- A Proteste realizou um estudo comparando as condições de liquidez e custos das principais exchanges brasileiras
- O levantamento considerou cinco empresas que representam 90% desse mercado no País: Binance, NovaDAX, BityPreço, Mercado Bitcoin e FoxBit
- A Binance ficou em primeiro lugar nas três simulações realizadas pela pesquisa, pois ofereceu a melhor relação entre custo e liquidez em todas
A Proteste – Associação Brasileira de Defesa do Consumidor realizou um estudo comparativo para avaliar as condições oferecidas pelas principais corretoras de criptomoedas que operam no Brasil. O levantamento considerou cinco empresas que representam 90% desse mercado no País: Binance, NovaDAX, BityPreço, Mercado Bitcoin e FoxBit.
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Para fazer as análises, a associação levou em conta fatores como os custos das operações nas exchanges, como são chamadas as corretoras cripto. De forma geral, existem duas taxas de negociação: a “maker” e a “taker”.
A primeira envolve uma ordem (um pedido de compra ou venda) que fica no livro de ofertas, “aguardando” um comprador ou vendedor disposto a negociar o valor proposto. “Ela aumenta a liquidez no mercado. Por essa razão, normalmente as exchanges cobram um valor menor para este tipo de transação”, explica Rodrigo Alexandre, especialista Proteste.
Já a “taker” é uma operação executada imediatamente, uma vez que já encontra no livro de ofertas uma ordem compatível. “Nesse processo, a cripto é negociada pelo preço atual de mercado, o que tira liquidez, uma vez que o livro passa a ter menos ordens disponíveis”, destaca Alexandre.
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No estudo, a Proteste concedeu maior peso para os custos envolvidos nas transações ao comparar as corretoras. As condições de liquidez, por sua vez, respondem pelo restante da avaliação e indicam a rapidez com o que o ativo pode ser revertido em dinheiro. Verificando esse pontos, foi possível sugerir a exchange mais apropriada para diferentes perfis de investidores, de acordo com o número e os tipos de negociações efetuadas.
Os custos de cada corretora cripto
As exchanges analisadas cobram taxas de trading (maker e taker) e também de saques. No caso do Mercado Bitcoin e da NovaDAX, as taxas das operações podem mudar de acordo com o volume negociado. Segundo a Proteste, tanto o chamado “Nível” (no caso do Mercado Bitcoin) quanto o “Vip” (no caso da NovaDAX) são nomenclaturas referentes às faixas de investimento. Dessa forma, quanto maior o valor investido, maior será o “Nível” ou o “Vip” e, portanto, menor será a taxa.
Já na BityPreço, os custos variam de 0 a 0,2% do valor negociado conforme a menor taxa oferecida pelas outras exchanges para aquela operação. Confira na tabela abaixo:
Qual foi a melhor corretora para cada cenário hipotético?
A Proteste simulou também diferentes cenários, destacando quais seriam as notas das corretoras em cada um deles, considerando os custos envolvidos e a liquidez da operação. A Binance ficou em primeiro lugar nas três simulações, pois ofereceu a melhor relação entre custo e liquidez em todas. Veja a seguir:
Investidor iniciante
No primeiro caso, o investidor transaciona até R$ 5 mil em duas operações taker no mês e faz um saque em real do valor total. Trata-se de uma movimentação para quem está iniciando. Na Binance, o custo da operação seria de R$ 13,50, já na NovaDAX subiria para R$ 153,20.
Investidor com alguma experiência
Na segunda simulação, o usuário negocia até R$ 10 mil em duas operações maker e duas taker no mês e realiza um saque em real do valor total. É uma boa opção para quem está acostumado com um nível regular de transações.
Investidor muito experiente
Já no terceiro caso, a pessoa movimenta até R$ 20 mil em oito operações (quatro maker e quatro taker) no mês e faz um saque em bitcoins do valor total. É indicado para aqueles que têm maior experiência.
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