- Em apenas dois dias de negociação, o iShares Bitcoin Trust (IBIT) movimentou mais de US$ 1,6 bilhão
O mercado de criptomoedas conquistou mais espaço nos Estados Unidos (EUA) com a aprovação dos 11 ETFs (Exchange Traded Funds) de bitcoin à vista pela Securities and Exchange Commission (SEC) – a CVM norte-americana. A decisão era aguardada pelo mercado por consolidar o BTC como mais um destino para o capital institucional. Apesar das novas ofertas, há um ETF que tem conquistado mais destaque entre os investidores em relação aos demais: o iShares Bitcoin Trust (IBIT), gerido pela BlackRock.
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Apenas nos três primeiros dias de negociação na bolsa de nova York, a Nasdaq, o ETF movimentou mais de US$ 1,9 bilhão. O volume foi considerado o segundo maior em comparação aos outros fundos de índices lançados em 11 de janeiro. O primeiro foi o ETF Grayscale Bitcoin Trust (GBTC), com US$ 5,1 bilhões durante o mesmo período. Veja os detalhes nesta reportagem.
Mas há uma explicação para essa diferença. Antes de se tornar em ETF de bitcoin à vista, o GBTC a era um fundo de investimento em bitcoin que permitia aos investidores estarem posicionados de forma indireta na criptomoeda. Agora, com a conversão em ETF, o acesso se tornou mais acessível ao ser negociado em bolsa.
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“O fundo possuía acesso e negociação limitada além de uma menor liquidez. Antes, os investidores precisavam esperar meses para poder efetuar o resgate”, afirma Ayron Ferreira, analista de research independente. Mesmo com o histórico de investimento em criptomoedas, antes da aprovação da SEC, o IBIT conquistou a atenção dos investidores devido à relevância da BlackRock no mercado acionário.
Com um patrimônio de US$ 9 trilhões sob gestão, a maior gestora do mundo também possui liderança no setor de ETFs com mais de 1,3 mil produtos negociados na bolsa de valores. Por essa razão, o interesse da gestora em ofertar BTC via fundo de índice aos seus investidores sinaliza o amadurecimento dos criptoativos como uma classe de investimento.
“É uma organização poderosa que influencia inclusive decisões de política econômica nos EUA. Costuma ser consultada frequentemente pelo governo e pelo Banco Central norte-americano”, diz Paulo Boghosian, diretor executivo da gestora TC Pandhora.