto.
O estudo também mostrou que 55% das companhias consultadas declararam ser microempresas ou empresas de pequeno porte, enquanto 63% das empresas processaram volume financeiro inferior a R$100 milhões. Apenas 8% acima de R$ 5 bilhões.
Outro dado trazido pela ABC Cripto é que 79% das empresas no país atuam na área de intermediação (negociação, mesa de operação, distribuição e market making) e 62% atuam em infraestrutura (liquidação, cripto as a service, custódia, moeda eletrônica e câmbio).
“O censo nos traz um cenário mais concreto das características da criptoeconomia no Brasil, o que é muito relevante no atual momento de avanços de tecnologia e discussões regulatórias”, explica o diretor presidente da ABcripto, Bernardo Srur.
O levantamento também mostra que 40% das companhias foram constituídas há mais de cinco anos (antes de 2018), enquanto 6% foram criadas em 2023 e 49% durante a pandemia, de 2020 a 2022.