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Criptomoedas

As 10 criptomoedas que mais se valorizaram em setembro

XRP, Quantum Network e Luna Classic foram as que se destacaram no mês

As 10 criptomoedas que mais se valorizaram em setembro
A instabilidade do cenário macroeconômico influencia de forma negativa o desempenho das criptomoedas. (Foto: Envato Elements)
  • No acumulado mensal, o bitcoin recuou 1,2%, enquanto o ethereum apresentou uma desvalorização de 13,3%
  • No entanto, as moedas XRP (XRP) e a Quantum Network (QNT) conseguiram “surfar” contra a maré de pessimismo e registraram altas de 44% e de 42,5%, respectivamente
  • Já o bitcoin e ethereum registraram quedas devido ao cenário macroeconômico

A instabilidade do cenário macroeconômico global, especialmente nos Estados Unidos, influenciou de forma negativa o desempenho das criptomoedas em setembro. As altas inflacionárias e o risco de recessão foram os principais “drives” que impediram os ganhos expressivos no mercado de criptoativos.

Assim como ocorreu em agosto, os 30 dias de setembro foram de perdas e de testes de novos suportes para os ativos digitais. No acumulado mensal, o bitcoin recuou 1,2%, enquanto o ethereum apresentou uma desvalorização de 13,3%.

No entanto, as moedas XRP (XRP) e Quantum Network (QNT) conseguiram “surfar” contra a maré de pessimismo e registraram altas de 44% e de 42,5%, respectivamente.

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Segundo Rony Szuster, analista de criptoativos do Mercado Bitcoin, os ganhos referentes à XRP têm relação com o andamento do processo contra a empresa responsável pelo ativo na SEC, comissão de valores mobiliários dos Estados Unidos. “Tivemos uma decisão favorável ao ativo nessa batalha por parte de uma juíza de Nova York, o que fez com que o mercado reagisse positivamente”, afirma.

O caso em questão se trata de uma batalha judicial entre a empresa Ripple Labs, proprietária da XRP, e a SEC, que se arrasta desde 2020. A autoridade monetária dos EUA entrou com um processo contra a empresa de blockchain por comercialização do ativo de forma ilegal, na avaliação do próprio órgão.

O caso ganhou uma reviravolta com a decisão da justiça norte-americana que ordena a SEC a mostrar documentos referente ao ano de 2018 em que o órgão teria considerado que o BTC e o ETH não eram um tipo de investimento. “Isso mostra que as empresas que na época estavam criando as suas criptomoedas como a “Ripple” não tiveram uma orientação correta sobre o assunto. Os documentos são importantes porque favorecem a empresa”, explica Michelle Mafra, gerente de marketing da Bybit.

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Já em relação aos ganhos de 42% da Quantum Netrowk (QNT) em setembro têm relação com as recentes melhorias de uso da rede de blockchain. As criptomoedas de plataformas de contratos inteligentes também se destacaram. Segundo o levantamento do Mercado Bitcoin, das 10 maiores altas, quatro eram do segmento. No entanto, as causas para a valorização dessas moedas são distintas.

Segundo Suzester, a Luna Classic cresceu quase 35,9% devido ao anúncio de um mecanismo que pretende reduzir a oferta da moeda no mercado. Já a Algorand (ALGO) fechou parceria com a FIFA para ser o blockchain oficial da Copa do Mundo de 2022, elançou neste mês um produto baseado em NFTs dos principais lances e acontecimentos de outras edições da competição.

Bitcoin e ethereum

A queda de 1,2% do bitcoin não deve ser vista como algo negativo, na avaliação de Israel Buzaym,  Head de Comunicação da BitPreço. “O bitcoin mostrou resiliência em vários momentos desde sua criação”, diz. Por outro lado, essa resiliência pode não permanecer ao longo de outubro e o ativo digital corre o risco de ser mais penalizado pelo mercado. Buzaym ressalta que o cenário macroeconômico provoca saída de capital de ativos de risco e aumenta os aportes em renda fixa, o que impacta os preços no mercado cripto.

Já a desvalorização do ethereum foi ainda mais acentuada. A queda de 13,3% no acumulado mensal coincidiu com o mesmo período em que a rede concluiu a atualização da sua rede, no que ficou conhecido como “The Merge”. Embora o processo tenha sido bem sucedido, os eventos macroeconômicos são os responsáveis por ditar, pelo menos no curto prazo, os rumos do ativo digital.

Apesar das perspectivas não serem as melhores para as duas maiores criptomoedas em valor de mercado, Valter Rebelo, analista de criptoativos da Empiricus, orienta ao investidor interessado em estar posicionado neste mercado  que realize aportes em bitcoin e em ethereum com perspectiva de longo prazo.

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Embora os dois ativos não tenham tido performances agressivas em relação a outras criptomoedas no mês, os seus projetos têm fundamentos melhores em comparação a outros ativos. “Nós evitamos realizar alocações em “altcoins” (termo utilizado para os ativos digitais menores do mercado de cripto) porque você tem mais incerteza por serem protocolos menos testados no mercado”, argumenta.

 

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