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- Os liquidantes das Bahamas encarregados de liquidar os ativos caribenhos do império das criptomoedas falido de Sam Bankman-Fried estão preparando a venda de um conjunto de veículos, já que tentam arranjar dinheiro para pagar os credores
- A FTX Digital Markets era dona de uma frota de veículos usados por funcionários com um valor contábil de US$ 2,4 milhões, de acordo com um relatório dos liquidantes
- Enquanto isso, a possibilidade de relançar a exchange de criptomoedas da FTX para ajudar os clientes a recuperar ativos, como foi mencionado pelo novo CEO, John J. Ray III, parece ter sido rejeitada
Os encarregados de liquidar os ativos caribenhos do falido império das criptomoedas falido de Sam Bankman-Fried (fundador da FTX) das Bahamas estão preparando a venda de um conjunto de veículos, já que tentam arranjar dinheiro para pagar os credores.
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A FTX Digital Markets era dona de uma frota de veículos usados por funcionários com um valor contábil de US$ 2,4 milhões, de acordo com um relatório dos liquidantes divulgado na sexta-feira (10). Os liquidantes do escritório de advocacia Lennox Paton e da PwC estão considerando a venda dos ativos da unidade da FTX nas Bahamas, da qual Bankman-Fried comandava a exchange antes de sua falência impressionante no ano passado.
“Não há mais necessidade de a empresa manter o tamanho atual da frota”, segundo o documento. “Os liquidantes começaram um processo de avaliação da frota que será seguido pelo início das vendas.”
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A venda da enorme frota de veículos da FTX talvez seja uma das tarefas mais simples encaradas pelos liquidantes da exchange. O primeiro relatório intermediário divulgado desde a falência da empresa contradiz a tarefa árdua de esclarecer uma rede repleta de ativos e conexões no coração do império global da FTX.
A FTX Digital era apenas uma peça de uma engrenagem maior da exchange, que contava com mais de 130 empresas em todo o mundo. Os liquidantes já escreveram para 2,4 milhões de clientes da FTX até o momento e tiveram acesso aos ativos e funcionários da empresa prejudicados por um outro processo de falência dos Estados Unidos e várias investigações regulatórias e criminais.
Entre os dados descobertos, o documento revelou um número definitivo do valor dos ativos digitais hackeados da FTX no meio de seu pedido de falência em novembro do ano passado, quantificado em US$ 323 milhões. A propriedade exata desses ativos entre a FTX das Bahamas e outras empresas internacionais é desconhecida, disseram os liquidantes, referindo-se a uma contestação existente sobre uma suposta cooperação da agência reguladora do país com o Bankman-Fried para proteger os ativos dos residentes locais.
Dos US$ 219,5 milhões que a FTX digital tinha em contas bancárias, aproximadamente US$ 44,8 milhões estão guardados em bancos que os liquidantes se recusaram a identificar, pois ainda não recuperaram os fundos para a massa falida. Entre os outros bancos que trabalharam com a unidade das Bahamas da FTX estão o Silvergate Bank, Fidelity Bank, Deltec Bank e Moonstone Bank – este último contava com a FTX Alameda como investidor.
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Os liquidantes também estão envolvidos em uma batalha em curso para recuperar quase US$ 47 milhões em criptomoedas congeladas da Tether Holdings, uma operadora de stablecoin que bloqueou os ativos em uma conta de propriedade da unidade das Bahamas da FTX a pedido da agência reguladora local em novembro.
Os liquidantes disseram que a Tether nunca transferiu os tokens para a massa falida depois de congelá-los, e planejam dialogar com a empresa para recuperá-los.
Enquanto isso, a possibilidade de relançar a exchange de criptomoedas da FTX para ajudar os clientes a recuperar ativos, como foi mencionado pelo novo CEO, John J. Ray III, parece ter sido rejeitada pela equipe das Bahamas. Embora alguns salários dos funcionários da FTX tenham sido mantidos durante um tempo para ajudar no processo de falência, o número de profissionais da equipe local passou de 83 para 16, dificultando colocar em prática a reorganização.
Os liquidantes disseram que a continuidade das transações da FTX já não era possível devido à falta de licenciamento após a suspensão de tais permissões, inexistência de financiamento e acesso a registros fundamentais, ausência de integrantes cruciais da equipe, considerações práticas dada a situação das empresas internacionais da FTX e a percepção pública da marca da exchange.
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TRADUÇÃO DE ROMINA CÁCIA